Desastres Naturais
Dissertações: Desastres Naturais. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 6/10/2014 • 4.849 Palavras (20 Páginas) • 1.151 Visualizações
Desastres Naturais
Introdução
Por que ocorrem?
A relação do homem com a natureza ao longo da história evoluiu de uma total submissão e aceitação fatalista dos fenômenos da natureza a uma visão equivocada de dominação pela tecnologia. Obviamente os avanços tecnológicos permitem hoje que a humanidade enfrente melhor os perigos decorrentes destes fenômenos. Assim para a efetiva prevenção dos fenômenos naturais, as leis da natureza devem ser respeitadas. Ou seja, estes fenômenos devem ser bem conhecidos quanto à sua ocorrência, mecanismos e medidas de prevenção. Os desastres naturais podem ser provocados por diversos fenômenos, tais como, inundações, escorregamentos, erosão, terremotos, tornados, furacões, tempestades, estiagem, entre outros. Além da intensidade dos fenômenos naturais, o acelerado processo de urbanização verificado nas últimas décadas, em várias partes do mundo, levou ao crescimento das cidades, muitas vezes em áreas impróprias à ocupação, aumentando as situações de perigo e de risco a desastres naturais. Além disso, diversos estudos indicam que a variabilidade climática atual, com tendência para o aquecimento global, está associada a um aumento de extremos climáticos. Nesta situação, os eventos de temporais, de chuvas intensas, de tornados ou de estiagens severas, entre outros, podem tornar-se mais frequentes, aumentando a possibilidade de incidência de desastres naturais.
O que são desastres naturais?
Quando os fenômenos naturais atingem áreas ou regiões habitadas pelo homem, causando-lhe danos, passam a se chamar desastres naturais. A conceituação adotada pela UN-ISDR (2009) considera desastre como uma grave perturbação do funcionamento de uma comunidade ou de uma sociedade envolvendo perdas humanas, materiais, econômicas ou ambientais de grande extensão, cujos impactos excedem a capacidade da comunidade ou da sociedade afetada de arcar com seus próprios recursos. Os critérios objetivos adotados no Relatório Estatístico Anual do EM-DAT (Emergency Disasters Data Base) sobre Desastres de 2007 (Scheuren, et. al.2008) consideram a ocorrência de pelo menos um dos seguintes critérios:
• 10 ou mais óbitos;
• 100 ou mais pessoas afetadas;
• declaração de estado de emergência;
• pedido de auxílio internacional.
No Glossário da Defesa Civil Nacional, desastre é tratado como sendo “resultado de eventos adversos, naturais ou provocados pelo homem, sobre um ecossistema (vulnerável), causando danos humanos, materiais e/ou ambientais e consequentes prejuízos econômicos e sociais. A intensidade de um desastre depende da interação entre a magnitude do evento adverso e o grau de vulnerabilidade do sistema receptor afetado”.
Desastres naturais podem ser definidos como o resultado do impacto de fenômenos naturais extremos ou intensos sobre um sistema social, causando sérios danos e prejuízos que excede a capacidade da comunidade ou da sociedade atingida em conviver com o impacto. (Tobin e Montz,1997; Marcelino, 2008).
Classificação dos desastres
As classificações mais utilizadas distinguem os desastres quanto à origem e à intensidade (Alcântara-Ayala, 2002; Marcelino, 2008).
Classificação quanto à origem
Quanto à origem ou causa primária do agente causador, os desastres podem ser classificados em: naturais ou humanos (antropogênicos). Desastres Naturais são aqueles causados por fenômenos e desequilíbrios da natureza que atuam independentemente da ação humana. Em geral, considera-se como desastre natural todo aquele que tem como gênese um fenômeno natural de grande intensidade, agravado ou não pela atividade humana. Exemplo: chuvas intensas provocando inundação, erosão e escorregamentos; ventos fortes formando vendaval, tornado e furacão; etc. Desastres Humanos ou Antropogênicos são aqueles resultantes de ações ou omissões humanas e estão relacionados com as atividades do homem, como agente ou autor. Exemplos: acidentes de trânsito, incêndios urbanos, contaminação de rios, rompimento de barragens, etc (Alcântara-Ayala, 2002; Castro, 1999; Kobiyama et al. 2006; Marcelino, 2008).
