Analise de fácies em depósitos aluviais

Analise de fácies em depósitos aluviais:       PARTE KB

      A análise de fácies em depósitos aluviais é feita com o levantamento e descrição de seções, visando caracterizar um corpo rochoso a partir da combinação particular de litologia e estruturas físicas e biológicas que possam permitir descrimina-lo dos corpos rochosos próximos.

       Para haver uma análise deve ser empregada uma classificação criada por Andrew D. Miall, que é baseada em códigos de litofácies, compostos por uma letra inicial maiúscula, onde é representada a granulação dos minerais e logo após uma ou duas letras minúsculas, representando a estrutura sedimentar presente.

      Um dos métodos utilizados para o estudo de depósitos aluviais é o “zoom”, etapa onde são identificados desde os tipos de superfície limitante, sua geometria (interna e externa), até a observação do maior detalhe, onde as partes do deposito são estudadas separadamente, analisando-se cada facie.

       Processos como estes são aplicados atualmente em sistemas pluviais, onde a observação direta da morfologia dos canais e dos processos de erosão ocorridos ou sedimentares que atuam ali, é possível. Porem a definição e a diferença entre os padrões de sistemas fluviais em sistemas antigos a partir de afloramentos alterados se torna confusa.

        Para o auxílio nestes procedimentos, estão sendo desenvolvido vários programas computacionais específicos que promovem desde a simulação das formas deposicionais até o estabelecimento do arranjo tridimensional das fácies. Estas explicações são importantes nos estudos de meios porosos como reservatórios de fluidos – água, petróleo e gás.

Modelos deposicionais:

        Por conta da grande variação de fatores que controlam os tipos de rios e leques aluviais, é possível haver uma grande quantidade de modelos deposicionais; leques aluviais de climas áridos e úmidos, assim como rios entrelaçados, meandrantes e anastomosados, possuem elementos característicos que podem ser utilizados para finalidades didáticas. Nos processos deposicionais ocorrem as seguintes etapas:

        - Erosão, transporte e deposição.

        - Formam leques aluviais, depósitos de planície de inundação, leques deltaicos e fornecem sedimentos para bacias oceânicas e lacustres.

        - Depósitos aluviais são principalmente detríticos (ou clásticos).  

Sistemas de leques aluviais:           

        Os modelos deposicionais de leques aluviais foram originalmente elaborados considerando feições como distributivos do sistema fluvial. Modelos de leques aluviais ainda tem como principal meio de estudo, aqueles que se localizam em ambientes áridos ou semi- áridos Assim com frequência, os leques aluviais são tratados em conjunto com os rios entrelaçados. Enquanto isso, os modelos deposicionais para leques aluviais de climas úmidos ainda são escassos.  

         - Geralmente, constituem a porção inicial de rios entrelaçados

         - Predominam em regiões semi- áridas, mas existem grandes leques aluviais em regiões úmidas.

Sistemas fluviais entrelaçados:

         São caracterizados pelo amplo predomínio de carga no fundo, possuem razão largura/profundidade do canal normalmente maior que 40 e comumente excedendo 300. Sua formação é favorecida por declividades de medias até declividades altas (>5°), abundancia de carga de fundo de granulação grossa e facilidade de erosão nas margens.

        - Grande volume de carga de fundo

        - Formação de ramificações ou múltiplos canais separados por barras arenosas, muitas vezes ilhas assimétricas (variação temporal de descarga sedimentar).

        - O perfil transversal do canal é largo e raso, com tendência a ser simétrico.

        - Geralmente associados a gradientes relativamente altos com contraste topográfico acentuado.

Depósitos de rios entrelaçados proximais:         

        - São normalmente cascalhentos e denominados de ortoconglomerados maciços ou grosseiramente estratificados.