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O Menino e a Caixa

Por:   •  24/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  771 Palavras (4 Páginas)  •  217 Visualizações

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ANÁLISE: O MENINO E A CAIXA

O texto O menino e a caixa, de Andrea Ramal, faz analogia a três coisas: o conhecimento, o aluno e o professor. Os objetos entregues são o conhecimento que o professor passa, a caixa é a cabeça do aluno, lugar onde esse conhecimento é guardado, adquirido e o entregador é o professor. Quando começamos a ler o texto, fazemos predominantemente o uso de uma leitura metacognitiva, pois temos em mente um objetivo iniciar o texto. O que não exclui a leitura cognitiva, que como dito na apostila da disciplina “Interpretação e Produção de Textos”:

Uma das estratégias cognitivas da leitura, que rege o comportamento inconsciente e automático do leitor, é o princípio da economia. O leitor tende a reduzir, ao menor número, personagem, objeto, processo e evento à medida que vai lendo. O leitor é ajudado nessa tendência, porque o próprio texto tem repetição de termo, substituição de palavra, pronomes, frases definidas (Profa. Ana Lúcia Machado p.21).

Partindo da leitura e sua interpretação, podemos inferir que, no começo o aluno entendia o que o professor estava o ensinando conseguia dar sentido às informações em sua cabeça, fazer uso daquilo. O conhecimento, ou seja, a mensagem passada pelo professor (emissor) estava sendo bem recebida pelo aluno (receptor), gerando sentido em sua cabeça. O papel do educador estava sendo bem cumprido e sua intenção estava sendo alcançada.

A partir de um dado momento, o aluno não conseguia mais decodificar as mensagens passadas pelo professor, e este talvez não tenha conseguido perceber isso e continuou enviando conhecimento ao aluno, achando que ele estava absorvendo tudo muito bem. O receptor das mensagens já não entendia mais nada, mas também não falava, não tirava suas dúvidas. Nesse caso, podemos perceber um problema de comunicação entre aluno e professor o que é muito comum nas escolas. Enquanto um acha que o conhecimento está sendo (bem) recebido e aguarda um retorno positivo disso, o outro nada entende, mas também não questiona, simplesmente cumpre a função que ele acha ser do aluno: frequentar as aulas. O papel do docente, não é simplesmente chegar a uma sala de aula e falar sobre um assunto e passar exercícios, isso nem sempre é o suficiente para o aprendizado e raramente um método de ensino atende a todos. Há uma necessidade de o docente saber se adaptar a diferentes “eus” para que de fato a aula seja proveitosa. Mas também o aluno tem que saber que pode tirar dúvidas, que um pequeno não entendimento, futuramente, pode custar o entendimento total de determinado assunto e até mesmo levar ao fim do seu interesse por ele. Ao perceber essas nuances no ensino, e conseguir adaptar sua aula às diferentes necessidades do aluno, o educador cumpre com êxito seu objetivo. Como aprendido na disciplina “Homem e Sociedade” as realidades sociais são diferentes; cada aluno traz uma bagagem, uma herança cultural consigo; o ser humano tem que ser considerado em sua diversidade.

Assim, quando mais nada cabe na caixa e ela estoura, há uma decepção por parte do professor, que vê que todo o conteúdo ali dado não foi aproveitado e isso pode ter acontecido por muitos motivos. O aluno pode simplesmente não conseguir relacionar o que escuta e lê ao seu cotidiano, não conseguir inter-relacionar as disciplinas, simplesmente ter se perdido em algum

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