Os desastres naturais podem ser ainda originados pela dinâmica interna e externa da Terra. Os decorrentes da dinâmica interna são terremotos, maremotos, vulcanismo e tsunamis. Já os fenômenos da dinâmica externa envolvem tempestades, tornados, inundações, escorregamentos, entre outros.
Classificação quanto à intensidade
A avaliação da intensidade dos desastres é muito importante para facilitar o planejamento da resposta e da recuperação da área atingida. As ações e os recursos necessários para socorro às vítimas dependem da intensidade dos danos e prejuízos provocados (Tabela 1.1).
No mundial
Em âmbito mundial, tem-se verificado, nas últimas décadas, um aumento das ocorrências de desastres naturais e dos prejuízos decorrentes (Figura 1.1). Constata-se uma tendência global para o significativo incremento do número de desastres a partir da década de 70 que, conforme EM-DAT (2009) passou de 50 registros por ano para 350 em 2008, tendo chegado a 500 em 2005. Segundo esta mesma fonte, os prejuízos estimados, que em 1975, eram de aproximadamente 5 bilhões de dólares, passaram a 180 bilhões em 2008. Em 2005, ano do Furacão Katrina nos Estados Unidos, o prejuízo atingiu 210 bilhões de dólares. As populações em risco têm apresentado um crescimento anual em torno de setenta a oitenta milhões de pessoas, sendo que, mais de noventa por cento dessa população encontra-se nos países em desenvolvimento, com as menores participações dos recursos econômicos e maior carga de exposição ao desastre (Figura 1.2). Em teoria, os perigos naturais ameaçam igualmente qualquer pessoa, mas na prática, proporcionalmente, atingem os mais desfavorecidos, devido a uma conjunção de fatores: há um número muito maior de população de baixa renda, vivendo em moradias mais frágeis, em áreas mais densamente povoadas e em terrenos de maior suscetibilidade aos perigos. Assim, a estratégia de redução de desastres precisa ser acompanhada do desenvolvimento social e econômico e de um criterioso gerenciamento ambiental. Portanto, deve ser construída com políticas de desenvolvimento sustentável que levem em conta os perigos existentes e os planos para redução dos riscos (Alcantara-Ayala, 2002; UN-ISDR, 2004).
A década de 1990, declarada pelas Nações Unidas, como a Década Internacional para Redução de Desastres Naturais (International Decade for Natural Disaster Reduction – IDNDR), foi dedicada à promoção de soluções para redução do risco decorrente de perigos naturais, fortalecendo os programas de prevenção e redução de acidentes naturais. Uma das ações derivada da IDNDR foi a implantação da Estratégia Internacional para Redução de Desastres (International Strategy for Disaster Reduction – ISDR), voltada para promover maiores envolvimentos e comprometimentos públicos, disseminação de conhecimentos e parcerias para implementar medidas de redução de riscos. Hoje, há um crescente reconhecimento que enquanto esforços humanitários ainda são importantes e necessitam de atenção continuada, a avaliação e a mitigação dos riscos e das vulnerabilidades são fatores fundamentais a serem considerados na redução dos impactos negativos dos perigos e desta maneira são essenciais para a implantação do desenvolvimento sustentável (UN-ISDR, 2004).Uma das explicações do grande desequilíbrio entre prevenção e resposta de urgência, conforme observado por Veyret (2007), é que as ações de redução de riscos não oferecem a mesma visibilidade às políticas de organismos oficiais nacionais e internacionais, arrecadadores de fundos, em relação aos programas de atendimentos emergenciais, os quais normalmente têm grande exposição na mídia. Atualmente, as Nações Unidas por meio da ISDR, focam muito na questão da vulnerabilidade que é um estado determinado pelas condições físicas, sociais, econômicas e ambientais, as quais podem aumentar a suscetibilidade de uma comunidade ao impacto de eventos perigosos. Uma vez que o perigo de ocorrer um determinado desastre natural em geral, já é conhecido e, muitas vezes inevitável, o objetivo é minimizar a exposição ao perigo por meio do desenvolvimento de capacidades individuais, institucionais e da coletividade que possam contrapor-se aos perigos e aos danos. O papel da participação comunitária e da capacidade de enfrentamento da população é considerado elemento chave no entendimento do risco de desastre (UN-ISDR, 2004).
