Captura de Drenagem e Paleocanais

O processo de drenagem vem sendo melhorado ao longo dos anos, mais precisamente, de acordo com LEAL, NETTO, AVELAR (2014), desde a década de 60.

        A captura de drenagem que ligam 2 ou mais rios, nascentes, bacias, é um processo muito importante na gestão dos recursos hídricos, pois em lugares certos melhora a distribuição e o multiuso que deve ser feito para as diferentes áreas que necessitem desse bem que é a água. No caso da formação de uma bacia, a inundação pode trazer outros problemas, mas quase tudo tem suas vantagens e desvantagens.

        “Os principais estudos de geomorfologia fluvial de sistemas interioranos no Brasil se dedicam aos rios de grandes dimensões, tais como o Araguaia, o Paraná, o Amazonas e seus afluentes.” JUNIOR, BARROS, 2012.

        A captura fluvial nada mais é que o desvio natural de duas bacias, o que não é restrito a apenas duas bacias, pode acontecer de mais bacias estarem envolvidas no desvio, caso seja necessário. Existem tipos diferentes de capturas, como captura previsível ou iminente.

        “[...] Qualquer que seja a causa, a mudança de um curso aproveita o curso d’água mais ativo, que aparece como um capturador.” OLIVEIRA, Déborah. 2012.

        Dá-se o nome de paleocanal, onde no passado, já existiu um rio em um relevo numa determinada região. Pode-se ser usada como exemplo a pesquisa de ASSINE, Mário. ZANI, Hiran(2011), onde fazem o mapeamento dos paleocanais do megaleque do rio Taquari. Utilizaram imagens de sensoriamento remoto para fazer o estudo.

        Os paleocanais também servem para estudar como eram os relevos do passado, mesmo que sejam milhares ou milhões de anos atrás, contribuindo com o conhecimento sobre rios que um dia existiram.

Referências

LEAL, Paulo Jorge Vaistman. NETTO, Ana Luiza Coelho. AVELAR, André de Souza. DESENVOLVIMENTO DE REDES DE CANAIS E PIRATARIA DE ÁGUA SUBTERRÂNEA: BACIA DO RIO DO BANANAL (RJ/SP), Revista Brasileira de Geomorfologia, São Paulo, v.16, n.1, (Jan-Mar) p.107-122, 2015.

BARROS, Luiz Fernando de Barros. JÚNIOR, Antônio Pereira Magalhães. EVENTOS SEDIMENTARES E EVOLUÇÃO MORFODINÂMICA DO VALE DO RIO CONCEIÇÃO – QUADRILÁTERO FERRÍFERO/MG. Revista Brasileira de Geomorfologia, São Paulo v.13, n.3, (Jul-Set) p.323-336, 2012.

OLIVEIRA, Déborah de. CAPTURAS FLUVIAIS COMO EVIDÊNCIAS DA EVOLUÇÃO DO RELEVO: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. Revista do Departamento de Geografia, São Paulo, p.37-50, 2010.

ASSINE, Mario Luis. ZANI, Hiran. Paleocanais no megaleque do rio Taquari: mapeamento e significado geomorfológico. Revista Brasileira de Geociências, v.41, p.37-43, 2011.