Introdução ao Estudo da Geografia
Por: Edivania Cássia • 8/11/2018 • Trabalho acadêmico • 2.101 Palavras (9 Páginas) • 272 Visualizações
Avaliação
1– Qual o objeto de estudo da Geografia? Há consenso entre os geógrafos em relação a este objeto de estudo? Faça um texto argumentativo abordando a questão (3,0)
R: De acordo com PASSOS (2012) o objeto de estudo da geografia tem por finalidade a procura de regularidades espaciais que leva a existência de padrões de distribuição e localização; analise de processos de leis que explica esses padrões; e fase de previsão. (PASSOS 2012 p.27). O mesmo tem por objetivo fornecer o melhor jeito de utilizar os recursos da natureza, também elaborar formas de se preservar as relações sócio espaciais.
Os geógrafos entram em consenso no que seria o espaço geográfico tendo em vista que muitos deles se orientam em cima de diferentes conceitos de pensamentos os mesmos fornecem diferentes pontos de vista.
Segundo Passos (2012) os primeiros agrupamentos humanos já exploravam a superfície terrestre, registrando concretamente suas experiências, assim surgiram as primeiras representações da superfície, os primeiros mapas.
A geografia moderna passa a responder outra pergunta: o que existe nesse lugar? Os geógrafos começam a afazer incidir a sua atenção na geografia qualitativa e na descrição de lugares e generalização dos conhecimentos.
Alexandre Humboldt registrou e relatou as suas descobertas sobre rochas, flora etc, introduziu o estudo comparativo de altitudes e estabeleceu as linhas isotérmicas e as zonas de temperatura, criando, assim, as bases da climatologia utilizando o método comparativo. Formulou e aplicou dois princípios essenciais que fazem da geografia uma ciência original:
• Princípio da causalidade ou interdependência - não se limita a observa-lo, procura as causas e prevê as consequências.
• Princípio da geografia geral ou comparada - ao observar um fenômeno em um dado local, procurava fatos idênticos em outros locais do globo, para assim chegar às leis e a lei geral.
Por volta de 1870 a geografia é institucionalizada, ocorrendo à adoção da perspectiva positiva em sua versão evolucionista. O evolucionismo ecológico corresponde em geografia à perspectiva determinista.
O determinismo é uma corrente geográfica que se desenvolveu devido a existência de condições favoráveis:
• Corrente filosófica positivista;
• Evolucionismo de Darwin;
• Sentimento nacionalista
• Surto de expansão colonial
• Antropogeografia de Ratzel;
• Unificação recente da Alemanha;
• Formação recente dos E.U.A.
O objeto do determinismo é o estudo das relações do homem com o meio, porem em que o homem é determinado pelo meio, o método é comparativo.
O possibilíssimo surgiu como reação ao determinismo qualquer corrente geográfica tem sempre como suporte uma determinada corrente filosófica, baseando-se no historicismo ou humanismo histórico. Há duas ideias chaves que caracterizam o historicismo:
• Não existem leis universais, mas apenas relações de contingencia;
• Só tem validade cientifica o que é empiricamente analisado.
O futuro esta sempre ausente, porque não se pode analisar empiricamente o que ainda não aconteceu. O presente e visto como resultado de fatores passados. Seu objeto de estudo é as relações entre o homem e o meio. No possibilíssimo surgem as relações entre o meio geográfico e o agrupamento humano que ai habita.
A nova geografia procura compreender a organização do espaço surgiu devido à existência de condições favoráveis. A existência de teorias definidas a priori e posteriormente a sua verificação empírica. É um esquema essencialmente dedutivo, em que se parte do geral para o particular. Como as teorias são definidas a priori e as hipóteses são verificadas posteriormente pode se chamar de método hipotético-dedutivo. (PASSOS 2012 p.18-27)
Para alguns geógrafos humanistas a ideia de espaço geográfico esta atrelada a subjetividade, cultural e individual. Assim o espaço se torna morada dos seres humanos é o meio de vivência onde as pessoas gravam suas marcas com o passar do tempo, possibilitando novas analises à medida que a percepção de mundo vai se modificando.
O espaço geográfico reflete a ação do homem sobre o meio, ou seja, um efeito que, dependendo o tratamento, pode também ser um criador das relações humanas e suas práticas sobre o meio natural.
2 – Você considera a dicotomia entre a geografia física e humana positiva para a análise ambiental? A partir dos estudos realizados no livro, elabore um texto dissertativo a respeito da referida questão. (3,0)
R: A geografia humana e geografia física têm atualmente menos relações especialmente no nível de pesquisa. Elas dominam toda a geografia vidaliana que é a ciência dos lugares mais que dos homens mesmo que o significado desses lugares seja dado pelas realizações antrópicas. Na geografia alemã a geografia humana e física sempre evoluíram mais ou menos separadamente. Elas se configuram como duas partes de uma mesma disciplina servidas por um mesmo espirito, mas cada uma com seus objetivos próprios, seus métodos suas perspectivas modernas e seu campo de aplicação.
A geografia física tem sido acusada de uma ausência de reflexão e da falta de debate epistemológico acerca da natureza e dos objetivos de seu campo de conhecimento. Contentou-se com as explicações puramente descritivas, formais e taxonômicas, e ela é muito frequentemente satisfeita de explicações puramente deterministas as quais deduzem a sucessão dos acontecimentos a partir de fatores preestabelecidos.
É importante que a geografia seja fiel ao seu papel de estudo das relações homem-meio. Isto é, que desenvolva, de forma mais explicita a concepção ecológica como propôs Max Sorre. O meio físico impõe serias limitações biológicas ao homem enquanto ser vivo. Apesar de os avanços técnicos permitirem a superação de muitas das limitações ecológicas e geográficas de determinados meios, estes continuam apresentando limitações pelos custos.
A geografia física utiliza normalmente os métodos das ciências naturais: observação, descrição, classificação, levantamento cartográfico, experimentação, comparações e correlações. Sua logica é aquela das ciências da terra e da vida, e não aquela das ciências humanas ou das ciências sociais. Nesse âmbito ela se opõe
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