No Brasil
O Brasil é um país abençoado, realmente: não temos aqui terremotos de grande escala, fortes furacões, tufões, vulcões em atividade e outras catástrofes que fazem parte da vida de milhões de pessoas no mundo. Em contraposição, temos outros problemas, que podem ser considerados desastres naturais quando fazem vítimas. Os mais substanciais são a seca, a geada, as enchentes, a desertificação, a erosão, as queimadas e os escorregamentos.
Os desastres que mais matam gente no Brasil são os escorregamentos. Já o processo de seca é o que mais causa sofrimentos e está historicamente ligado ao Nordeste. As calamidades que acontecem aqui são causadas por um conjunto de fatores não só climáticos: o dedo do homem é fator decisivo nesse prejuízo. Isso porque ele desconhece o solo onde mora e acaba antecipando o desastre. Como, por exemplo, levantar casas em beiras de rios, em encostas de morros ou mesmo construir hidrelétricas sem preocupação com a manutenção adequada. Por isso, podemos dizer que há tempos as coisas aconteciam por razões geológicas, mas hoje elas se dão em boa parte pelas mãos humanas. O homem dá um empurrãozinho à catástrofe, muitas vezes sem nem mesmo tomar consciência disso.
ENCHENTES
Basta chover um pouco e as grandes cidades brasileiras ficam em estado de calamidade. Isso não acontece por acaso. As enchentes e inundações são, sem dúvida, alguns dos maiores problemas do nosso século.
Para entender por que isso acontece, é preciso antes definir alguns conceitos. Enchente acontece quando as águas da chuva, ao alcançarem um curso d´água, causam o aumento na vazão por certo período de tempo. Ou seja, a quantidade de água é maior do que o espaço onde ela ficaria. Como em um copo cheio, a água transborda.
Quando a água extravasa e toma as ruas, marginais e casas, ocorre a inundação. Ela é a verdadeira responsável pelas grandes desgraças e mortes urbanas. Os motivos são um conjunto de fatores, entre eles estão os climáticos, geológicos e, determinantemente, a ação humana. Nas cidades, os sistemas de drenagem geralmente são obsoletos, foram desenvolvidos para funcionarem durante um tempo determinado e nunca são trocados ou modernizados. Assim, estão entre os grandes responsáveis pelas. Assim, estão entre os grandes responsáveis pelas inundações. Por outro lado, o homem constrói suas casas até na beira do rio e ocupa a linha do canal responsável pelo escoamento. Dessa maneira, a água não tem para onde ir e inunda as casas. As inundações que acontecem ao longo de córregos e ribeirões, localizados fora do sistema principal de drenagem, geralmente têm como causas o grande número de bueiros e pontilhões obstruídos ou com seção insuficiente, o assoreamento dos cursos d'água decorrente de uso e ocupação inadequada. Em geral, nas grandes cidades, muitas áreas de risco de enchentes estão relacionadas com a ocupação de favelas nas margens de córregos. Nesses não é só a inundação que causa grandes prejuízos, há também os escorregamentos de casas nos morros.
Tsunami
Onde: Baía de Lituya, no Alasca, no EUA
Quando: Em 1958
Intensidade: Não tem escala.
A onda de 30 metros do oceano Indica são “nada” perto destas, de 524 metros. No natal de 2004 no oceano Índico houve 430 mil mortes imaginam-se o quanto foi neste, não há valores definidos, mas estima-se que foram mais de 430 mil mortes.
