Desastres Ecologicos
Trabalho Escolar: Desastres Ecologicos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Jacomo • 18/5/2014 • 2.037 Palavras (9 Páginas) • 432 Visualizações
Usina Hidrelétrica de Balbina
A construção da Usina Hidrelétrica (UHE) de Balbina, situada a norte da capital amazonense, começou em 1º de maio de 1981, com o desvio total das águas do rio Uatumã ocorrendo em 5 de novembro de 1985. A última comporta foi fechada para o enchimento do reservatório dia 1º de outubro de 1987 e a geração comercial começou em 1º de fevereiro de 1989. Em 12 de fevereiro de 1989 foram abertos os tapumes que barravam o rio, no distrito de Balbina, município de Presidente Figueiredo, distante cerca de 202 km de Manaus, no Estado do Amazonas, Amazônia Central.
Dificilmente haverá no planeta um monumento à estupidez como a Usina Hidrelétrica de Balbina. Idealizada na ditadura militar, ela custou, na época, US$ 1 bilhão. Inundou 2,6 mil quilômetros quadrados de riquíssimas florestas nativas, criando um dos maiores lagos artificiais do mundo. Os milhões de árvores que tiveram suas raízes submersas não foram retirados e transformados em madeira produtiva – estão lá apodrecendo. As águas do lago imenso produzem hoje apenas de 120 MW a 130 MW de energia; é a unidade de geração mais ineficiente entre as 113 hidrelétricas do País. E, para culminar a série de desastres, a vegetação inundada se tornou uma fonte gigantesca de emissão de gases de efeito estufa: emite 3,3 milhões de toneladas de carbono equivalente por ano, metade do que jogam na atmosfera os carros que circulam em São Paulo.
Os erros começaram pela escolha do local – uma área extremamente plana, 180 quilômetros ao norte de Manaus. Na planície, as águas se espalharam rasas, por uma área imensa; há grandes trechos que podem ser percorridos com água na cintura, às vezes com a profundidade suficiente apenas para molhar os pés. A disparidade entre a área inundada e a capacidade de produção de energia é imensa. Para ficar na própria região amazônica, a usina de Tucuruí, no Pará, também alagou uma grande área; lá, o lago ocupa 2,4 mil km², mas a água represada do Rio Tocantins tem força para tocar uma usina de 4.245 MW, 17 vezes superior a Balbina.
Balbina, hoje, é a pior UHE do Brasil, comparando-se potência instalada com área alagada de reservatório, entre 116 usinas hidrelétricas do território nacional (1). Nesses 25 de tragédia, é importante focar no aspecto do fornecimento porque pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e da Universidade Federal do Pará (UFPA) alertaram para o problema bem antes da construção da barragem, quando o projeto ainda estava em fase de levantamento executivo e podia ser parado. Mas não foi o suficiente para se evitar a catástrofe.
Hoje, quase 20 anos depois do fechamento da barragem, a contribuição de gases de efeito estufa em Balbina é dez vezes superior à emissão de uma termelétrica movida a carvão de potência igual à da hidrelétrica. “Para cada megawatt/hora (MW/h) gerado nessa hidrelétrica são liberadas 3,3 toneladas de carbono na atmosfera”, explica Alexandre Kemenes, pesquisador bolsista de um programa chamado Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA), uma iniciativa internacional liderada pelo Brasil e abrigada no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). “Numa térmica a carvão, a relação entre emissões de gases e a geração de 1 MW/h é de 0,33 tonelada.”
SERRA PELADA
Serra Pelada é uma região localizada no Estado do Pará. Na década de 1980, essa área foi invadida por milhares de pessoas em busca do enriquecimento rápido através do ouro. Em razão da grande concentração de garimpeiros, a região atraiu também lavradores, médicos, motoristas, padres, engenheiros, entre outros. No entanto, com o objetivo de evitar possíveis confusões, foi proibida a entrada de mulheres e bebidas nos garimpos. O major do Exército, Sebastião Curió, era o responsável pela organização no garimpo.
Rapidamente a área se tornou no maior garimpo a céu aberto do mundo. Toneladas de ouro foram retiradas de Serra Pelada, esse fato fez com que todos pensassem que as jazidas de ouro seriam capazes de enriquecer os garimpeiros. Porém, a maioria dos garimpeiros não conseguiu enriquecer, e o que é pior, muitos morreram durante o trabalho.
As condições de trabalho eram muito precárias, calor intenso, utilização de escadas danificadas, barrancos altamente perigosos, poeira de monóxido de ferro no ar - que era inalada pelos trabalhadores, mesmo sendo prejudicial aos pulmões. Mas apesar de todos esses fatores, os garimpeiros trabalhavam dia e noite na esperança de “bamburrar” - expressão relacionada ao fato de enriquecer.
Alcoolismo, prostituição e violência foram marcas da Serra Pelada?
A cachaça era o produto mais inflacionado na Serra Pelada. Como era proibida bebida e tudo que é proibido é mais desejado. Lá dentro tinham os contrabandistas de cachaça, que era trazida de Curionópolis e comprada com ouro. Quando a polícia pegava os garimpeiros com cachaça eles quebravam o litro na cabeça do indivíduo, botavam eles para desfi lar na rua com cabelo cortado só de um lado ou amarravam no palanque e os apresentavam todos os dias às seis da tarde como bêbados e imprestáveis. Já os assassinatos praticamente não existiam dentro do garimpo. Todas as brigas se resolviam fora de Serra Pelada, em Marabá, Curionópolis ou Parauapebas. No auge da exploração era proibido mulher e a prostituição se dava fora, nas cidades próximas. Agora, vale lembrar que o atual modelo de exploração de minério no Brasil acentua ainda mais a exploração sexual de meninas. Aonde as mineradoras chegam prolifera a prostituição, porque forma uma casta assalariada numa comunidade pobre, onde as meninas não têm um horizonte de vida favorável - sem emprego, geram a prostituição como saída de renda. Além disso, o tráfi co de drogas cresce a níveis exorbitantes.A produção aurífera em Serra Pelada decresceu e, em 1992, ocorreu a paralisação da extração de ouro na região. A grande cratera aberta para a retirada do ouro transformou-se num enorme lago. A Companhia Vale do Rio Doce recebeu uma indenização de 59 milhões do Governo Federal, pois tinha direitos sobre as jazidas de ouro, que foram invadidas por milhares de garimpeiros.
Em 2002, o Congresso Nacional aprovou um decreto que permitiu aos garimpeiros a execução de suas atividades em uma área próxima a Serra Pelada. Em poucos meses, aproximadamente, 10.000 garimpeiros foram atraídos para essa região. Vários problemas ocorrem nessa nova área. A disputa de interesses políticos, líderes sindicais, mineradoras e antigos garimpeiros geraram vários conflitos. O clima na região
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