O Espaço, Natureza e sociedade
Por: 15112140244 • 22/4/2015 • Abstract • 1.186 Palavras (5 Páginas) • 219 Visualizações
AD1 (2015.1)
Base: Aulas 01, 02 e 03
Total de questões: 05
Valor total: 10 pontos
Indicar VERDADEIRO ou FALSO, justificando as respostas dadas. (2 ptos cada)
1. Pensar o mundo a partir da Geografia é o mesmo que analisar criteriosamente a dinâmica da natureza em seus múltiplos processos, características e causas.
R: Verdadeiro.
A geografia observa aos diferentes feições da superfície para suas indagações. estuda a inter-relação natureza e sociedade, entre homem e o meio em que vive, analisa ações do tempo, as transformações ocorridas no meio tanto a partir da influência humana como nos processos naturais, atua não apenas como descri tora do espaço geográfico, mas atenta a todos processos no espaço (superfície da terra) estabelecendo uma relação dialética com o meio, pluralismo de ideas e buscando explicações para os fenômenos.
Gabarito:
FALSO. Da forma que está dada, a frase considera apenas a natureza como objeto de análise da Geografia e ignora o fato dela ser uma ciência humana que se diferencia das demais exatamente por estudar o quadro natural em suas relações com as sociedades humanas, tomando o espaço como sua principal fonte para as questões/investigações. Portanto, não podemos pensar em Geografia tomando apenas o quadro natural observado em nosso planeta.
2. É correto afirmar que até os anos 1950, a ciência geográfica apresentava um paradigma dominante em cada um dos seus grandes momentos.
R: Verdadeiro.
No século XVIII a Geografia passa a se estruturar como ciência, deixa de ser somente descritiva e passa a explicar os fatos ou fenômenos e suas relações, Surge a partir dai a Geografia moderna. À época duas matrizes: positivismo e o evolucionismo. Surgindo então dois paradigmas que vão se estabelece com sua aceitação ou refutação, são eles: determinismo (espaço vital - relacionava a população aos recursos de seu território) e o possibilismo (as pessoas pode atuar no meio, modificando e determinado o seu desenvolvimento). Até este período apenas uma forma de se faz geografia era predominante, houve períodos que o determinismo foi a visão mais aceita, em outros era o possibilismo que estava em evidência, logo após vieram o método regional e a Geografia crítica.
Mas foi a partir dos anos 1950 como o pluralismo que abriu-se uma teia maior de possibilidades de estudo da Geografia que vigora até os dias de hoje. A Multiplicidade de interpretações viria a se estabelecer a partir de 1970.
Gabarito:
VERDADEIRO. Desde o seu início como ciência até os anos 1950, a Geografia apresentava sempre uma forma predominante de análise a cada momento. Houve, inicialmente, a fase de predomínio do paradigma determinista (desenvolvido por Ratzel) e o posterior período em que vigorava uma visão oposta de mundo representada pelo paradigma possibilista (de La Blache). O importante aqui é perceber que, de uma forma geral, tais visões eram únicas em cada momento. Realidade esta diferente a partir dos anos 1950, quando o pluralismo se estabelece na Geografia e um leque de diferentes formas de interpretação do mundo passa a ser aceito nesta ciência.
3. A concepção de natureza nas sociedades capitalistas nunca foi permeada pelas relações mercantis que caracterizam tal sistema socioeconômico.
R: Falso.
Nas sociedades contemporâneas o acesso aos recursos existentes na natureza é baseada na relação mercantil, visto que sua apropriação pelo capital, neste caso um grupo social em particular à incorpora, isto implica na eliminação de sua gratuidade natural. Essa incorporação da natureza e do próprio homem faz parti do circuito produtivo da expansão do capital. A natureza, nesta visão, século XIX, tem o papel de fornecer recursos para proporcionar riquezas e tida como fonte infindável de recursos. A carta de Paro Vaz Caminha é um exemplo de que se pensava que os recursos naturais jamais chegariam ao fim, por isso, poderiam extraí-los ao máximo.
Gabarito:
FALSO. O correto é pensar ao contrário. De uma forma geral, o acesso aos recursos naturais nas sociedades capitalistas passa necessariamente por relações mercantis, visto que a incorporação da natureza e do próprio homem ao circuito produtivo é a base para a expansão do capital. Mais: Até o século XIX, a compreensão das relações entre a sociedade e a natureza, vinculadas ao processo de produção capitalista, desenvolveu-se com base na concepção de uma natureza objeto, dominada pelo homem e tida como fonte infindável de recursos na medida em que atendia ao intenso processo de industrialização.
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