Estudo Da Tributação Do IRPJ
Ensaios: Estudo Da Tributação Do IRPJ. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: lbritofilho • 9/4/2012 • 11.710 Palavras (47 Páginas) • 1.181 Visualizações
Contribuição ao Estudo da Apuração do Imposto de Renda das Pessoas
Jurídicas
Luiz Carlos de Brito Filho¹
Resumo
O imposto de renda é um tributo de competência federal, onde cada pessoa, física ou
jurídica, deduz um percentual de seus rendimentos e o repassa para o governo. Na Pessoa
Jurídica dá-se o nome a este tributo de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), e o mesmo
têm formas diferentes de apurações observados os ramos de atividades de cada ente tributante.
O contribuinte, na apuração do imposto pode estar em utilização de legislações e
regimes de tributação específicos e de incentivos fiscais para o cálculo e recolhimento do
mesmo. Os incentivos ou benefícios que podem ser utilizados para o cálculo do IRPJ são assim
definidos por se tratarem de regimes que tornam diferenciada a tributação e que envolvem uma
vantagem ou simplesmente um desagravamento fiscal. Isso possibilita à Pessoa Jurídica cumprir
com sua responsabilidade social, e, ao mesmo tempo, ter o abatimento fiscal perante o
desembolso para com determinados programas de incentivos e projetos sociais regulamentados
por Lei.
Palavras – Chave: IRPJ, Pessoa Jurídica, Regime de Tributação, Incentivo Fiscal, Legislação.
Introdução
O Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), na gestão de tributos
voltada para estratégias de economia tributária, com observância da legislação,
permite ao contribuinte optar pelo melhor regime de tributação aplicável à
atividade exercida pela Pessoa Jurídica. Do contrário, quando não existem
opções, o fisco define obrigatoriamente qual é o regime de tributação ou
estabelece o Lucro Arbitrado em casos de não cumprimento de obrigações
principais e obrigações acessórias no decorrer de suas exigibilidades e fatos
geradores, e de indícios de fraudes, vícios ou erros, conforme dispostos do Art.
530 RIR/99.
Dos regimes de tributação que determinam o cálculo e recolhimento do
IRPJ, destacam-se quatro: Simples Nacional; Lucro Presumido; Lucro Real;
Lucro Arbitrado.
Perante o sistema tributário nacional, o empresário poderá estabelecer a
gestão de tributos focada em uma economia tributária legal, a chamada elisão
fiscal. Nesta, utilizando de comparativos e de uma estrutura que analise a
atividade empresarial e o faturamento da mesma, pode-se definir claramente
qual o meio mais viável de se apurar e recolher o IRPJ, e de amenizar o imposto
utilizando de benefícios que reduzem a carga tributária, os chamados incentivos
fiscais, e possuem cunho social e econômico.
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Luiz Carlos de Brito Filho. Graduado em Ciências Contábeis pela Universidade Estadual de
Goiás-UEG. Pós-Graduando em Auditoria e Gestão de Tributos pela Pontifícia Universidade
Católica de Goiás-PUC-GO/IPECON.
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Os incentivos fiscais aplicáveis ao IRPJ são estabelecidos em Lei, e para
sua participação e adoção é necessário seguir os pré-requisitos que os tornem
válidos e utilizáveis. Um incentivo fiscal de cunho econômico é fundamentado na
economia com o pagamento do imposto por meio da elisão fiscal a partir do seu
uso como abatimento do imposto a pagar. Já o incentivo fiscal de cunho social é
aquele em que a Pessoa Jurídica passa a ser solidária e mantenedora de
projetos sociais dos quais o responsável pela execução dos mesmos, o governo,
compartilha com o empresário participante responsabilidades antes atribuídas a
ele, como por exemplo, as citações do Art. 6º da Constituição Federal sobre os
direitos sociais resguardados pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia,
o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e
à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
Constituição. (Emenda Constitucional nº 26/2000). (Constituição
Federal, 1988, Art. 6º).
Através de procedimentos bibliográficos, este artigo tem como objetivo
conceituar os fatos geradores do IRPJ de acordo com a realidade
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