Mata dos cocais
Pesquisas Acadêmicas: Mata dos cocais. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: juju0102 • 6/10/2013 • Pesquisas Acadêmicas • 3.315 Palavras (14 Páginas) • 532 Visualizações
Mata dos cocais
A mata dos cocais é uma formação vegetal típica da área de transição entre a região norte e nordeste brasileira e que ocupa uma faixa que se estende pelos Estados do Maranhão e Piauí, mas também podem ser encontradas formações típicas da mata de cocais em outros estados como Tocantins, Ceará e Bahia.
Localizada bem no meio de dois importantes biomas brasileiros, a mata de cocais, faz a transição entre a caatinga, típica do nordeste, a floresta amazônica, típica da região norte, e o cerrado, mais ao sul.
Nessa região onde se encontra o meio-norte é possível identificar climas totalmente diferentes, como equatorial superúmido e semiárido.
A mata dos cocais é composta por babaçu, carnaúba, oiticica e buriti; se estabelece entre a Amazônia e a caatinga, essa região abrange os estados do Maranhão, Piauí e norte do Tocantins.
Nas áreas mais úmidas do meio-norte, que se encontram no Maranhão, norte do Tocantins e oeste do Piauí, ocorre o desenvolvimento de uma espécie de coqueiro ou palmeira chamada de babaçu. Essa planta possui uma altura que oscila entre 15 e 20 metros. O babaçu produz amêndoas que são retiradas de cachos de coquilhos do qual é extraído um óleo com uso difundido na indústria de cosméticos e alimentos.
Nas regiões mais secas do meio-norte, que se estabelecem no leste do Piauí, e nas áreas litorâneas do Ceará desenvolve outra característica vegetal, a carnaúba. Carnaúba é uma árvore endêmica que pode alcançar aproximadamente 20 metros de altura, das folhagens se extrai a cera e a partir dessa matéria-prima são fabricados lubrificantes, a cera também é usada em perfumarias, na confecção de plásticos e adesivos.
A mata dos cocais encontra-se em grande risco de extinção, pois tais regiões estão dando lugar a pastagens e lavouras, especialmente no Maranhão e boreal de Tocantins.
Mata de aucaria
A Mata de Araucária, também chamada de Pinheiros-do-paraná (Araucária angustifolia) , ou, cientificamente, de Floresta Ombrófila Mista, está seriamente ameaçada de extinção. Apenas 1,2% de sua cobertura original encontra-se preservada, e apenas 0,22% (40.774 hectares) está sob a proteção de Unidades de conservação (UC), o que põe em risco a preservação da floresta.
Originalmente as Matas de Araucárias se estendiam entre os Estados do Rio Grande do Sul e Paraná, com incidências em áreas esparsas de São Paulo e Minas Gerais em regiões altas e de clima frio com chuvas regulares o ano todo, fazendo parte do domínio da Mata Atlântica. Geralmente a Floresta Ombrófila Mista se desenvolve em locais com uma altitude maior que 500 metros e menor que 800 metros, mas, em alguns lugares, podem ser encontradas há altitudes de 1.000 metros.
A Araucária angustifólia pode atingir até 50 metros de altura e produz sementes comestíveis conhecidas como “pinhão” (existe até a “Festa do Pinhão“, em Lages-SC, que contribui para o desaparecimento desta espécie). Uma característica comum nos pinheiros e que foi um dos fatores a contribuir para a quase extinção da espécie é a “alelopatia”, ou, a tendência que essas plantas têm de inibir o crescimento de outras plantas próximas a elas facilitando sua extração.
Outro fator que contribuiu para a exploração da araucária foi o fato de ela se encontrar quase que totalmente em regiões de solo muito fértil, a famosa “terra-roxa” (solo de origem vulcânica e altamente produtivo presente em apenas 1% do território nacional), fazendo com que a Araucária fosse suprimida, na maior parte da região onde incide, para o plantio de monoculturas e pastoreio.
A Araucária pertence à família das Coníferas (plantas gimnospermas – sem fruto – presentes nas regiões temperadas) que é a espécie que atinge maior longevidade entre todas as outras espécies de plantas. Outras plantas podem ser encontradas em uma Floresta Ombrófila Mista, como a erva-mate (llex paraguariensis) que se beneficia da alelopatia da Araucária, ou a imbuia (Ocotea porosa).
Dentre os animais que dependem da Floresta de Araucária estão os tucanos, beija-flores, saíras, gaturanos, sanhaço, jibóia, etc. e mais de 20 espécies de primatas, a maioria endêmica.
Caatinga
A caatinga é o único sistema ambiental exclusivamente brasileiro. Possui extensão territorial de 734.478 de quilômetros quadrados, correspondendo a cerca de 10% do território nacional, está presente nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, Piauí e norte de Minas Gerais.
As temperaturas médias anuais são elevadas, oscilam entre 25° C e 29° C. O clima é semiárido; e o solo, raso e pedregoso, é composto por vários tipos diferentes de rochas.
A ação do homem já alterou 80% da cobertura original da caatinga, que atualmente tem menos de 1% de sua área protegida em 36 unidades de conservação, que não permitem a exploração de recursos naturais.
As secas são cíclicas e prolongadas, interferindo de maneira direta na vida de uma população de, aproximadamente, 25 milhões de habitantes.
As chuvas ocorrem no início do ano e o poder de recuperação do bioma é muito rápido, surgem pequenas plantas e as árvores ficam cobertas de folhas.
A região enfrenta também graves problemas sociais, entre eles os baixos níveis de renda e de escolaridade, a falta de saneamento ambiental e os altos índices de mortalidade infantil.
Desde o período imperial, tenta-se promover o desenvolvimento econômico na caatinga, porém, a dificuldade é imensa em razão da aridez da terra e da instabilidade das precipitações pluviométricas. A principal atividade econômica desenvolvida na caatinga é a agropecuária. A agricultura se destaca na região através da irrigação artificial, possibilitada pela construção de canais e açudes. Alguns projetos de irrigação para a agricultura comercial são desenvolvidos no médio vale do São Francisco, o principal rio da região, juntamente com o Parnaíba.
Vegetação – As plantas da caatinga são xerófilas, ou seja, adaptadas ao clima seco e à pouca quantidade de água. Algumas armazenam água, outras possuem raízes superficiais para captar o máximo de água da chuva. E há as que contam com recursos pra diminuir a transpiração, como espinhos e poucas folhas. A vegetação é formada por três estratos: o arbóreo, com árvores de 8 a 12 metros de altura; o arbustivo, com vegetação de 2 a 5
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