As Bases Teórico Metodológicas da Geografia
Por: Thizy Perez • 27/12/2022 • Resenha • 769 Palavras (4 Páginas) • 118 Visualizações
CAVALCANTI, Lana de Souza. Bases teórico-metodológicas da Geografia. 3.ed. Campinas-SP: Papirus,2008
No texto em questão, a autora busca ter uma boa compreensão e algum questionamento: que tarefas são exigidas para a pratica docente no mundo contemporâneo? Qual o papel da geografia escolar neste mundo? Que trabalho docente os professores de geografia têm realizado? Que concepções teórico-práticas têm contribuído para a construção da geografia escolar? Como tem sido formado os professores de geografia?
Baseado nessas questões que trazem um conjunto de problemática no campo da didática geográfica, e fazem uma crítica do ensino, focando a ciência geográfica, a Geografia escolar e sua importância no mundo atual globalizado, onde há uma construção de integração e aproximação de espaços. Essa integração de espaços atinge diversos aspectos, como o econômico, social, cultural e tecnológico, criando assim uma dependência entre o local, regional e o global. Isso tudo é favorecido pelo desenvolvimento das tecnologias da Comunicação e da Informação. Tais tecnologias permitem a transmissão simultânea para outros locais, dos fenômenos e acontecimentos, podendo assim levar as pessoas a outra realidade, criando relações de familiaridade entre determinados lugares. Contudo, essa influência da comunicação tem levado a uma homogeneização cultural e esse fato tem afetado até a percepção espacial. Com a globalização e urbanização não é de se admirar que tenham ocorrido mudanças nos eventos e processos econômicos, existindo uma sociedade mais complexa, com influência de várias culturas, diversificada, porém particularizada e isso demanda uma nova análise. Dentro desse contexto, a geografia se tornou mais plural e reafirmou o espaço como seu foco, fazendo assim uma construção teórica e abstrata dele. Sendo ele uma representação da realidade e relação das coisas compreendidas nela, logo não sendo a realidade em si, mas uma ferramenta de construção intelectual. Diante disso a educação geográfica busca dar sentido as suas práticas espaciais.
A relação que se fez entre o histórico do pensamento geográfico e o ensino foi importante à medida que trouxe à discussão fatores surgidos naquele momento, que influenciaram na formação da Geografia brasileira e se mantêm como prática de ensino em muitas aulas de Geografia hoje, qual seja, a questão dicotômica entre a Geografia Física e Humana, ainda não superada e, consequentemente, a permanência no ensino atual da Geografia “tradicional” e o saber por ela transmitido, estruturado na memorização de dados e na descrição de lugares. Quanto à descrição, não se fazem críticas, pois se sabe que representa uma etapa importante no processo de conhecimento, o problema é que o ensino encerra-se nessa etapa. Vê-se que, em sua trajetória, a Geografia evoluiu muito, porém os avanços dessa ciência têm demorado a se consolidarem na escola, através da reorganização dos conteúdos e métodos de ensino. Repensar o papel da Geografia na atual sociedade é uma prática fundamental para aqueles que procuram contribuir com a melhoria do ensino no país. Tem-se consciência da dificuldade da tarefa de contribuir na formação de cidadãos, mas considera-se essencialmente necessária para compreender a sociedade “globalizada” em que se vive. Para isso o professor de Geografia tem que ter clareza dos pressupostos teórico-metodológicos que orientam essa ciência e norteiam sua aplicação como disciplina escolar nos níveis Fundamental e Médio. É fundamental esse domínio teórico para que o professor possa ter autonomia no saber fazer Geografia, seja numa “prática formal”, em sala de aula, ou “informal”, por meio da educação popular, e, partir daí, selecionar seus objetivos, conteúdos, metodologias, com uma perspectiva política, dando sentido ao ensino dessa disciplina. O educador precisa ter claro o que seja o objeto da Geografia para entender o que seja a disciplina e, a partir daí, saber fazer a correta transmutação para o saber a ser ensinado, tornando-o acessível para a construção de conceitos e de conhecimentos que levem em conta a experiência cotidiana do educando. Desse modo, é fundamental a utilização de diferentes linguagens6 que facilitem a apreensão do conhecimento geográfico, e que partam de pesquisas empíricas (trabalhos de campo), inventários, análise de vídeos, mapas, cartas geográficas,
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