Os tsunamis são ondas de grande energia geradas por abalos sísmicos. Têm sua origem em maremotos, erupções vulcânicas, explosões causadas por gases acumulados no subsolo do oceano e nos diversos tipos de movimentos das placas do fundo submarino. Podemos dizer que o tsunami seria uma onda sísmica que se propaga no oceano. A palavra tsunami é de origem japonesa e significa "onda do porto" – tsu (porto, ancoradouro) e nami (onda, mar).
Historicamente, é no Oceano Pacífico onde ocorreram a maioria dos tsunamis, por ser uma área cercada por atividades vulcânicas e frequentes abalos sísmicos. Ao norte do Oceano Pacífico, desde o Japão até o Alasca, existe uma faixa de maior incidência de maremotos e erupções vulcânicas que originariam as tsunamis mais frequentes do nosso planeta.
Verificando a probabilidade e os registros históricos de erupções e/ou abalos sísmicos em ilhas do Oceano Atlântico, que são mínimos, veremos que as chances de ocorrer um acidente ambiental de grandes proporções são baixas.
Devido à frequência da ocorrência de tsunamis no Pacífico, existe uma rede internacional de sismógrafos ao longo do cinturão de fogo que altera para a formação de qualquer onda catastrófica. Como resultado dessa iniciativa nenhuma morte foi contabilizada com a passagem de um tsunami no Havaí em 1957. Já a tsunami de 1946, com altura inferior à de 1957, causou inúmeras vítimas fatais pela ausência de um sistema de alerta.
Os tsunamis, ao se propagarem no oceano possuem comprimento da ordem de 150 a 200 km de extensão e apenas 1 metro de altura. Em alto mar eles são quase imperceptíveis. Quando se aproximam de zonas costeiras mais rasas, perdem velocidade devido ao atrito com fundo e isso faz com que haja também uma redução do seu comprimento, porém a energia continua a mesma. Consequentemente, a altura da onda aumenta bastante em pouco tempo. Neste ponto, ela pode atingir 10, 20 e até 30 metros de altura, em função de sua energia e da distância do epicentro do tsunami. O processo se assemelha ao de uma parada brusca, que projeta a água para frente. A ação do tsunami é rápida e destruidora.
Assim, quanto maior for à distância entre a origem (epicentro) e o litoral de impacto, maior será a perda de sua intensidade por espalhamento e mesmo dissipação de sua energia.
Talvez o tsunami mais famoso tenha sido a provocada pela explosão vulcânica da Ilha de Krakatoa no Oceano Pacífico em 26 e 27 de agosto de 1883. O tsunami resultante atingiu as ilhas da Indonésia com ondas de até 35 metros de altura.
Vulcão
Onde: Lago Taupo, Nova Zelândia.
Quando: Em 180 d.C.
Escala: 7 na escala de Richter.
Entre as 28 erupções nos últimos 27 mil anos, a do ano 180 foi a pior: expeliu 100 km3 de material, equivalente a 148 mil vezes o maior navio petroleiro do mundo. Ocorreram mais de 92 mil mortes.
Vulcanismo é um fenômeno geológico que ocorre do interior da Terra para a superfície, quando há o extravasamento do magma em forma de lava, além de gases e fumaça. O termo vulcanismo é utilizado para designar uma série de fenômenos e elementos vulcânicos. A ciência que tem como objetivo estudar o fenômeno e também o comportamento dos vulcões é a vulcanologia, sendo que o profissional que a executa é chamado de vulcanólogo.
O processo de vulcanismo é resultado das características de pressão e temperatura contidas no subsolo. Além disso, os vulcões se estabelecem, em geral, em regiões que limitam placas tectônicas, salvo o vulcanismo ligado ao ponto quente, neste caso esse processo pode ocorrer no interior de uma placa.
Nas profundezas da Terra, entre o centro de ferro fundido e a fina camada na superfície, há uma parte de pedra sólida chamada de manto, ainda quente por causa da formação do nosso planeta há cerca de 4.6 bilhões de anos. Como as pedras são grandes isolantes, o calor demora para se dissipar.
