Caracteristica Da Populaçao Paulista
Trabalho Universitário: Caracteristica Da Populaçao Paulista. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: bibamendonca • 11/3/2015 • 2.179 Palavras (9 Páginas) • 310 Visualizações
MIGRATÓRIOS NO BRASIL
Durante os dois primeiros séculos da colonização portuguesa, a população do Brasil foi constituída por indígenas, africanos e portugueses. Houve ainda nesse período uma pequena participação de franceses, holandeses e ingleses. Dessa forma, a mestiçagem entre índios, negros e portugueses foi imensa, formando a base cultural brasileira. Mais tarde surgiram a influencia de outros povos que pra cá imigraram, principalmente a partir do século XIX até a década de 1930, já no século XX, destacando-se italianos, espanhóis, alemães, poloneses, japoneses e árabes que se instalaram em diversas regiões do país. Nas últimas décadas do século XX e inicio do XXI, latino-americanos, chineses, coreanos, angolanos e outros povos africanos compõem os novos grupos de imigrantes que se deslocam para o Brasil. Historicamente todos esses povos tem contribuído para a formação da diversidade cultural de nosso país, o que reflete em modos de vida, ideias, normas e valores, tanto em seus aspectos materiais quanto imateriais.
Não há consenso entre os especialistas sobre o número de indígenas que ocupavam o território que seria o Brasil antes da chegada dos portugueses. A maioria, porém, defende que havia em torno de 6 milhões de índios pertencentes a várias nações e etnias. Apesar de uma conclusão não efetiva sobre o número de indígenas, é inquestionável, que depois de 1500 até os dias de hoje, os povos indígenas sofreram intenso genocídio (extermínio físico), principalmente por transmissão de doenças trazidas pelos europeus e pelas quais não tinham imunidade; e o etnocídio (destruição da própria cultura), pois passaram a falar outra língua, e professar uma nova religião, alteraram seus modos de vestimenta e alimentação, ou seja, passaram a fazer parte da sociedade implementada aqui pelos colonizadores. Além disso, foram travadas muitas guerras contra os colonizadores, que tentavam aprisionar os nativos como escravos, provocando milhares de morte. Havia ainda, a guerra entre as diferentes tribos, que se intensificavam quando fugiam das regiões ocupadas pelos europeus em direção as terras de outros povos. De acordo com a FUNAI (Fundação Nacional do Índio), em 2009, os descendentes indígenas estavam reduzidos a 460 mil indivíduos, o que equivale a 0,25% da população brasileira, concentrados principalmente nas regiões Norte e Centro-Oeste. Segundo ainda a mesma estimativa existem de 100 a 190 mil descendentes diretos de nativos fora das terras indígenas, em áreas urbanas e rurais e 63 referencias de grupos isolados, ou seja, que não estabeleceram contato com a sociedade brasileira. Somente a partir da metade do século XX, verificou-se uma tendência de aumento da população indígena, principalmente em função da delimitação de terras indígenas, que em 2009 ocupavam 12% do território nacional. Atualmente a taxa de crescimento da população indígena é de 3,5% ao ano, bem superior à média nacional de 1%.
População Brasileira por cor
Cor 1950 1980 2010
Branca 61,7% 54,7% 48,4%
Negra 11,0% 5,9% 6,8%
Mestiça 26,5% 38,5% 43,8%
Amarela 0,6% 0,6% 0,7%
Indígena 0,2% 0,3% 0,3%
Como podemos observar na tabela ao lado, segundo o IBGE, na distribuição da população brasileira por cor/etnia, a população branca e negra vem diminuindo e a mestiça aumentando, o que demonstra que continua havendo miscigenação entre a população brasileira.
As Correntes Imigratórias
Como a Coroa portuguesa não fazia registros oficiais, não existem dados de quantos escravos ingressaram no Brasil, quais os anos de maior fluxo, por qual porto entravam ou de que lugar vinham. Mas estimasse que ingressaram no país pelo menos 4 milhões de negros entre 1550 a 1850, principalmente de Angola, Ilha de São Tomé e da Costa do Marfim. Lembrando sempre que a imigração de africanos para o Brasil foi forçada através da escravidão. Entre as correntes imigratórias registradas e especificadas, a mais importante foi à portuguesa, que se iniciou efetivamente em 1530 e se estendeu até os anos de 1980. Além de numericamente mais significativos, os imigrantes portugueses se espalharam por todo o território nacional. A segunda maior corrente de imigrantes livres foi à italiana, seguida da espanhola e alemã. A partir de 1850 com a expansão dos cafezais pelo Sudeste; o fim do tráfico negreiro e a necessidade efetiva de povoar a região Sul, levaram o governo brasileiro a criar medidas de incentivo à vinda de imigrantes europeus para substituir a mão-de-obra escrava. Entre as principais medidas adotadas e divulgadas na Europa, incluíam-se o financiamento da passagem e a garantia de emprego, moradia, alimentação e pagamento anual de salário. Embora atraente, a propaganda governamental era enganosa, pois escondia uma realidade perversa: a escravidão por divida. O imigrante ao fim de um período de trabalho duro nas lavouras de café, quando deveria receber seu pagamento, era informado de que seu salário não fora suficiente para pagar a moradia e os alimentos consumidos. Muitas vezes o salário dava se quer para pagar as despesas de transporte, que segundo o governo, seria gratuito. A saída do imigrante da fazenda só seria permitida quando a divida fosse quitada. Como não tinha condições de pagar o que devia, ficava aprisionado no latifúndio, vigiados por capangas. Na prática, tratava-se de uma escravidão por divida, comum até hoje em várias regiões do Brasil, especialmente na Amazônia. Mas muitos imigrantes conseguiam fugir e iriam para a cidade de São Paulo, onde se tornariam a mão de obra da indústria nascente.
Além dos cafezais da região Sudeste, outra grande área a de atração de imigrantes europeus, com destaque para portugueses, italianos e alemães, foi o Sul do país. Nessa região do país os imigrantes ganhavam a propriedade da terra, onde fundavam colônias de povoamento (pequenas e médias propriedades, com mão de obra familiar e produção policultura destinada ao mercado interno) que prosperaram bastante. Muitas dessas colônias, com o tempo transformaram-se em grandes cidades como Porto Alegre (RS) e Florianópolis (SC) fundada por portugueses; Joinville e Blumenau (SC) alemães; Caxias do Sul, Bento Gonçalves e Garibaldi (RS) por italianos, dentre dezenas de outras. Também podemos destacar na região sul a presença de eslavos (poloneses e ucranianos) e espanhóis. Além do objetivo de fornecer mão de obra para o Sudeste e povoar
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