O filme sobre o coronel Delmiro Gouveia

O filme sobre o coronel Delmiro Gouveia baseia-se no inicio do século XX, onde Delmiro, um rico comerciante e influente político, tem que se retirar de Recife pela perseguição política que o então governador do Estado faz a ele. Esta perseguição aparece visível por um único motivo: o que ele flertar com a sua filha. Porém, analisando Delmiro neste período, vemos que sua influência era tamanha, mandava em tudo, principalmente no comércio e na política onde ele conhecia toda a lógica.

 Vemos que seu comércio se torna único e duradouro, pois ele se utiliza da artimanha de derrubar toda a concorrência existente através da iniciativa de colocar seus preços pela metade no comércio. Isso o faz aparecer no cenário político, tendo a exaltação do povo.

Neste sentido, podemos notar que o coronelismo presente nesta época é muito bem visto pela população sem estudo, que o coloca como um “Deus”, mas na verdade ele é um puro de articulador que mantém a população a sua mercê podendo fazer o que ele quiser: matar, roubar, estrupar, votar (voto de cabestro), entre outras.

Vendo este poder do coronel, notamos que Delmiro, que ao aparecer no filme é opositor ao governador não controlava a massa a favor das decisões do governador, podendo assim, ser um descontroladores contra o governador. Então, quando não gostamos do que uma pessoa faz, vamos atrás dela, queimamos suas coisas, como é queimada o mercantil de Delmiro.

Consequentemente, o coronel já prevendo que o governador vinha o prender foge junto com a filha do governador para o sertão. Eles vão diretamente para a casa de um aliado político deles, onde ele tenta recomeçar do zero a sua influência. Entretanto, nesta fuga, analisando o cenário que aparece no filme, nota-se uma transição da vegetação da Zona da Mata para a caatinga, onde aparece um solo mais pedregoso, advindo de um afloramento cristalino.

No sertão, o coronel começa uma nova vida, baseando-se na exportação do couro e logo em seguida adentrando ao algodão. Suas estratégias tornam-se eficazes, colocando o povo de novo a fanatizá-lo como “o coronel” (o Deus que resolve tudo para a população mais sofrida), fazendo tudo que ele mandar, mesmo que seja contra a lei.

Nesta nova vida, Delmiro começa a planejar a construção da hidroelétrica de Paulo Afonso – BA como uma geradora de energia para o sertão. Ele percorre o estado até conseguir patrocínio estrangeiro para sua construção. Em sua edificação, contra a vontade do governador, se utiliza da estratégia de deixar pessoas humildes construírem perto do local para não terem coragem de desfazer o que estava sendo construído.

Vale ressaltar que Delmiro a construir a hidroelétrica não está pensando na população, mas ele analisando a guerra que ocorre no maior produtor de algodão pensa em produzir o algodão já descaroçado, construindo uma fábrica perto da hidroelétrica. Deste modo, o Brasil atrai exportadores do mundo todo para comprar este produto.

Com o final desta guerra, EUA que acabar com toda sua concorrência para voltar ao topo. É neste momento, que Delmiro tenta continuar no ramo, mas é subitamente assassinado a mando destes que querem voltar ao topo. Daí, acabasse a vida de Delmiro, a fábrica e também o salvador da população humilde. Neste sentido, conseguimos ver que o coronel quando morre leva a miséria a população que ele mantinha, que espera a mercê, no relento, um novo “Deus”. Neste sentido, eles vão migrar em busca desta sustentabilidade para eles. Deste modo, notamos que o trabalhador sertanejo é uma pessoa sem voz, que age porque mandam, mas se perguntasse a eles era contra sua vontade.