China
Tese: China. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: erikazago • 22/11/2013 • Tese • 7.094 Palavras (29 Páginas) • 256 Visualizações
CHINA
RESUMO
O país mais populoso do planeta vive em constante transição: seu mais de um bilhão de habitantes há décadas se movimenta entre as tradições e princípios dos antepassados e os desafios do futuro. Se avançou em muitos aspectos, em dezenas de outros pontos a sociedade chinesa continua bastante parecida à que viu Mao Tsé-tung assumir o poder há mais de meio século.
Palavras-chave: Economia; cultura; exportação.
1 INTRODUÇÃO
A China é uma antiga unidade histórica, cultural e geográfica na parte continental do leste da Ásia, incluindo algumas ilhas que desde 1949 foram divididas entre a República Popular da China (que inclui a China Continental, Hong Kong e Macau) e a República da China (que inclui Taiwan e algumas ilhas da Província Fujian).
A palavra China costuma referir-se a regiões que, em termos mais específicos não fazem parte dela, como é o caso da Manchúria, da Mongólia Interior, o Tibete e Xinjiang. Nos meios de comunicação ocidentais, “China” refere-se, normalmente, à “República Popular da China”, enquanto que “Taiwan” se refere à “República da China”. Muitas vezes, em termos informais, especialmente entre chineses e ingleses (no contexto do mundo dos negócios), “a Grande região da China” refere-se ao sentido mais lato, tal como foi apresentado no parágrafo anterior.
Na sua história, as capitais da China situavam-se, essencialmente, no leste. As quatro capitais mais citadas são Nanjing, Beijing (Pequim), Xian, e Luoyang. As línguas oficiais foram mudando ao longo da sua extensa história, (incluindo línguas entretanto desaparecidas), incluindo o Mongol, o Manchu e os vários dialetos do Chinês, entre os quais o Mandarim e o Cantonês.
2 HISTÓRIA DA CHINA
A China aparece desde cedo na história das civilizações humanas a organizar-se enquanto nação (ainda que a identidade nacional chinesa seja complexa), demonstrando um pioneirismo notável em áreas como a arte e a ciência, ultrapassando largamente, na altura, o resto do mundo. Em cerca de 1000 A.C., a China consistia num conjunto complexo e intrincado de reinos de pequenas
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dimensões. Em 221 A.C., todos estes reinos foram anexados ao estado Qin, dando início à Dinastia Qin. Na história da China, ao longo dos séculos, num movimento pendular, verificamos períodos de união e de desunião. No século XVIII, a China experimentou um progresso tecnológico acentuado, em relação aos outros povos da Ásia Central, ainda que tivesse perdido terreno se comparada à Europa. Os acontecimentos do século XIX, em que a China tomou uma postura defensiva em relação ao imperialismo europeu ao mesmo tempo que estendia o seu domínio sobre a Ásia Central, podem ser explicados sob este ponto de vista. No início do século XX, o papel desempenhado pelo Imperador da China desapareceu em 1912, com a proclamação da república por Sun Yat-sen, e posteriormente com a China a entrar num período de desagregação devido à Guerra Civil Chinesa. Atualmente há duas regiões que reclamam, formalmente, para si o nome de China: a República Popular da China e o Governo pré-revolucionário da República da China, que administra Taiwan e várias pequenas ilhas de Fujian.
3 POLÍTICA DA CHINA
Depois da unificação sob o Império Qin, a China foi dominada por mais 13 dinastias, muitas das quais comportavam um complexo sistema de reinos, principados, ducados, condados e marquisados. Contudo, o poder era centralizado na figura do Imperador. Este era ainda coadjuvado por ministros civis e militares e, principalmente, por um primeiro-ministro. Aconteceu, por vezes, o poder político ser tomado por oficiais (eunucos), ou familiares. As relações políticas com regiões dependentes do império (reinos tributários) eram mantidas à base de casamentos, coligações militares e ofertas. Atualmente, a China é governada pelo Partido Comunista Chinês, que realizou a planificação econômica chinesa, fundado por Mao Tsé-tung.
Em 1º de outubro de 1949, Mao Tsé-tung apareceu vitorioso na praça da Paz Celestial para decretar a vitória de sua revolução comunista: "O povo chinês enfim se levantou". A criação da República Popular da China encerrava mais de um século de conflitos internos e invasões por forças estrangeiras, decretando o nascimento do que Mao chamava de "uma nova China". Mais de 50 anos depois, a peça central da terceira geração de líderes, o presidente Jiang Zemin, discursava no congresso do Partido Comunista da China, entregando à quarta geração de comandantes do país mais populoso do mundo o poder e um desafio: sustentar o espantoso crescimento conquistado desde a abertura da economia e, ao mesmo tempo, manter vivos os princípios defendidos pelo camarada Mao em seu discurso de meio século antes.
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No congresso da transição de poder, realizado em novembro de 2002, Jiang anunciou que o partido passaria a aceitar ricos capitalistas em suas fileiras, mas rejeitou qualquer mudança no sistema político do país, como a adoção de uma democracia pluripartidária. Diante de 2.114 delegados do partido reunidos no Grande Salão do Povo, o presidente discursou por 90 minutos, divulgando um documento de 98 páginas com as novas diretrizes políticas do país. 3.1 Sem democracia - A aproximação com os capitalistas foi justificada por Jiang pela necessidade de adaptar a China aos novos tempos. "Nós devemos avançar, ou ficaremos para trás", defendeu. "Precisamos admitir no partido elementos das altas camadas que aceitam o programa do partido. Desta forma, nós poderemos aumentar a influência e a força de nosso partido entre a sociedade civil." As metas estabelecidas por Jiang incluíam novas reformas no mercado de trabalho e nas políticas econômicas do país, além do crescimento da economia em até quatro vezes até 2020. O líder chinês ressaltou que, apesar da adoção de doutrinas capitalistas, o país "jamais deve copiar os modelos políticos do Ocidente", descartando qualquer mudança em direção à democracia ampla e irrestrita. No mesmo encontro, o vice-presidente do Partido Comunista, Hu Jintao, então com 59 anos, foi eleito o futuro líder. Pela primeira vez desde a criação do partido, em 1949, a transição de poder foi pacífica e ordeira, conduzida pelo atual presidente e aceita pelos delegados durante a cerimônia de encerramento de seu congresso. Se depender de Jiang, contudo, a histórica reforma nos cargos do governo não deverá afetar o poder do Partido Comunista - pelo contrário, pois ele deseja
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