Quando as pedras do manto se derretem, elas se transformam em magma, que chega à superfície através da crosta externa da terra, e libera os gases contidos. Quando a pressão é muito forte, vulcões entram em erupção. A pressão aumenta se a quantidade de magma que vai do manto da terra até o vulcão é alta. Por outro lado, a pressão pode aumentar dentro do cone de magma do vulcão. Isso acontece porque quando o magma no cone começa a esfriar, ele libera gases que se expandem, aumentando a pressão. Quando a pressão é muito forte, as rochas que formam o vulcão racham, e o magma escapa pela superfície — é a erupção. Em alguns vulcões, a quantidade de magma que sai da terra é relativamente constante, então as erupções são frequentes. Em outros casos, o magma sobe em bolhas a cada 100 ou até mesmo 1000 anos, por isso as erupções são raras.
Quando ainda é subterrâneo, este manto rochoso é chamado de magma. Assim que atinge a superfície e se derrama pelos lados de um vulcão, passa a se chamar lava. Geralmente, quanto mais quente a lava, mais fluida ela é, e mais rapidamente ela escorre. As lavas havaianas tendem a ser as mais quentes da escala. Quando entram em erupção, elas chegam a 1.175º C.
Os vulcões são responsáveis pela liberação de magmas acima da superfície terrestre e funcionam como válvula de escape para magmas e gases existentes nas camadas inferiores da litosfera. Magmas primários provêm de câmaras magmáticas posicionadas a profundidades da fonte que normalmente oscilam entre os 50 a 100 km, onde ocorrem concentrações de calor, fusões e fluxo de voláteis, condições estas que levam ao aumento da pressão necessária à subida do magma através de condutos, que por sua vez levam à formação dos vulcões.
Furações
Onde: Sul dos EUA.
Quando: Nos dias 23 a 30 de agosto em 2005.
Escala: 5 (a mais alta da escala).
Com os ventos de 280km/h, Katrina foi o desastre natural mais caro até hoje com o prejuízo de 90,9 bilhões de dólares,o mesmo que o produto interno bruto na cidade de São Paulo. Outro furação aconteceu em Bangladesh na Índia com mais de 500 mil mortes em 1970.
Classificados como eventos meteorológicos, os furacões, os ciclones, os tufões e os tornados são fenômenos que produzem um resultado destrutivo, mas ainda há muitas dúvidas a respeito deles.
Mesmo se tratando dos mesmos fenômenos, os furacões recebem diferentes nomes. Tudo depende do espaço terrestre onde acontecem e da velocidade dos ventos existentes.
A mais poderosa tempestade do nosso planeta é o furacão. Um furacão é um ciclone tropical que se tornou muito intenso com ventos girando no sentido horário no Hemisfério Sul e em sentido anti-horário no Hemisfério Norte ao redor de um centro de baixa pressão. Quanto mais baixa a pressão em seu centro, mais fortes serão os ventos ao seu redor, tendo que estar acima de 119 km/hora para ser classificado como furacão. Além de águas acima de 26ºC e ventos que não podem variar muito com a altura, outras condições na atmosfera precisam estar presentes para a formação dos furacões. Ele é um fenômeno que se forma nas águas quentes das regiões tropicais.
Até o Furacão Catarina, a grande exceção era o Atlântico Sul. Ocorrem com maior freqüência no Atlântico Tropical Norte, Pacífico Tropical Oriental, Pacífico Tropical Norte Oriental e Pacífico Tropical Sul Oriental, além do Oceano Índo centro do furacão há uma região sem nuvens e com ventos calmos, chamada de olho do furacão. Nesta região, há movimentos de ar descendentes, ao lado de uma grande área circular de centenas de quilômetros com vigorosos movimentos ascendentes do ar, o que provoca formação de nuvens e muita chuva.O maior perigo está na água, pois a pressão baixa no olho do furacão pode levar bilhões de toneladas de água do mar para as praias formando uma tempestade de grandes proporções. Por isso quase 90% das vítimas de furacão morrem afogadas.
