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Continente Africano: O Genocídio em Ruanda

Por:   •  19/6/2018  •  Resenha  •  590 Palavras (3 Páginas)  •  215 Visualizações

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Continente Africano: O Genocídio em Ruanda

Como sabemos, as ações de partilha e colonização da África por vários países diferentes no século XX levou a grandes consequências e cicatrizes que duram até o dia de hoje, e em Ruanda não foi diferente.

Ruanda é um país sem costa marítima localizado na região dos Grandes Lagos da África centro-oriental, que teve seu processo de colonização regido pela Bélgica. Ao chegarem e se instalarem no território ruandês, os belgas encontrarm duas etnias ocupantes do local a muito tempo, os hutus (que eram maioria da população) e os tutsi. Os dois grupos etnicos compartilhavam algumas características como a língua falada e as tradições, mas foi exatamente suas diferenças que chamaram a atenção dos belgas.

As características físicas dos tutsis, que eram de maior estrutura, esguios e com a pele mais clara, foram o suficiente para que os belgas acreditassem que os hutus seriam moralmente e intelectualmente inferiores. Assim iniciou-se uma onda de ódio e exclusão no país, chegando  ao ponto de levar resgistrado em sua carteira de identificação a qual etinia pertencia.

No ano de 1994 mais de 800 mil pessoas, em sua maioria tutsis, foram mortas, em decorrência a tanta raiva acumulada durante meio século de colonização. Acredita-se que o principal estopim para o início dessa revolta foi o atentado ao avião em que viajava o presidente Juvenal Habyarimana. Instantâneamente os hutus acusaram os tutsis pelo assassinato e ordenaram que iniciasse uma grande matança.

Uma lista criada por membros hutus foi divulgada para a população, e aqueles que se opunham aos critérios seriam mortos juntamente com seus familiares.Assim, vizinhos mataram vizinhos, e até alguns maridos com medo do poder dos hutus acabaram matando suas mulheres tutsis. Os hutus avançavam contra cidades e vilarejos, matando todos e tudo o que havia pela sua frente. Não bastando, instalaram postos de controle de pessoas nas ruas e quem fosse membro da minoria tutsi, era brutalmente assassinado. Em cerca de três meses 500.000 pessoas foram massacradas, quase todas as mulheres estupradas, e seus filhos mortos.

Após esse evento catastrófico a RPF (Frente Patriótica Ruandesa, grupo rebelde formado por tutsis exilados) resolveu intervir com seus militares e o apoio do exército de Uganda, conquistando pouco a pouco o território até chegarem a capital  Kigali. Ali cerca de dois milhões de hutus e civis que apoiavam o movimento e o genocídio fugiram pela fronteira com a República Democrática do Congo.

Ruanda Atualmente

Foi publicado no dia 26/05/2016 no site oficial da Folha de São Paulo uma matéria abordando a atual situação de Ruanda. O país encontra-se muito bem organizado, trânsito ordeiro, policiais educados, sem lixo no pavimento e se desenvolvendo constantemente a comando de Paul Kagame, um antigo guerrilheiro que contribuiu para acabar com o genocídio de 1994.

A economia do país vem crescendo em 6% a 8% anuais nos últimos 15 anos, ainda que a população do país também cresça em 2,5% ao ano e cerca de 90% dos ruandeses continuem a ser agricultores de subsistência. Na área da saúde e educação também houveram significativos avanços e assim disparou no ranking de facilidade de negócios do Banco Mundial.

Apesar de dados tão animadores ainda existem questionamentos de tal reputação do país, pois David Himbara, antigo assessor econômico de Kagame afirma que os números quanto ao crescimento e a pobreza do país foram manipulados.

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