ENERGIA DAS ONDAS DO MAR
Tese: ENERGIA DAS ONDAS DO MAR. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Dan123 • 5/8/2013 • Tese • 2.479 Palavras (10 Páginas) • 749 Visualizações
. INTRODUÇÃO
A energia hidroelétrica foi à principal fonte de energia renovável do século XX e continuará a ser importante, porém com muitos rios já represados e a acentuada busca por novas alternativas renováveis, encontra-se no mar – que ocupam 70% da superfície terrestre - o futuro das hidroelétricas.
No que segue fala-se sobre uma recente tecnologia capaz de gerar energia elétrica a partir das ondas do mar. Alguns países já obtêm energia a partir dessa tecnologia, no entanto, dar-se-á ênfase a Usina do Porto de Pecém, no Ceará, a qual entrará em funcionamento ainda este ano.
O seguinte trabalho também falará dos custos, da viabilidade econômica e natural, dos impactos ambientais e de como essa energia das ondas podem ser aproveitadas. Deve-se ressaltar que todas as considerações aqui feitas, foram baseadas em bibliografias e pesquisas sobre o assunto.
2. O QUE É ENERGIA DAS ONDAS DO MAR
A energia das ondas do mar consiste basicamente em um projeto de transformar a energia proveniente das águas oceânicas em energia elétrica.
É uma energia “limpa”, isto é, com pequenos impactos ao meio ambiente.
2.1. COMO AS ONDAS DO MAR SE FORMAM
Pode-se considerar a energia presente nas ondas do mar como uma forma concentrada de energia solar. A energia solar atua desigualmente na superfície dos oceanos; o diferencial de calor gera os ventos, ou seja, energia eólica; os ventos, quando soprando por pistas longas e tempo suficiente, geram as ondas do mar. Estimativas simples, mas consistentes, indicam que a 20m acima da superfície do mar, a energia eólica é de 2-6 vezes mais densa que a energia solar. Por seu turno, a energia das ondas é cerca de 5 vezes mais densa que a energia eólica e portanto de 10-30 vezes mais densa que a energia solar.
A quantidade de energia transferida, e, portanto, a intensidade das ondas resultantes vai depender: da velocidade do vento; do tempo de atuação do vento e da pista, que é a distância ao longo do qual os ventos ocorrem (a perda de energia das ondas durante o trajeto são insignificantes).
2.2.1. VANTAGENS ESTRATÉGICAS
Pesquisas e estudos sobre a geração de energia elétrica a partir das ondas do mar apontaram os benefícios dessa alternativa energética, tais como:
Baixo custo ambiental ao planeta;
Sustentabilidade do consumo de energia;
Método limpo de geração de eletricidade;
Fonte de energia renovável;
Recurso bem caracterizado – fácil estimativa do potencial;
Abundante;
Nativa – produção pontual;
Independência energética local ou regional – aplicação local eliminando a dependência de combustível fóssil;
Harmônica a vida marinha, podendo ser utilizada como recife artificial se desejado;
2.2.2. DESVANTAGENS
Como toda forma de geração de energia, são necessárias algumas “características” do meio em que será implantação da Usina para que a mesma funcione com o máximo de aproveitamento:
São necessárias marés e correntes fortes;
Tem que haver um aumento do nível da água de pelo menos 5,5 metros da maré baixa para a maré alta;
O fornecimento não é contínuo;
Baixa eficiência por volta de 20%;
Preço de tecnologia para exploração comercial alto atualmente;
Topografia do litoral, em uma parte do Brasil, não favorece a construção econômica de reservatórios;
Complexidade e demora dos processos de licenciamento;
2.2.3. IMPACTOS AMBIENTAIS
A implementação de dispositivos de conversão de energia das ondas pode ter uma gama vasta de impactos ambientais, alguns dos quais benéficos outros nefastos. O conhecimento destes efeitos no caso concreto de dispositivos de conversão de energia das ondas é limitado, uma vez que não existem, na atualidade, unidades ou protótipos à escala real cujo intervalo de tempo em funcionamento tenha permitido apurar com o rigor necessário todas as implicações decorrentes da sua introdução no meio envolvente. Dentro de tais impactos pode-se citar:
Barulho - não maior que o próprio som das ondas;
Perturbação da vida marinha - somente durante o período de construção;
Impacto visual - como se trata de estrutura parcialmente submersa, sua visualização não é tarefa das mais fáceis e só será possível se desejado pelo projeto;
Risco à navegação - devido a sua flexibilidade de localização pode ser facilmente desviada de rotas das linhas marítimas. As demais possibilidades são tratadas com sinalização adequada;
Área de recreação - com a instalação da usina tanto poderiam ser criadas áreas abrigadas para recreação como áreas mais adequadas para a prática do surfe.
3. HISTÓRIA DA ENERGIA DAS ONDAS
O potencial energético das ondas dos oceanos é reconhecido desde a antiguidade, sendo do século XVIII as primeiras propostas para aproveitamento da energia das ondas (McCormick 1981; Ross, 1995).
Sendo que o primeiro nome que se teve indícios que gerou energia através das ondas do mar é o do comandante Yoshio Masuda, que, a partir de meados da década de 1960, iniciou no Japão o desenvolvimento de bóias de sinalização marítima alimentadas por energia das ondas.
Foi no período que se seguiu a crise no mercado petrolífero de 1973 que a energia das ondas surgiu nos programas de I&D (Investigação e Desenvolvimento) no Reino Unido, sendo que o trabalho
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