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Estudo dirigido sobre o Barão do Rio Branco

Por:   •  3/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.602 Palavras (11 Páginas)  •  702 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS – UFMG

INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS – IGC

DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA

BARÃO DO RIO BRANCO: VIDA E OBRA – TRATADOS FORNTEIRISÇOS

Belo horizonte

2015


Geiciene Vieira Bragança

Lucas Félix Gonçalves da Silva

Marcelo Marques Junior

BARÃO DO RIO BRANCO: VIDA E OBRA – TRATADOS FORNTEIRISÇOS

Disciplina: Formação Territorial do Brasil. Professor Weber Soares. Curso de Geografia 1° período turno noite – (TNB) do Instituto de Geociências da UFMG.

Belo Horizonte

2015

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO        

2 DESENVOLVIMENTO        

2.1 Barão do Rio Branco        

2.2 A questão de Palmas        

2.3 A Questão do Amapá        

2.4 A Questão do Acre        

3 CONCLUSÃO        

4 ANEXOS        

5 BIBLIOGRAFIA        


1 INTRODUÇÃO

O José Maria da Silva Paranhos Júnior, mais conhecido como o Barão do Rio Branco, tem lugar de destaque na história do Brasil. Um intelectual, político, diplomata e historiador que nasceu no Rio de Janeiro no ano de 1845. Foi deputado por Mato Grosso, cônsul do Brasil no exterior por vários anos, e a partir de 1893 como chefe das missões diplomáticas do país, teve a responsabilidade de unir um território de dimensões continentais.

Assim sendo, foi uma peça fundamental para definir mais de 30% dos limites do território nacional, por intermédio de ações diplomáticas se destacou na conquista de importantes territórios. Em 1895, defendendo os direitos do Brasil, obteve sucesso contra a Argentina, a vitória do barão se dividia entre Santa Catarina e Paraná, uma área de 30.621km². Em 1900, já contra os interesses da França, conseguiu parecer favorável na questão de limite no Amapá. E por fim sua grande vitória sobre a Bolívia, a conquista do Acre em 1903.

O Barão além de ser um grande conhecedor da história do país assumiu com grande inteligência o seu papel diplomático. Consolidou cerca de 900 mil km² de fronteiras por meios totalmente pacíficos, e com os seus feitos, também reconquistou o respeito internacional do Brasil, uma liderança brasileira na América do Sul estava sendo traçada.


2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Barão do Rio Branco

José Maria da Silva Paranhos Júnior (mais conhecido como o Barão de Rio Branco) filho do Visconde do Rio Branco nasceu no Rio de Janeiro em 20 de abril de 1845. Em 1862 ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo, cursando o último ano de direito na Faculdade de Recife.

O Visconde do Rio Branco, “foi um importante membro do partido conservador e ocupou os mais altos cargos públicos no império do Brasil, inclusive o de ministro de negócios estrangeiros assim como cumpriu várias missões diplomáticas no Rio da Prata” (DORATIOTO, 2005, p. 24). Em 1870, Paranhos Júnior acompanhou seu pai como secretário em uma dessas missões diplomáticas.

Em 1872 já como Deputado Estadual, Paranhos Júnior começa a redigir no jornal “A Nação”, o qual ficou conhecido como o órgão oficial do Partido Conservador e defensor das políticas do gabinete Rio Branco. É possível que as experiências adquiridas “nesta primeira grande campanha de imprensa em que se envolveu tenham deixado as marcas para o desenvolvimento daquilo que futuramente seria um estilo característico seu como Ministro, o uso da imprensa para esclarecer e convencer a opinião pública do acerto das ações do seu Ministério” (HENRICH, 2009, p. 5).

Após dois mandatos como deputado e uma missão diplomática transitória do Rio da Prata, “Juca” Paranhos, aristocrata, intelectual, boêmio e com um casamento escandaloso para os parâmetros da época, foi ser Cônsul do Brasil na Europa, onde ficou durante 26 anos.

Em Liverpool, na Inglaterra, exerceu a função de Cônsul do Brasil por 24 anos, durante este período manteve seus estudos sobre política pública, relações exteriores, entre outros, e nas horas vagas dedicava seu tempo ao estudo sobre o Brasil sendo leal ao lema que adotara na juventude “Ubique patriae memor” (em toda parte a lembrança da pátria). Os últimos dois anos na Europa, esteve como ministro em Berlin.

Como advogado do Brasil, pode-se dizer que a maior contribuição de José Paranhos ao país foi à conquista de três importantes territórios por meio de ações diplomáticas.

Em 1895, conseguiu assegurar para o Brasil boa parte do território dos estados de Santa Catarina e Paraná, em litígio contra a Argentina, no que ficou conhecido como A questão de Palmas (ver item 2.2). Obteve vitória contra a França na questão fronteiriça referente ao Amapá: causa ganha pelo Brasil em 1900, com a arbitragem do governo suíço. (SOARES, 2010, p. 117).

        Com essas causas José Paranhos (Barão de Rio Branco) obteve prestígio e respeito fazendo com que o presidente da época, Rodrigues Alves, o convidasse para o posto mais alto da diplomacia brasileira em 1902, voltara ao Brasil neste período. Agora, chanceler, assina acordos de limites com a Bolívia (1903), o Equador (1904), a Holanda (Guiana Holandesa, 1906), a Colômbia (1907), Uruguai (1909) e o Peru (1909).

A chamada “questão do Acre”, com a Bolívia, que estava em fase explosiva quando assumiu o ministério, foi seu teste de estadista. Atuou, então, em múltiplos planos: mudou a interpretação brasileira do tratado de 1867; criou fatos novos ao denunciar o arredondamento da região ao um sindicato anglo-americano; e conseguiu, finalmente, com grande habilidade negociadora, chegar a acordo satisfatório em uma crise que parecia a muitos sem saída pacífica. (GOES FILHO, 2012, p. 256)

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