Formação de um furacão
Quando sua rota segue em direção às áreas povoadas, o resultado é desastroso. Uma inquietação no tempo, oceanos tropicais mornos, umidade, e ventos relativamente fortes em níveis superiores da atmosfera são as condições necessárias que podem combinar e dar origem a ventos violentos, ondas gigantes, chuvas torrenciais, e inundações associadas a este fenômeno.
Para medir a intensidade dos furacões utiliza-se a escala Saffir-Simpson, ela mede a força dos ventos numa categoria que vai de 01 a 05. O furacão Katrina, em Agosto de 2005, deixou um rastro de destruição em seu caminho, chegou à categoria 5 ao se aproximar de Louisiana, nos Estados Unidos.
De acordo com o lugar onde se formam, ganham nomes diferentes. No oeste do Pacífico, nas regiões do Japão, China, Coreia, Filipinas são chamados de tufões e de furacão quando ocorrem no oceano Atlântico.
A velocidade de seus ventos atingem até os 300Km/h. Normalmente, possuem entre 450Km e 650Km de diâmetro e a distribuição do vento e das nuvens ao seu redor é igual.
Tornados
Onde: Missouri, Illionise Indiana, Nos EUA.
Quando: Em 18 de março 1925.
Escala: 5 ( a mais alta da escala)
O ”Tornado dos três estados” durou mais de três horas e percorreu 353 km!. Matou 747 pessoas e causou 1,4 bilhão de dólares em danos. Em Bangladesh foram mais de 1300 mortes em 1989.
A palavra tornado veio da palavra espanhola Tornada, que significa tempestade. Tornados geralmente têm um tempo de vida de alguns minutos e raramente duram mais do que uma hora, e são menores que os furacões. Tornados são ventos ciclônicos que giram com uma velocidade muito grande em volta de um centro de baixa pressão. Ele ocorre com a chegada de frentes frias, em regiões onde o ar está mais quente e instável. As superfícies continentais super aquecidas geram ventos verticais e isto contribui favoravelmente para o desenvolvimento da tempestade que dá início ao tornado. Quando um tornado atinge os oceanos são chamados de tromba d’água. Um tornado pode ter uma largura tanto menor do que 30 metros, quanto maior do que 2,5km.
Os menores tornados são denominados mínimos e os maiores de máximos. Um mínimo irá durar não mais do que alguns minutos, deslocar-se um quilômetro e meio e ter ventos com velocidade de 160km/h. Um máximo pode deslocar-se 320km ou mais, durar até 3 horas e ter ventos com velocidade superior a 400km/h.
O tornado percorre um caminho muito irregular. Quando o funil toca o solo, ele pode mover-se em linha reta ou descrever um trajeto sinuoso. Ele pode até duplicar-se, pular lugares ou formar vários funis. Estima-se que a velocidade do vento dentro do funil possa atingir 450km/h (o cálculo por meio de instrumentos é inviável, porque eles são destruídos pela força da tempestade). A maioria dos tornados do Hemisfério Norte deslocam-se do sudoeste para o nordeste e possuem rotação em sentido anti-horário. No Hemisfério Sul, os tornados possuem rotação horária.
Os tornados são os mais destruidores de todas as perturbações atmosféricas, mas a área afetada por eles é limitada. Os tornados mais intensos costumam acontecer no centro-oeste dos Estados Unidos e na Austrália. O tornado se diferencia dos furacões por se formar sobre o continente.
Os Tornados são medidos pela intensidade dos estragos que causam, e não pelo seu tamanho físico. Tornados grandes podem ser fracos, e tornados pequenos podem ser violentos. São considerados a mais destrutiva de todas as tempestades na escala de classificação dos fenômenos atmosféricos. A intensidade dos tornados é classificada na Escala Fujita.
Podem ocorrer em qualquer parte do mundo, desde que existam condições favoráveis; entretanto, observa-se uma maior frequência nos Estados Unidos numa área confinada entre as Montanhas Rochosas (a oeste) e os Montes Apalaches (a leste). A região onde fica situado o estado americano de Oklahoma é considerado um corredor de tornados, nessa área eles são mais frequentes.
