O Horizonte lógico-formal na Geografia
Por: BBBATISTA • 11/12/2017 • Resenha • 3.041 Palavras (13 Páginas) • 1.077 Visualizações
Nome: Bruno Wlysses Borges Batista | |||
Matrícula: 11711GEO019 Disciplina: História do Pensamento Geográfico | Turma: 62ª Diurno fmiermf | ||
Disciplina: História do Pensamento Geográfico Professora: Dra. Rita de Cássia Martins de Souza | |||
Referência Bibliográfica GOMES, Paulo Cesar da Costa. O horizonte lógico-formal na Geografia Moderna. In: _____. Geografia e Modernidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010. Pp. 249-273. | |||
O horizonte lógico-formal na geografia moderna “Durante o período do entre-guerras, as correntes do pensamento científico se desenvolveram de forma bastante segmentada geograficamente. Esta segmentação é talvez devida ao espírito pouco cosmopolita de uma época que conheceu grandes tensões nacionais, grandes crises econômicas e grandes fraturas ideológicas. As dificuldades de diálogo e de comunicação são aparentemente as causas da dispersão geográfica das "escolas e círculos" organizados nesta época. Os círculos de Viena, de Praga, a escola de Frankfurt, de Cambridge, entre outras, marcaram definitivamente a identidade científica desses anos. Paradoxalmente, foram estas mesmas dificuldades e as perseguições que precederam à Segunda Guerra, que plantaram as sementes de um novo cosmopolitismo. Com efeito, nesta época, uma verdadeira diáspora de pensadores esteve na base das múltiplas trocas entre as escolas, que tinham permanecido, até então, voltadas para si mesmas.” (GOMES, 2010, pág 249) “Contudo, foi apenas por volta da metade do séc. XX que positivismo lógico estendeu sua influência sobre as outras disciplinas. Esta orientação, também conhecida como filosofia analítica, estabeleceu-se primeiro sobre os domínios da matemática e da física, e, em seguida, às outras ciências, à psicologia, sociologia, biologia e economia. Na geografia, este movimento t§ geralmente conhecido sob o nome de Nova Geografia ou Geografia Quantitativa. A quantificação é efetivamente um de seus aspectos mais familiares. Contudo, essa corrente corresponde a uma orientação muito mais complexa do que a simples matematização.” (GOMES, 2010, pág 250) “Para os neo-hegelianos, o universo é espiritual e a existência se confunde com a percepção. Em outros termos, não há um objeto sem sujeito e todo conhecimento provém de uma relação interna. O julgamento criticista de Kant não é aceito, pois ele pressupõe a adequação de uma noção à coisa, isto é, uma relação externa ao sujeito. Toda relação externa, espacial, temporal ou de causalidade, do ponto de vista deste idealismo, é ilusória. Há apenas uma única relação possível entre fenômenos, a que relaciona o todo às partes. Desta forma, o neo-hegelianismo privilegia as relações de identidade e de diferença, que reenviam à distinção tradicional entre realidade e aparências.” (GOMES, 2010, pág 250) “A possível exterioridade de uma relação cognitiva e a definição de um objeto de conhecimento, sem o recurso a um universo espiritual em comunhão com o objeto, são as duas diferenças fundamentais entre esta nova forma de realismo e o neohegelianismo.” (GOMES, 2010, pág 251) “A proposição de base de Bertrand Russell é a de substituir, na lógica tradicional de Aristóteles, a relação entre sujeito e predicado por uma função que une duas variáveis. Esta nova forma de lógica recebeu a denominação de moderna, pois tem como pressupostos ser mais objetiva, geral e precisa do que a lógica tradicional. Segundo Russell, as proposições atômicas, isto é, as formas mais simples de proposições e os quantificadores (quantificador universal - "para todo x"; e quantificador existencial - "há pelo menos um x"), constituem a base das proposições que estruturam todo pensamento.” (GOMES, 2010, pág 252) “A filosofia analítica não se caracteriza pela busca de conceitos gerais para estruturar a reflexão. Esta filosofia concebe a linguagem como sendo o fundamento do pensamento lógico.” (GOMES, 2010, pág 252) “A