Milton Santos, Por Uma Nova Geografia (Resenha Capitulos 1 e 2)
Por: Pétrick Welber • 25/9/2015 • Resenha • 1.418 Palavras (6 Páginas) • 2.844 Visualizações
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FACULDADE SUMARÉ
Nome: Pétrick Welber Soares Pais | R.A.: 1516635 |
Curso: (curso/habilitação) Geografia, Licenciatura | Semestre Letivo / Turno: 2º Semestre / Noite 1 |
Disciplina: História do Pensamento Geográfico | Professor (a): Ewerton Talpo |
Turma: 2ºA | Data: 21/09/2015 |
Ficha De Leitura
Título do Texto: Por Uma Geografia Nova. Da Crítica da Geografia a uma Geografia Crítica.
Autor: Milton Santos
Primeira Parte: A Crítica da Geografia
1º Capítulo: Os Fundadores: As Pretensões Científicas
1º Subtítulo: A ideologia da Geografia.
O autor fala que inicialmente a geografia fora usada como meio de expansão do capitalismo nos países centrais e na periferia, em meio as crises sociais e econômicas que balançavam os países assim denominados Industrializados. Na busca da expansão do comércio que necessitava de matéria prima avançaram além-mar em busca de tal, na chamada época das grandes navegações dando início as conquistas de terra e colonização.
Era necessário adaptar as estruturas dos “países pobres” às novas tarefas e economia, assim a geografia fora chamada para representar um papel importante nesta chamada transformação.
Frente ao Imperialismo, os geógrafos acabaram dividindo os seus pontos de vista, onde de um lado ficaram aqueles que lutavam por mais igualdade e organização espacial, de outro lado aqueles que apregoavam claramente o imperialismo capitalista e o colonialismo.
Devido a tais fatos a geografia como ciência teve dificuldades para assim desligar-se desse berço capitalista colonial. Pois os conceitos de geografia foram usados como meio de esconder o papel do Estado e das classe na organização espacial e da sociedade.
2º Subtítulo: A Geografia Colonial.
A utilização da geografia na conquista colonial fora feita em todos os grandes países colonizadores. O autor destaca que a expansão e o desenvolvimento da geografia está igualmente relacionado a expansão das colônias principalmente dos países europeus que criaram inclusive cadeiras professorais ou cátedras especializadas na chamada Geografia Colonial ocupadas por grandes nomes da geografia tais como: Vidal de La Blache, M. Dubois, Mackinder.
A Lista de geógrafos com o mesmo ponto de vista inclui ainda geógrafos holandeses, belgas entre outros.
3º Subtítulo: O determinismo e Suas Sequelas.
O autor destaca neste ponto que o determinismo é um dos principais conceitos que fizeram com que a geografia perdesse credibilidade e confiança de outros especialistas.
Pois, segundo o texto a visão determinista acaba reduzindo o geografo ao papel de mero interprete das condições naturais, deixando de fora assim a amplitude a qual a geografia se aplica no estudo das influencias do homem / meio e vice e versa.
A visão determinista acaba por diversas vezes excluindo os fatores sociais e culturais que afetam diretamente o homem no conceito de meio.
4º Subtítulo: A Geografia Cultural e os Gêneros de Vida
Neste ponto estamos efetivamente na presença de um fator geográfico q não soubemos apreciar o valor, ou pelo menos, que não estudamos o funcionamento, sem dúvida pela ausência de termos de comparação em quantidade suficiente.
Um gênero de vida constituído implica em uma ação metódica e contínua que age fortemente sobre a natureza, ou para falar como geógrafo, sobre a fisionomia das áreas.
Sem dúvida a ação do homem se faz sentir sobre o seu meio desde o dia em que sua mão se armou de um instrumento; pode-se dizer que, desde os primórdios das civilizações essa ação não foi negligenciável. Mas totalmente diferente é o efeito de hábitos organizados e sistemáticos que esculpem pela cada vez mais profundamente seus sulcos, impondo-se pela força adquirida por gerações sucessivas, imprimindo suas marcas nos espíritos, direcionando em sentido determinado todas as forças do progresso.
5º Subtítulo: Os Perigos da Analogia
Podemos entender que o autor nos alerta para o uso indevido de analogias para descrição da geografia humana destacando o fato de que os fenômenos físicos e históricos jamais ocorrem da mesma maneira dessa forma não podemos buscar argumentos com base nos dados naturais para descrever fatos voltados as ações humanas e a sociedade. O autor por diversas vezes destaca a fragilidade do método de analogias decorrendo de analisar a prioridades e os fatores externos que lhes concernem chegando assim a conclusão de que os próprios fundadores da geografia equivocaram-se ao acreditar que o melhor caminho para atingir a sua meta era construir a teoria de uma ciência do homem sobre uma base analogia estabelecida de nas ciências naturais.
Ou seja, podemos entender assim que; para estudarmos o homem e a sociedade na qual o mesmo está, temos que ser cautelosos para não acabarmos analisando apenas os aspectos de seu meio físico deixando de lado o peso histórico e cultural que fazem parte do meio geográfico.
6º Subtítulo: Possibilismo Versus Que?
Entendemos que o autor destaca que a ideia de determinismo por si só não pode abranger todas as ações que compreendem a geografia, pois para os deterministas davam-se apenas aos fatores naturais cuja causalidade é considerada como irrecusável. Isto descartaria o fato de que as ações do homem, as determinações sociais atingem todo o meio, homem e natureza igualmente
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