FICHAMENTO TRANSCRIATIVO: I UNIDADE: DA ORGANIZAÇÃO À PRODUÇÃO DO ESPAÇO

 Universidade Do Estado Do Rio Grande Do Norte
 Campus Avançado Prefeito Walter De Sá Leitão
 Curso De Geografia - CGE

 Disciplina: Organização do espaço

Professora: Zenys Freire

Aluno: Ildson Carlos dos Santos Soares

FICHAMENTO TRANSCRITIVO:  I UNIDADE: DA ORGANIZAÇÃO À PRODUÇÃO DO ESPAÇO

Referência:

CARLOS, A. F. A. A condição espacial. São Paulo: Editora contexto, 2011. p. 63-88

Assu

Março/2019

“[...] Entretanto, esse processo não é nem linear e nem mesmo homogêneo na construção do pensamento geográfico ( e, aqui nos referimos especificamente a geografia brasileira) é possível perceber uma inflexão senão ruptura que se estabelecem nos anos de 1970[…]” (p.64)

“No plano da realidade, a produção do espaço é anterior ao capitalismo e se perde numa história de longa duração iniciada no momento em que o homem deixou de ser coletor e caçador e criou condições de, através de seu trabalho, transformar efetivamente a natureza (dominando-a). [...]” (p.64)

“No capitalismo, essa produção adquire contornos e conteúdos diferenciados dos momentos históricos anteriores, expansão territorial e socialmente (no sentido de que penetra em todos os lugares do mundo e em toda a sociedade) incorporando as atividades do homem, redefinir sobre a lógica do processo de valorização do Capital. Nesse contexto, o próprio espaço assume a condição de mercadoria como todos os produtos dessa sociedade. A produção do espaço se insere, assim, na lógica da produção capitalista que transforma todo o produto dessa produção em mercadoria [...]” (p.64)

“[…] A propriedade privada invade a vida de forma definitiva, redefinindo o lugar de cada um no espaço, encerrado numa prática sócio-espacial limitada pela norma como forma legítima de garantir os acessos diferenciados aos bens produzidos.” (p.65)

“[...] quanto mais o espaço é submetido a um processo de funcionalização, mas é passível de ser manipulado, limitando-se, com isso, as possibilidades da apropriação[…]” (p.65)

“[...] a ocupação do espaço se realizou sobre a égide da propriedade privada do solo em que o espaço fragmentado é vendido em pedaços, tornando-se intercambiável a partir de operações que se realizam através e no mercado, ou seja tendencialmente produzido enquanto mercadoria. [...]” (p.67)

“Desse modo, a noção de produção traz questões importantes pois seu sentido desvela os conteúdos do processo produtivo, o sujeito os produtores, os agentes da produção material do espaço, as finalidades que orientam essa produção no conjunto de determinada sociedade, bem como as suas formas de produção no conjunto de determinada sociedade, bem como as suas formas de apropriação. Tal produção distingue-se das outras em seu significado e, por essa razão, apresenta outras implicações. Se a produção tem por conteúdo relações sociais, tem também, uma localização no espaço. [...]” (p.68)

“Assim, em seus sentidos mais profundos a produção refere-se a relações mais abrangentes pontos no plano espacial, significa o que se passa fora da esfera específica da produção de mercadorias e do mundo do trabalho, sem, todavia, deixar de incorporá-lo, para entender se é o plano do habitar, ao lazer, à vida privada Isto é, ampliando-se pela incorporação de espaços cada vez mais amplos, explicitando a reprodução capitalista. […]” (p.69)

“A produção do espaço, ao apontar, como consequência, sua reprodução, faz com que nos deparamos com a necessidade de compreender o movimento em direção a realidade dessa sociedade, isso expressa a linearidade Vila mas fundamentalmente, acima dos processos. Uma relação dialética entre o tempo cíclico e o tempo linear; entre a continuidade e a descontinuidade; a ruptura e a crise obrigando-nos a pensar os termos da reprodução da sociedade hoje abre parentes sob a égide da reprodução capitalista) em suas possibilidades e limites definidos. Neste caminho podemos inicialmente afirmar que o espaço (tratado pela geografia) evidencia-se em suas dimensões: 1. material - Nesta condição, refere-se a dimensão física; espaço-tempo da vida real como prática sócio-espacial[...]” (p. 72)

“[…] 2. Concreta - O que significa que a objetividade ( não absolutizada) revela-se em sua dialética com a subjetividade. Também significa dizer que a sociedade produzindo e reproduzindo-se toma consciência de sua própria produção: o sujeito que produz se defrontando com o sentido dessa produção (estratégias e projetos) vivos com as condições e as cisões que entram em choque com a possibilidades da realização dos conteúdos do projeto [...]” ( p. 73)

“[...] 3.abstrata - trata-se aqui do plano conceitual no qual o conhecimento e a análise descobrem categorias novas, Tais com apropriação, uso, valor de uso valor de troca, cotidiano vivo o sensível e o[…].”( p. 73)

 

“[...] Como exemplos de níveis há o econômico, o político e o social, e como os diz cala a tua espaço Mundial, o lugar, e, no plano intermediário, a Metrópole.” ( p. 74)

“ O nível econômico é compreendido a partir das necessidades da reprodução do Capital como condição para a reprodução do econômico, o espaço é infraestrutura, concentração, mercado de trabalho e de matéria-prima e em sua simultaneidade de relações e justaposições de esferas[…].” ( p. 74)

“O nível político envolve como condição para sua realização, a existência do território definido como uma ação do estado através da mediação do Poder local ponto esse processo ocorre não sem contradições. No urbano elas intervêm no processo de produção da cidade criando/reforçando centralidades como forma de dominação, reforçando a hierarquia dos lugares em função de sua importância estratégica para a reprodução, criando novas centralidades como produto do desenvolvimento do capitalismo e suas novas exigências[...].” (p. 76)