associação entre estrutura da linguagem e verdade é deduzida da tese do paralelismo lógico-físico. Segundo esta tese, há uma correspondência entre linguagem e realidade, ou seja, a estrutura da linguagem é a mesma do mundo. A variedade e a forma do real figuram na variedade e na forma da linguagem, e as estruturas que podem ser conhecidas são sempre lógicas. A partir daí, deduz-se que o conhecimento consiste na figuração lógica dos fatos.” (GOMES, 2010, pág 252) “Para a filosofia analítica, somente a linguagem matemática pode ser legítima como instrumento de conhecimento, pois só ela sabe restringir sua importância aos limites impostos pela lógica.” (GOMES, 2010, pág 252) “A consequência imediata desta corrente foi a valorização das ciências matemáticas como o novo paradigma metodológico. As outras disciplinas deveriam buscar, no modelo da matemática, sua coerência, rigor e objetividade. A outra consequência importante é a universalização dos procedimentos para a ciência e a unificação do método, que se referem sempre aos princípios lógicos, os quais são o fundamento da matemática.” (GOMES, 2010, pág 253) “Os modelos lógicos foram utilizados na ciência, notadamente em razão do prestígio da física quântica, que obteve resultados a partir de uma conduta matemática não proveniente de dados experimentais.” (GOMES, 2010, pág 254) “O outro aspecto importante da física analítica é a noção de sistemas substituindo a noção de objeto. Nesta perspectiva, as moléculas são consideradas como sistemas de átomos; estes últimos são eles mesmos sistemas compostos de um núcleo e de elétrons; os núcleos são também sistemas de outras partículas; e assim sucessivamente. A concepção sistêmica foi adaptada para as outras ciências nos anos trinta, primeiro na biologia e em seguida na economia. Ela apresenta a vantagem de ligar os fenômenos às suas estruturas e de poder simultaneamente vê-los em diversos níveis, graças à utilização de subsistemas. Assim, a teoria geral dos sistemas foi um modelo poderoso entre todas as ciências, inclusive para a geografia.” (GOMES, 2010, pág 254) O discurso analítico funda uma geografia moderna “A visão sistêmica, a utilização de modelos e a submissão à lógica matemática penetraram fortemente nas ciências naturais e sociais a partir dos anos cinquenta. É neste contexto que se faz a passagem de uma geografia clássica para uma geografia dita moderna.” (GOMES, 2010, pág 254) “Uma das primeiras manifestações desta nova maneira de conceber a geografia, como vimos precedentemente, se encontra no artigo de Schaefer de 1953. A crítica que ele faz a propósito da geografia anteriormente estabelecida foi desenvolvida e chegou ao que hoje se conhece como "revolução quantitativa".” (GOMES, 2010, pág 255) “De fato, a revolução metodológica na geografia tinha começado muito mais cedo, nos anos trinta, através da obra de Christaller sobre os lugares centrais.” (GOMES, 2010, pág 255) “Segundo Claval, o desenvolvimento de uma metodologia analítica na geografia deve muito à economia espacial e foi efetivamente por intermédio de Lõsch, um economista, que a obra de Christaller se fez conhecer.” (GOMES, 2010, pág 255) A estrutura do movimento da Nova Geografia “Nosso interesse fundamental não é escrever uma história factual desta corrente. A análise proposta aqui tem como objeto unicamente a dinâmica de transformação das orientações metodológicas. Apoiar-nos-emos, sobretudo, no discurso daqueles que estiveram na origem desta transformação e na forma pela qual este discurso afetou a perspectiva geral da geografia. A influência da teoria analítica sobre os geógrafos engajados nesta corrente de pensamento é um dos elementos-chave para compreender esta dinâmica.” (GOMES, 2010, pág 256) “A hipótese retida é a de que a estrutura da "revolução quantitativa" na geografia é análoga ao próprio movimento da modernidade. Em outros termos, a dinâmica pela qual este movimento se impõe na geografia se reporta à dinâmica da modernidade, ao mito do "novo", tal como o descrevemos anteriormente.” (GOMES, 