Assim como os terremotos possuem a Escala Richter para medir sua intensidade, os tornados possuem a "Fujita-Pearson Tornado Intensity Scale", ou seja uma escala usada pelos meteorologistas para medir a intensidade dos ventos de um tornado. Essa escala foi nomeada em homenagem aos dois homens que a desenvolveram: Dr. Theodore Fujita e Allan Pearson, diretores do Centro de Previsão de Tempo de Kansas City, nos EUA.
A Escala Fujita está representada abaixo:
F0 - até 110: Leve
F1 - 111-180: Moderado
F2 - 181-250: Considerável
F3 - 251-330: Severo
F4 - 331-420: Devastador
F5 - 421-510: Inacreditável
F6 - 511-610: Fora de Série
Uma série de tornados que atingiu os estados de Indiana, Wisconsin, Illinois, Iowa, Michigan e Ohio, nos EUA, em abril de 1985, matou 271 pessoas, feriu milhares de outras pessoas e causou prejuízos de mais 400 milhões.
Terremotos
Onde: Valdívia,no Chile.
Quando: Em 22 de maio de 1960.
Escala: 9,5 (a escala vai até ao 10).
O tremor provocou tsunamis que chegaram até ao Japão, do outro lado do Pacífico. O nível da água do porto subiu 4 metros e 130 mil casa foram destruídas, com total de mortos estimado em 6 mil. Outro terremoto devastou Senshi, na China, deixando mais de 830 mil mortos em 1556.
Os terremotos ou abalos sísmicos são classificados como eventos geológicos. Eles são definidos como fenômenos de vibração brusca da superfície da Terra que podem durar segundos ou minutos. Os terremotos ou abalos sísmicos são provocados por movimentos na crosta terrestre, composta por enormes placas de rocha, chamadas de placas tectônicas. Além disso os tremores também podem ser resultantes de atividade vulcânica ou de deslocamentos de gases (principalmente metano) no interior da Terra. O movimento é causado pela liberação rápida de grandes quantidades de energia na forma de ondas sísmicas.
As placas tectônicas se movimentam lenta e sucessivamente sobre uma camada de rocha parcialmente derretida, ocasionando um contínuo processo de pressão e deformação nas grandes massas de rocha. Quando duas placas se chocam ou se raspam, elas geram um acúmulo de pressão que provoca um movimento brusco.
Há três tipos de movimentos: convergente (quando duas se chocam), divergente (quando se movimentam em direções contrárias) e transformante (separa placas que estão se deslocando lateralmente). Os movimentos convergente e divergente das placas provocam alterações no relevo. A cada choque, a placa que apresenta menor viscosidade (mais aquecida) afunda sob a mais viscosa (menos aquecida). A parte que penetra tem o nome de zona de subducção. No oeste da América do Sul, por exemplo, o afundamento da placa de Nazca sob a placa continental originou a cordilheira dos Andes.
A maior parte dos terremotos ocorre nas bordas das placas tectônicas (“tectônica” tem origem na palavra “construção” em grego) ou em falhas entre dois blocos rochosos. As regiões mais sujeitas a terremotos são aquelas próximas às placas tectônicas como o oeste da América do Sul onde está localizada a placa de Nazca e a placa Sul-Americana; e nas regiões em que se formam novas placas como no oceano Pacífico onde se localiza o Cinturão de Fogo. O comprimento de uma falha causada por um terremoto pode variar de centímetros a milhões de quilômetros, como por exemplo, a falha de San Andreas na Califórnia, Estados Unidos.
Nos Estados Unidos, localizado no limite das placas Norte-americana e do Pacífico , ocorrem de 12 mil a 14 mil eventos sísmicos anualmente (ou seja, aproximadamente 35 por dia). Baseado em registros históricos de longo prazo, aproximadamente 18 grandes terremotos (de 7,0 a 7,9 na Escala Richter) e um terremoto gigante (8 ou acima) podem ser esperados num ano.
Entre os efeitos dos terremotos estão: vibração do solo, abertura de falhas, deslizamento de terra, tsunamis e mudanças na rotação da Terra. Além disso temos consequências prejudiciais ao homem como ferimentos, morte, prejuízos financeiros e sociais, desabamento de construções etc.
