Geografia: Pequena História Crítica
Por: giannirib • 22/3/2021 • Resenha • 1.238 Palavras (5 Páginas) • 489 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO TOCANTINS/CAMETÁ
FACULDADE DE GEOGRAFIA
CURSO: GEOGRAFIA 2013
DISCIPLINA: __________________________
PROF. MSC. JOSÉ CARLOS DA SILVA CORDOVIL
NOME DO DISCENTE
RESUMO
CAMETÁ/PA
2018
NOME DO DISCENTE
MORAES, Antonio Carlos Robert, Geografia: pequena história crítica. São Paulo: Hucitec, 1994.
Resumo apresentado a Faculdade de Geografia como avaliação parcial da disciplina ______________ ministrada pelo Prof° Msc. José Carlos da Silva Cordovil.
CAMETÁ/PA
2018
MORAES, Antonio Carlos Robert, Geografia: pequena história crítica. São Paulo: Hucitec, 1994.
Esse trabalho faz uma análise de diferentes definições teóricas com relação a Geografia, fazendo várias abordagens a respeito de teorias que impulsiona o conceito desta disciplina, tratada como o estudo das relações entre o homem e o meio, ou seja, a sociedade e a natureza. O capitulo 9, aborda a descrição da crise da Geografia Tradicional que passou por um movimento de renovação, ou seja, um momento de crise, mas uma crise benéfica onde os geógrafos passam a se questionar sobre as concepções vistas até o presente momento, e partem da discussão, questionamentos que abrem portas para novas perspectivas futuras.
No momento em que ocorreu as mudanças do desenvolvimento capitalista, e consequentemente a globalização, o espaço não se explicava em si mesmo, havia se tornado uma cadeia, necessário de uma análise global e espacial, indo de encontro com a teoria Geográfica Tradicional.
Dessa forma, surge o movimento de renovação, que vai em busca de novas técnicas a exemplo o sensoriamento remoto, as imagens via satélite, o uso do computador enfim, além dessas razões a crise do pensamento geográfico se desenvolveu a partir de problemas internos dessa disciplina. Pautados por formulações, lacunas lógicas e dubiedades,
Assim surge a geografia pragmática tratada no Capítulo 10, em contrapartida a tradicional, seguindo uma reflexão de que a geografia tradicional partia de uma concepção sempre relacionada ao passado, por isso não se caracterizava como informativa a ação, taxada como inoperante, como instrumento de intervenção.
Vale ressaltar que essa crítica vinda dos autores da geografia pragmática à tradicional, fica em um nível formal, sem entrar no desmerecimento pelos fundamentos anteriores, e pelo pensamento tradicional e compromissos sociais, visto que estes são mantidos, pela Geografia Pragmática, seria este um pensamento contemporâneo, sem romper com o conteúdo de classe.
Nesse sentido o pensamento geográfico pragmático e o tradicional não se anulam, possuem uma continuidade. No entanto a renovação da geografia é dada como ideologia da burguesia, tida como a renovação conservadora da Geografia, passando do empirismo da observação direta para o empirismo mais abstrato. Ou seja, da concretização da descrição, apoiada na observação de campo, pelo raciocínio dedutivo, apoiada correlações matemáticas expressas em indicies, sendo caracterizada como o empobrecimento na concretude do pensamento geográfico.
Dentro desse modelo contemporâneo, surgem várias linhas da Geografia, como por exemplo: a quantitativa e sistêmica pautada pela teoria de que tudo era passível de explicação de forma quantitativa, no entanto ao autor cita que dentre essas duas teorias somassem muitas outras linhas. Cita ainda a geografia da concepção ou comportamental a posição do homem frente a natureza, enfim todas buscam um fim objetivo de planejamento de ação, gera um tipo de conhecimento diretamente operacionálizavel, que permite a intervenção deliberada sobre a organização do espaço.
A Geografia pragmática é um instrumento da dominação burguesa, mascara as contradições sociais e legitima a ação do capital, que defende interesses claros de maximização de lucros, manutenção da exploração do trabalho, acumulação de capital. Desta forma, a Geografia pragmática foi tida como um empobrecimento a nível informacional, a aquilo que é verídico, no entanto com enriquecimento da língua.
No capítulo 11, destaca-se uma outra vertente, a Geografia Crítica, onde os autores vêm trazendo através de um conteúdo político e de conhecimento científico um ideário de militância, com a concepção de transformação social. Vem também como crítica a Geografia Tradicional pelo exagero no empirismo e fundamentação positivista e que por conta disso é falho ocasionando uma série de equívocos, dessa forma a Geografia Crítica vai bem mais além, buscando analisar as raízes dos fatos para assim direcionar um novo olhar acadêmico, científico e social.
Destaca-se no texto um dos maiores críticos a Geografia Tradicional foi Yves Lacoste que aponta em seu livro A Geografia serve, antes de mais nada, para fazer a guerra, duas concepções a primeira tratando sobre a “Geografia dos Estados-Maiores” onde diz-se que esta sempre existiu, relacionando aos grandes conquistadores, e ao domínio da “terra”, voltado a questões de poder, outra vertente tratada na obra do autor foi a “Geografia dos Professores”, que trata-se da tradicional, mas que muitas informações reais são camufladas.
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