2010, pág 256) “Os elementos que compõem nossa análise são, portanto, bem definidos e limitados.” (GOMES, 2010, pág 256) “Nesta releitura, é possível observar que a Nova Geografia sublinha a filiação da ciência à uma posição racionalista e, portanto, que ela busca negar qualquer outra tradição e valorizar exclusivamente as que poderiam se aproximar do procedimento racionalista. A análise guiada por estes três pontos encontra uma estrutura semelhante em todos os textos desta época que examinaremos.” (GOMES, 2010, pág 256-257) Uma refutação fundamental: as tradições “O que há em comum entre os textos que difundem a Nova Geografia é o fato de que todos eles começam invariavelmente pela crítica do projeto dito clássico ou tradicional da geografia.” (GOMES, 2010, pág 257) “A concepção de fenômenos únicos, segundo eles, impede qualquer esforço em direção à explicação teórica. A geografia, tal como é concebida classicamente, estaria portanto condenada a ser apenas uma tediosa descrição de acontecimentos, sem poder jamais ligá-los através de uma relação geral e teórica.” (GOMES, 2010, pág 257) A geografia teórica, uma revolução? “O estabelecimento de uma geografia verdadeiramente científica e teórica deve preencher certas condições. Segundo Bunge, a clareza, a simplicidade, a generalidade e a exatidão são as condições mais importantes. Estas qualidades decorrem diretamente do método. O uso de uma linguagem matemática nos impõe, segundo Bunge, uma estrutura lógica que é a única capaz de produzir uma "transparência" e uma objetividade necessária a todo trabalho científico. Na medida em que a utilização desta linguagem e desta lógica só aparece com a geografia teórica, só ela pode pretender fundar a ciência geográfica moderna.” (GOMES, 2010, pág 261) “A obra de Harvey, The Explanation tn Geography, foi, sem dúvida alguma, uma referência fundamental para o desenvolvimento da teoria analítica na geografia. Estando a revolução concluída, o objetivo geral de Harvey era o de apreciar, neste processo, as tendências gerais da ciência e suas aplicações na geografia.” (GOMES, 2010, pág 261) “A estrutura do livro de Harvey apresenta um procedimento similar ao dos outros exemplos citados precedentemente. A geografia anterior é julgada insuficiente ou inapta a responder às questões colocadas pelos tempos modernos. A tradição dos estudos geográficos é também vista como um obstáculo ao advento de uma geografia objetiva e positiva. Os campos tradicionais na pesquisa geográfica singularizam e afastam o discurso geográfico das outras disciplinas. Estes campos são, portanto, a causa principal do atraso relativo da geografia, e qualquer vontade de mantê-los afasta um pouco mais a geografia do domínio das disciplinas científicas.” (GOMES, 2010, pág 262) “O caráter revolucionário da geografia analítica se manifesta, assim, pelo esforço em expulsar qualquer traço tradicional do campo de pesquisas geográficas, o que traduz bem a vontade de ruptura em relação à tradição.” (GOMES, 2010, pág 263) A revolução reescreve a história da geografia “Nos textos analisados, há uma clara redefinição do sentido do determinismo na geografia. Uma espécie de consenso é forjado em torno da ideia de que a geografia, a partir do início do século, após a refutação do determinismo ambientalista, teria perdido o caminho do conhecimento científico. A atitude de Ratzel é frequentemente apresentada com elogios, como sendo aquela de um geógrafo que pretendia estabelecer um conhecimento objetivo, geral e científico.” (GOMES, 2010, pág 264) "As reações contra o excesso do determinismo geográfico foram ao mesmo tempo negativas e positivas. Aspecto negativo: o seu abandono conduziu à recusa quase sistemática de qualquer teoria; em seguida, aquilo que os geógrafos publicaram tornou-se mais preciso, mas também infinitamente menos interessante. A descrição substituiu a hipótese, a repetição, o debate. Aspecto positivo: os geógrafos procuraram resolver as complicações dos sistemas regionais, sem jamais se fiar nestas chaves