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Nova Geografia: O Horizonte lógico-formal Na Geografia Moderna

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Por:   •  29/8/2014  •  457 Palavras (2 Páginas)  •  1.306 Visualizações

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Nova Geografia: O horizonte lógico-formal na geografia moderna

A Nova Geografia, também conhecida como Geografia Quantitativa, surge em um período de pós-guerra, ou seja, um período de grandes tensões nacionais, crises econômicas e grandes rupturas ideológicas. Há também um grande avanço industrial, com uma nova perspectiva do trabalho.

Diante desse contexto, a Nova Geografia diz que a Geografia Clássica não consegue mais explicar com os conceitos de determinismo e positivismo os problemas sociais existentes. A partir de então a Nova Geografia, que surge aproximadamente em 1950, defende um rompimento com a matriz clássica, defendendo a sistematização da ciência geográfica.

Há então uma influência um do positivismo lógico, também conhecido como filosofia analítica. Ele teve influência primeira sobre a matemática, e física e logo em seguida na economia, biologia, sociologia, psicologia. Na geografia essa influência foi um pouco mais tardia.

“Esta orientação, também conhecida como filosofia analítica, estabelece-se primeiro sobre os domínios da matemática e da física, e, em seguida, às outras ciências, à psicologia, sociologia, biologia e economia. Na geografia, este movimento é geralmente conhecido sob o nome de nova Geografia ou Geografia Quantitativa. (p. 250)

A filosofia analítica se caracteriza pela recusa da metafísica. Russell foi quem aperfeiçoou esse método, que afirma que as verdadeiras significações do discurso científico vêm através da lógica. Essa corrente levou a uma imediata valorização das ciências matemáticas, e as outras disciplinas deveriam através da matemática buscar uma coerência lógica. Houve também uma unificação do método científico, que se remete a princípios lógicos fundamentados na matemática.

Schaefer foi uns os primeiros a se integrar a essa nova corrente, e construiu grandes críticas a Geografia Clássica, essa crítica chegou até ser conhecida como “revolução quantitativa”. Outros autores na década de cinquenta como Veber, Reilly e Thünem começaram a direcionar seus trabalhos nessa corrente.

Os textos da Nova Geografia começam todos por uma crítica, a Geografia Clássica. Eles afirmam que ao se ter uma concepção de fenômenos únicos impede que se caminhe a uma explicação teórica. A Geografia Clássica para eles acaba por ser uma descrição dos acontecimentos, sem que haja uma explicação desses fenômenos. Segundo vários autores dessa nova corrente a antiga geografia afasta a geografia das outras ciências e afasta dela uma consolidação como ciência.

Segundo David Harvey, os possíveis gêneros de explicação na geografia são: descrição cognitiva, análise morfométrica, análise causa-efeito, explicação temporal, análise funcional e ecológica, e analise sistemática. Para ele a análise sistemática é a forma mais poderosa e apropriada à explicação.

Essa visão sistêmica mudou a visão de região na geografia, pois ela não foi mais vista somente como uma unidade territorial e sim como uma classe espacial que faz parte de um sistema hierarquizado.

A Nova Geografia também diz ter uma visão neutra, ou seja, não utiliza de explicações políticas para a análise de seus fatos.

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