O estudo da idéia de deriva continental
Artigo: O estudo da idéia de deriva continental. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: frantayna • 20/11/2014 • Artigo • 656 Palavras (3 Páginas) • 393 Visualizações
com as idéias visionárias e pouco convencionais para a época do cientista alemão Alfred Wegener, que se dedicava a estudos meteorológicos, astronômicos, geofísicos, paleontológicos, entre outros assuntos. Wegener passou grandes períodos de sua vida nas regiões gelada da Groenlândia fazendo observações meteorológicas e misturando freqüentemente atividades de pesquisa com aventuras. Entretanto, sua verdadeira paixão era comprovação de uma idéia, baseada na observação de um mapa-múndi no qual as linhas de costa atlântica atuais da América do Sul e África se encaixariam com um quebracabeças gigante, de que todos os continentes poderiam se aglutinar formando um único megacontinente. Para explicar estas coincidências Wegener imaginou que os continentes poderiam, um dia, terem estado juntos e posteriormente teriam sido separados. Poucas idéias no mundo científico foram tão fantásticas e revolucionárias como esta. A este supercontínente Wegener denominou de Pangea, onde Pan significa todo, e
Gea, Terra, e considerou que a fragmentação do Pangea teria iniciado há cerca de 220 milhões de anos, durante o Triássico quando a Terra era habitada por Dinossauros, e teria prosseguido até os dias atuais. O Pangea teria iniciado a sua fragmentação dividindo-se em dois continentes sendo o setentrional chamado de Laurásia e a austral de Gondwana.
Apesar de não ter sido o primeiro nem o único de seu tempo a considerar a existência de movimentos horizontais entre os continentes, Wegener foi o primeiro a pesquisar seriamente a idéia da deriva continental e a influenciar outros pesquisadores. Para isto, procurou evidências que comprovassem sua teoria, além da coincidência entre as linhas de costa atuais dois continentes. Wegener enumerou algumas feições geomorfológicas, como a cadeia de montanhas da Serra do Cabo na África do Sul, de direção leste-oeste, que seria a continuação da Sierra de Ia Ventana, a qual ocorre com a mesma direção na Argentina, ou ainda um planalto na Costa do Marfim, na África, que teria continuidade no Brasil. Entretanto, as evidências mais impressionantes apresentadas pelo pesquisador foram: • Presença de fósseis de Glossopteris (tipo de gimnosperma primitiva) em regiões da
África e Brasil, cujas ocorrências se correlacionavam perfeitamente, ao se juntarem os continentes. • Evidências de glaciação, há aproximadamente 300 Ma na região Sudeste do Brasil, Sul da África, índia, Oeste da Austrália e Antártica. Estas evidências, que incluem a presença de estrias indicativas das direções dos movimentos das antigas geleiras, sugeririam que, naquela época, grandes porções da Terra, situadas no hemisfério sul, estariam cobertas por camadas de gelo, como as que ocorrem hoje nas regiões polares e, portanto, o planeta estaria submetido a um clima glacial. Caso isto fosse verdade, como explicar a ausência de geleiras no hemisfério norte, ou a presença de grandes florestas tropicais, que teriam dado origem naquela época aos grandes depósitos de carvão? Este aparente paradoxo climático poderia ser facilmente explicado, se os continentes estivessem juntos há 300 Ma, pois neste caso a distribuição das geleiras estaria restrita a uma calota polar no Sul do planeta, aproximadamente como é hoje.
Em 1915, Wegener reuniu as evidencias que encontrou para justificar a teoria da Deriva Continental,
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