ECOSSISTEMAS BRASILEIROS
Pesquisas Acadêmicas: ECOSSISTEMAS BRASILEIROS. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: vanessapicardo • 31/3/2014 • 2.321 Palavras (10 Páginas) • 359 Visualizações
INTRODUÇÃO
Se somarmos a comunidade a área geográfica de dimensões variáveis, teremos um ecossistema. Em outras palavras, as populações e o lugar onde residem formam os ecossistemas, nos quais se distinguem dois componentes bem definidos: Biótico – representado pela comunidade; e Abiótico – representado pelo meio físico.
A maior parte dos ecossistemas se formou de processos evolutivos muito lentos entre os indivíduos das diversas populações e o meio ambiente.
Portanto, o meio ambiente evolui juntamente com o convívio das espécies, assim como a comunidade se transforma devido a necessidade do ambiente e vice-versa.
A cada região há uma vegetação, clima, espécies diferentes, isso ocorre devido a característica da região, como por exemplo, a caatinga, que tem a característica de poucas chuvas, clima seco, e assim, surgem as espécies e vegetações resistentes a esse ecossistema.
Todas as regiões são ricas em biodiversidade, mas nos últimos anos, essas regiões estão sendo devastadas pela presença humana. Como por exemplo, a exploração das matas, desmatamentos, madeireiras clandestinas, a agropecuária abusiva com uso de agrotóxicos, entre outros fatores.
ECOSSISTEMAS BRASILEIROS
A vegetação é o “espelho do clima” . Essa frase resume uma teoria que se baseia na circunstância de que o clima constitui o fator determinante da distribuição dos vegetais na superfície terrestre. No Brasil, essa teoria pode ser comprovada relacionando-se os tipos de clima com os de vegetação.
Floresta Amazônica – Clima Equatorial
Localizada ao norte do Brasil, abrangendo cerca de 47% de todo o território nacional. Abrange os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e ainda uma pequena área do Maranhão, Tocantins e Mato Grosso.
O calor e a umidade constantes favorecem o aparecimento da formação vegetal mais exuberante do planeta. Trata-se da floresta amazônica ( também denominada Hiléia, floresta pluvial ou floresta equatorial).
A Floresta Amazônica caracteriza-se pela grande diversidade: um hectare contém mais de trezentas espécies. Floresta densa, úmida e latifoliada, isto é composta por árvores de folhas largas, que propiciam uma intensa evapotranspiração. Subdivide-se em 3 partes :
- Mata de terra firme: ocorre nas áreas jamais inundadas pelas cheias dos rios da região. Abriga as maiores arvores, muitas das quais consideradas madeira nobre, como a imbuia, o mogno e o cedro.
- Mata de várzea: inundada durante as cheias os rios, também abriga grandes espécies, embora menores que as de terra firme. É a área de ocorrência das seringueiras, entre as quais a Hevea brasiliensis , da qual é extraído o látex.
- Mata de igapó: permanentemente inundada, desenvolve-se ao longo das margens dos rios amazônicos. É nela, por exemplo, que proliferam a vitória-régia e o açaí .
A Fauna existente na floresta Amazônica é rica em diversidade, entre os animais, a maior parte é de insetos, mas a floresta abriga também grande variedade de macacos e aves. Em seu trecho alagado, são comuns os mamíferos aquáticos como o peixe-boi, a lontra e os botos, e répteis como os jacarés, tartarugas, a conhecida jibóia e outras principais espécies, como : Arara-vermelha, quati, Tartaruga da Amazônia, Onça Pintada, Anaconda, Tatu-galinha, Jacaré-açú, Macaco Uacari, Irará, Uirapuru, entre muitos outros.
Por todas essas características, a Floresta Amazônica é considerada a maior reserva de diversidade biológica do mundo, com indicações de que abrigue pelo menos metade de todas as espécies vivas do planeta.
Mas infelizmente, cerca de 20% da floresta já foi devastada. Essa rápida degradação se deve a vários fatores, dos quais destacamos os mais importantes:
• Expansão da pecuária bovina, realizada comumente em terras griladas;
• Atuação indiscriminada de madeireiras, muitas delas estrangeiras e quase sempre irregulares;
• Aumento do número de garimpos, em geral clandestinos.
• Implantação de grandes projetos econômicos, voltados tanto para atividades agropecuárias como para a mineração.
Entre as conseqüências atuais e futuras dessa degradação acelerada, podemos mencionar:
• Menor umidade do ar;
• Diminuição do volume de água dos rios que cortam a região;
• Menor evapotranspiração;
• Rebaixamento do nível do lençol freático, devido à menor retenção de água na superfície e à maior velocidade de escoamento.
Caatinga – Clima semi-árido
Localizada ao nordeste brasileiro, ocupando cerca de 11% do território nacional. A relativa escassez de água, somada à pobreza dos solos, ofereceu condições naturais para o desenvolvimento da caatinga.
É caracterizada pela predominância de espécies arbustivas, especialmente cactáceas, entremeadas por gramíneas e por algumas arvores de maior porte. Por isso, é considerada uma vegetação complexa. As plantas têm muitos espinhos, caules grossos e poucas folhas. Enfim, são caracterizadas como plantas xerófitas ( adaptadas a climas secos). Grande parte do Sertão nordestino sofre alto risco de desertificação devido à degradação da cobertura vegetal e do solo. A vegetação adaptou-se para se proteger da falta d’água. Quase todas as plantas usam a estratégia de perder as folhas, eliminando a superfície de evaporação quando falta água.
A caatinga tem um imenso potencial para a conservação de serviços ambientais, uso sustentável e bioprospecção que, se bem explorado, será decisivo para o desenvolvimento da região e do país. A biodiversidade da caatinga ampara diversas atividades econômicas voltadas para fins agrosilvopastoris e industriais, especialmente nos ramos farmacêutico, de cosméticos, químico e de alimentos.
Apesar da sua importância, o bioma tem sido desmatado de forma acelerada, principalmente nos últimos anos, devido principalmente ao consumo de lenha nativa, explorada de forma ilegal e insustentável, para fins domésticos e indústrias,
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