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ISNARD, Hildebert. O espaço Geográfico

Por:   •  11/9/2019  •  Resenha  •  1.123 Palavras (5 Páginas)  •  184 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS[pic 1][pic 2]

       INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS

              GN107 - CIÊNCIA DO SISTEMA MUNDO 1

     Profª. Dra. Adriana Bernardes e Prof. Dr. Vicente Eudes Lemos

Aluno: Leonardo de Souza da Silva         RA:201142        Texto: 4

SANTOS, Milton. “Os espaços da globalização”. In: SANTOS, Milton Técnica, espaço, tempo. Globalização e meio técnico científico informacional. São Paulo: Hucitec, 1994. pp. 48-58

 

A obra sequencialmente resenhada foi escrita por Milton Santos, nascido em Brotas de Macaúbas, município brasileiro do estado da Bahia. Viveu entre os anos de 1926 a 2001, trilhando seu caminho por doze universidades brasileiras e sete universidades estrangeiras, das quais recebeu os títulos de Doutor Honoris importante geógrafo brasileiro de renome internacional. Nesta obra, o autor afirma que o mundo atual deve ser interpretado de uma nova forma,em razão das consequência da globalização. O capítulo resenhado \u201cO MEIO TÉCNICO-CIENTÍFICO-INFORMACIONAL\u201d, foi retirado da obra, publicada primeiramente em 1985 pela Editora Hucitec, e republicada posteriormente pela Editora da Universidade de São Paulo. Inicialmente contendo 190 páginas e mais tarde 174.

Nascido em Brotas de Macaúbas, município brasileiro do estado da Bahia, Milton Santos foi um grande Doutor em Geografia, Bacharel em Direito. Viveu entre os anos de 1926 a 2001, trilhando seu caminho por doze universidades brasileiras e sete universidades estrangeiras, das quais recebeu os títulos de Doutor Honoris Causa.

Durante 1954-1964 trabalhou como jornalista e redator do jornal A Tarde, entre 1959-1961 foi diretor da Imprensa Oficial da Bahia e criou o Laboratório de Geociências da UFBA. Enquanto isso, tornou-se representante da Casa Civil do presidente Jânio Quadros, na Bahia, e foi presidente da Fundação Comissão de Planejamento Econômico do Estado da Bahia, no decurso de 1962 a 1964. Entretanto, por conta da ditadura militar, em 1964, Milton Santos deixa o Brasil de forma compulsória. Fruto desse contexto, dar-se-á o início de sua carreira internacional itinerante como, pesquisador e professor convidado em grandes universidades de diferentes países do globo.

Só em 1977 retorna ao Brasil, e dois anos depois volta a lecionar nas universidades brasileiras. Então em 1983, Milton Santos ingressa, por concurso, na Universidade de São Paulo, onde ministra aulas até sua aposentadoria compulsória em 1997, recebendo o título de Professor Emérito da USP, continuando a pesquisar, publicar e orientar estudantes até o final de sua vida.

No contexto em que a obra foi escrita, suas pesquisas, aulas e publicações reuniram esforços epistemológicos para dotar a geografia latino-americana de categorias de análise apropriadas. O capítulo resenhado trata da nova urbanização impulsionada pelo meio técnico-científico-informacional.

O capítulo é dividido em 6 tópicos principais, são eles: a \u2018Introdução\u2019, \u2018Criar a consciência de uma época: novos fatores a considerar\u2019, \u2018Elementos do discurso analítico\u2019, \u2018Os três níveis de análise\u2019, \u2018A modernidade e seus indicadores geográficos\u2019, \u2018Um exemplo concreto: o caso de São Paulo\u2019.

Logo no início do texto, o autor valoriza a capacidade de compreender a época a que somos contemporâneos e ressalta a importância de ser um cidadão consciente, capaz de se reconhecer no presente percebendo a totalidade. Todo o capítulo é construído, sobretudo, de acordo com o campo de estudo do espaço territorial, espaço humano.

 Milton Santos compara a nova fase histórica com a do passado constatando a interdependência da ciência e da técnica em todos os aspectos da vida à nível global, em um contexto de revolução científico-técnica. Antes, os sistemas técnicos eram apenas locais, ou regionais, e tão numerosos quantos eram os lugares ou regiões. Quando apresentavam traços semelhantes não havia contemporaneidade entre eles, e muito menos in-terdependência funcional. [...] Nesta nova fase histórica é perceptível a concepção de simultaneidade, cada momento compreende em todos os lugares, eventos que são independentes, incluídos em um mesmo sistema de relações. Os signos se manifestam de formas diferentes do passado, sendo eles:

[...]a multinacionalização das firmas e a internacionalização da produção e do produto; a generalização do fenómeno do crédito, que reforça as características da economização da vida social; os novos papéis do Estado em uma sociedade e urna economia mundanizadas; o frenesi de uma circulação tornada fator essencial da acumulação; a grande revolução da informação que liga instantaneamente os lugares, graças aos progressos da informática.

Então, o autor nos apresenta a unicidade técnica e da mais-valia. De acordo com ele, em todos os lugares do mundo, os conjuntos técnicos pre¬sentes são, por alto, os mesmos, ainda que existem diferenças no grau de complexidade; e a fragmentação do processo produtivo em escala internacional se realiza em função dessa mesma unicidade técnica, sendo a mais valia mundanizada por intermédio das firmas e dos bancos internacionais. Logo mais no texto, Milton Santos trabalha os elementos do discurso analítico. Primeiramente introduz o conceito de Tecnosfera, sendo uma suposta \u201cnatureza artificializada\u201d. Esta constitui-se de uma complexa cadeia de sistemas articulados entre si, resultantes de uma evolução tecnológica contínua desenvolvida pela humanidade. Logo em seguida afirma que: o desenvolvimento das técnicas permitiu que se produzisse mais em áreas menos extensas, aumentando a importância dos capitais fixos e dos capitais constantes. Esse cenário permite, segundo o autor, o ampliamento da economização da vida social, mudando a escala de valores culturais, favorecendo o processo de alienação.

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