simples que fornecem as relações de causa e efeito." (GOMES, 2010, pág 264) Um novo modelo para a geografia “David Harvey afirma que a geografia desenvolveu cinco principais temas de pesquisa: a diferenciação regional, a paisagem, a relação homem-meio, a distribuição espacial e o tema geométrico. A história da geografia, segundo ele, pode ser vista como a tentativa de explicar e de teorizar estes temas. Os fenômenos relativos à distribuição espacial, a partir das teorias locacionais, assim como as análises geométricas foram, entre todos estes temas, os mais sensíveis à formalização na geografia, os outros permanecendo sempre no nível da simples descrição. David Harvey também identificou os géneros possíveis de explicação na geografia: descrição cognitiva, análise morfométrica, análise de causa-efeito, explicação temporal, análise funcional e ecológica, e, finalmente, a análise sistemática.” (GOMES, 2010, pág 266) “A geografia moderna, sob a influência desta corrente teórica, produz então uma nova síntese. Nesta versão, a análise espacial constitui o objeto fundamental da geografia, e o método sistêmico é aquele com que se pode explicar cientificamente os fenômenos; em suma, a concepção sistêmica deve ser o instrumento da nova cosmovisão geográfica.” (GOMES, 2010, pág 267) “Os sistemas são, portanto, poderosos instrumentos do cálculo de probabilidade. Eles podem ser analisados segundo seus estados de organização sucessivos. Através dos modelos, e variando o valor da entropia, é possível estimar o comportamento provável de um sistema.” (GOMES, 2010, pág 267) “O elemento mais sedutor da concepção sistêmica é a possibilidade de prever ou de antecipar fatos através do conhecimento científico, sem o recurso a uma lógica mecânica de causa-efeito. Segundo Bunge, esta capacidade de avançar resultados é a característica distintiva da geografia moderna. Para a maior parte dos geógrafos ligados a esta corrente, o prestígio da geografia dependeria da aplicação deste conhecimento científico ao terreno prático da intervenção.” (GOMES, 2010, pág 268) “A concepção sistêmica renovou, portanto, completamente a análise geográfica. A região não é mais vista como uma unidade territorial; ela é concebida como uma classe espacial que faz parte de um sistema hierarquizado. Como propunha Schaefer, a geografia abandona a noção de lugar pela concepção de espaço. Desta maneira, a singularidade pode ser substituída pela generalização. O exemplo da região é eloquente, mas, em todos os domínios da geografia, mudanças significativas foram efetuadas para se trabalhar de acordo com as novas perspectivas teóricas e técnicas.” (GOMES, 2010, pág 270) “De toda forma, a adoção do modelo sistémico podia finalmente fazer a geografia passar de uma posição analítica retrospectiva para uma aproximação prospectiva, pois se trata de um modelo nascido do racionalismo positivista.” (GOMES, 2010, pág 271) A Nova Geografia e a modernidade “O que retorna mais frequentemente no discurso dos autores ligados a esta corrente da Nova Geografia é, sem dúvida, a evocação de uma geografia científica e moderna. Construir uma perspectiva geográfica moderna, sustentada por um método lógico-matemático, parecia ser o caminho incontornável dos novos tempos. O comentário de Burton, que, em 1963, dizia que a revolução teórica havia acabado na geografia, nos dá uma ideia do pretenso sucesso destas aspirações.” (GOMES, 2010, pág 271) “Pode-se, portanto, considerar que a simples denúncia de um comportamento tradicional, defasado e antiquado, foi a base da eclosão da Nova Geografia, e que, após esta eclosão, tal corrente procurou estabelecer, ao longo dos anos 60 e 70, sua legitimidade, avançando os resultados obtidos. Estes resultados foram justamente o alvo da maior parte das críticas dirigidas contra este modelo. As hesitações e contestações não podiam mais ser interpretadas como simplesmente a reação tradicionalista, e os limites do novo método começaram a se tornar objeto de debates. Alguns anos mais tarde, os geógrafos que