A região onde ocorre a liberação de energia sísmica (ondas sísmicas), ou a falha na rocha, é chamada de região focal ou foco sísmico - hipocentro. O ponto diretamente acima do foco, na superfície da Terra, é chamado de epicentro. A zona ao redor do epicentro é normalmente a mais afetada por um abalo sísmico.
Em alguns terremotos, os tremores só podem ser registrados por aparelhos denominados sismógrafos. Outros são abalos tão violentos que devastam extensas regiões.
O maior terremoto já registrado foi o Grande Terremoto do Chile, em 1960, atingindo 9.5 na escala de Richter, em seguida o da Indonésia, em 2004, registrando 9.3 na mesma escala. O que um terremoto provoca na superfície da Terra, tal como, tremor sentido pelas pessoas, rachaduras nas paredes ou no solo, desabamentos de edificações, etc., pode ser medido como sua intensidade, na escala denominada Escala Mercalli. A escala mais usada para medir a grandeza dos terremotos é a do sismólogo Charles Francis Richter. Sua escala varia de 0 a 9 graus e calcula a energia liberada pelos tremores.
Um estudo de geólogos americanos divulgado em Maio de 2008 sugere que terremotos de grandes proporções — como o que devastou a província chinesa de Sichuan, no dia 12 de maio de 2008 — podem provocar tremores secundários até do outro lado do planeta. O indício do fenômeno foi publicado no jornal científico britânico Nature Geoscience, por uma equipe de pesquisadores da Agência de Pesquisa Geológica dos Estados Unidos (US Geological Survey). Segundo eles, 12 dos últimos 15 grandes terremotos — de magnitude superior a 7 pontos na escala Richter — ocorridos desde 1990 deram origem a ondas sísmicas que provocaram, dias depois, pequenos abalos até em continentes muito distantes do epicentro do tremor original.
O grande terremoto que sacudiu a costa da Sumatra (Indonésia), em 2004, por exemplo, provocou abalos secundários em lugares como o Alasca, a Califórnia e o Equador, segundo os cientistas. Foram tremores menores, entre 3 e 5 graus, mas suficientes para assustar as populações destes locais. Os geólogos não deram uma explicação conclusiva para o fenômeno, apenas apontaram a relação entre tremores descoberta depois de analisarem registros de mais de 500 sismógrafos espelhados pelo mundo. E, coincidência ou não, a região central da Colômbia foi abalada por um tremor de magnitude 5,5, duas semanas após o grande terremoto chinês, o que pode ajudar a comprovar a teoria.
Outros tipos
AVALANCHE
Onde: Monte Santa Helena, nos EUA.
Quando: em 18 de maio de 1980.
Escala: 5 na escala de Richter.
A avalanche foi provocada por um terremoto seguido de uma explosão. A área havia sido evacuada e apenas 57 pessoas morreram. Outra avalanche aconteceu em Yungay (Peru), não houve tempo para evacuação e morreram mais de 20 mil pessoas, no ano de 1970.
ENCHENTE
Onde: Margens do Rio Hwang He, na China.
Quando: Em 1887.
Escala: Não tem escala.
Em 1887 com o excesso de chuvas, o Hwang He transbordou por 130 mil km2, matando mais de 900 mil pessoas em Hwang He. Em Hwang Ho estima-se que mais de 2,5 milhões morreram. No Yang Tsé foram mais de 4 milhões de mortes, tudo isso na China no ano de em 1931.
NCÊNDIO FLORESTAL
Onde: Ilha de Borneu, Indonésia.
Quando: Em 1997.
Escala: Não tem escala.
Vitimas de uma seca provocada pelo El Niño, foram queimados cerca de 97 mil km2 (o equivalente a Santa Catarina) em Bornéu, o incêndio emitiu 2,5 bilhões de toneladas de CO2 na atmosfera. Foram registrados 2500 mortes também em Peshtigo, nos EUA, em 1871.
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