LIVRO BASE: GEOGRAFIA – ISSO SERVE EM PRIMEIRO LUGAR PARA FAZER A GUERRA
Por: Wallace Guttiers • 2/6/2021 • Abstract • 1.152 Palavras (5 Páginas) • 313 Visualizações
[pic 1]Serviço Público Federal[pic 2][pic 3]
Universidade Federal de Goiás
Instituto de Estudos Socioambientais
Curso de Graduação em Geografia
Disciplina: Geopolítica e Geografia política | Grade: 2012 | CH: 64 h/a. | |
Professor responsável: Romualdo Pessoal Campos Filho | Semestre: II | Ano letivo: 2020 / 2 | |
Avaliação 1 - Aluno : Wallace Guttiers Miranda Biangulo | Matrícula: 202005342 | Turma : C |
QUESTÕES DE GEOPOLÍTICA (PROVA) – ANO LETIVO 2020.2 – TURMA C
LIVRO BASE: GEOGRAFIA – ISSO SERVE EM PRIMEIRO LUGAR PARA FAZER A GUERRA
1. Porque somente no século XIX o discurso geográfico foi abordado nas instituições educacionais? Seria um preconceito ou somente nesta época a geografia foi necessária a fim de discutir a problemática da sociedade?
Percebe-se conforme estudo da obra de Lacoste que a introdução do termo e estudo geográfico enquanto disciplina escolar/universitária no século XIX foi voltada principalmente a juventude e para a formação de professores. Temos então a implementação de uma ciência que busca se desvencilhar de qualquer pensamento político, discurso ideológico esse que mesmo de maneia inconsciente serve exclusivamente aos interesses daqueles que detém o poder (Estado, conglomerados industriais, etc ...) em perpetuar o controle das massas. É notória uma abordagem em que se busca o rompimento para com o passado da disciplina enquanto geografia política (saber estratégico para dominação do espaço). Temos então o surgimento de uma nova ciência em que se busca a neutralidade política , uma geografia voltada ao saber pelo saber, focada na descrição de espaços (relevo, clima , hidrografia ) e distante do objeto que essencialmente a fez surgir , a política . Com isso, vemos uma geografia mutilada em diversos recortes espaciais do saber sem que houvesse uma comunicação entre elas. Essa lógica serviu exclusivamente para tornar a Geografia aos olhos da grande massa, como disciplina enfadonha e sem qualquer propósito no dia-a-dia. Portanto, temos uma geografia que expurga indivíduos com pensamento crítico e criando em seu lugar uma sociedade cegamente obediente.
4. A geografia, que serve para fazer a guerra, também pode apontar soluções para problemas sociais e políticos como os conflitos urbanos de hoje?
Dizer que a geografia sirva para guerra não quer dizer que ela sirva necessariamente apenas para isso. Nessa definição inicial, vemos a geografia enquanto mecanismo usado para organizar não somente os territórios como as pessoas e os recursos que ali existem da melhor maneira para servir ao Estado em relação ao território que o mesmo exerce a sua influência.
Em relação ao segundo tópico, sobre se a mesma pode ser usada para apontar soluções para problemas sociais e políticos a exemplo dos conflitos urbanos, a resposta é sim. A geografia mais que uma ciência que tem como objetivo buscar a relação homem-natureza e todas as mudanças que surgem dessa relação exerce papel importante na elaboração ne relação dicotômica entre o progresso e preservação do meio ambiente. Nela se encontra a chave para caminho da uma melhor distribuição dos recursos disponíveis no espaço e por consequência diminuir a diferença do acesso aos recursos no aspecto global.
Assim, nesse contexto percebemos que através da geografia temos acesso ao uso da mesma enquanto instrumento não apenas para explicar a dinâmica das relações interespaciais como a formação dos espaços na cidade como a mesma é vital para que haja a distribuição dos recursos e como deve ser feita a estruturação do Estado de acordo com os aspectos físicos (relevo , clima , etc. ) como humanos (religião, etnia, língua falada, etc.).
Logo, a partir do pensamento do geógrafo Yves Lacoste que escreveu em sua obra intitulada “ A Geografia serve – antes de mais nada, para fazer a Guerra “, podemos acrescentar que além da guerra a mesma pode e deve ser usada para resolução de conflitos como a exemplo os urbanos pois o conhecimento necessário em relação aos mais variados recortes espaciais da complexa relação do homem enquanto inserido no meio a mesma detém.
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