tiveram o papel de porta-vozes deste movimento no início, tornaram-se eles mesmos seus críticos. Desta maneira, a metade da década de setenta viu o poder inexorável da revolução quantitativa sucumbir ao peso de outros horizontes críticos, de outras revoluções. De qualquer forma, a discussão entre antigos e modernos na geografia, claramente exposta durante a revolução quantitativa, deixou marcas fundamentais.” (GOMES, 2010, pág 272) “A geografia clássica conheceu também este gênero de controvérsia, como vimos anteriormente. A diferença é que, no curso destes últimos anos, o debate se tomou mais claro, divulgando suas filiações filosóficas e aceitando o fato de que esta é uma discussão em tomo da legitimidade metodológica. De uma certa maneira, o que mudou foi que a natureza da geografia não pode mais ser caracterizada unicamente pela especificidade de seu objeto, pelo olhar do geógrafo ou por seu papel sintético em relação às outras disciplinas. A identidade geográfica, a partir dos anos sessenta, definiu-se como o reflexo do pertencimento a um pólo epistemológico preciso.” (GOMES, 2010, pág 272) “David Harvey nota também esta mudança de perspectiva, afirmando que "o metodólogo está de agora em diante mais comprometido com a 'lógica da justificação', do que com a ligação filosófica de suas crenças em relação à natureza da geografia". A lógica da justificação científica é, no entanto, a que está mais sujeita a controvérsias, e os anos ulteriores expressarão, através das diversas orientações da pesquisa geográfica, seus pontos de vista contraditórios.” (GOMES, 2010, pág 273) | |||
1º DEBATE DIA 17/07/2017 Elaborar 3 perguntas sobre o tema de ambos textos (geral e do grupo): 1 - Qual a consequência gerada quando filosofia analítica afirma que somente a linguagem matemática pode ser legítima como instrumento de conhecimento, pois só ela sabe restringir sua importância aos limites impostos pela lógica? R: “A consequência imediata desta corrente foi a valorização das ciências matemáticas como o novo paradigma metodológico. As outras disciplinas deveriam buscar, no modelo da matemática, sua coerência, rigor e objetividade. A outra consequência importante é a universalização dos procedimentos para a ciência e a unificação do método, que se referem sempre aos princípios lógicos, os quais são o fundamento da matemática.” (GOMES, 2010, pág 253) 2 - Porque as reações contra o excesso do determinismo geográfico foram ao mesmo tempo negativas e positivas? R: "As reações contra o excesso do determinismo geográfico foram ao mesmo tempo negativas e positivas. Aspecto negativo: o seu abandono conduziu à recusa quase sistemática de qualquer teoria; em seguida, aquilo que os geógrafos publicaram tornou-se mais preciso, mas também infinitamente menos interessante. A descrição substituiu a hipótese, a repetição, o debate. Aspecto positivo: os geógrafos procuraram resolver as complicações dos sistemas regionais, sem jamais se fiar nestas chaves simples que fornecem as relações de causa e efeito" (GOMES, 2010, pág 264) 3 - Quem, ao lado de Ratzel, é o outro autor frequentemente mencionado pela Nova Geografia, é considerado como uma espécie de "padrinho" da corrente teórica do “Determinismo”? R: “Ao lado de Ratzel, o outro autor frequentemente mencionado pela Nova Geografia é Schaefer, considerado como uma espécie de "padrinho" desta corrente teórica. Morto em 1953, Schaefer não pôde assistir ao desenvolvimento da "revolução quantitativa", mas seu nome era sempre lembrado no combate que conduziu contra a geografia tradicional, personificada na figura de Hartshorne. O verdadeiro culto a Schaefer chegou a desenvolver uma lenda, segundo a qual ele teria sido objeto de investigações por parte da CIA, denunciado por geógrafos tradicionalistas que se sentiam ameaçados por suas posições científicas. Assim, a geografia analítica encontrou um meio de criar um mártir da nova ciência, uma espécie de Galileu da New Geography.” (GOMES, 2010, pág 265) |
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