PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA
Por: Raissa Kalaf • 24/4/2019 • Resenha • 738 Palavras (3 Páginas) • 211 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO[pic 1]
CENTRO DE CIÊNCIAS MATEMÁTICAS E DA NATUREZA
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA
Disciplina: Teoria da Geografia
Aluna: Raissa Kalaf de Almeida
Resumo: A Geografia: ciência da natureza, ciência da sociedade, ciência ambiental?
O conceito de natureza e a sua relação com a humanidade possui diferentes abordagens na Geografia, e tem sido há muitos anos objeto de análise e discussão. A relação entre a natureza e a Geografia, pode ser tratada como uma relação que forma a ciência ambiental, como uma relação de integração ou como uma ciência que as considera isoladas em suas análises. A partir dos textos dos autores Glacken (1999), Souza (2018) e Castree (2013) são expostas essas diversas abordagens que a Geografia possui com relação ao tema sociedade e natureza.
Glacken (1999) no capítulo “Reflections on the history of western attitudes to nature” tem como base a cultura ocidental e constata que tem havido uma crescente preocupação das interrelações na natureza desde meados do século XVIII. A partir disso, quatro ideias se destacam a respeito da relação entre o homem e a natureza: (1) a relação do homem com as outras formas de vida (onde o homem era considerado superior aos outros seres vivos, enxergando a natureza como recurso ou como algo a ser resguardado). (2) O estudo das interrelações no mundo natural, quase universalmente conhecido hoje como ecologia (baseado na teologia natural). (3) A transformação da natureza pela ação humana, as interpretações que foram feitas e as ideias que gerou (o homem como agente geográfico/geológico). (4) Reações subjetivas, emocionais e estéticas à natureza (iniciou a criação da consciência ambiental, a partir da conexão com o natural, em particular em meados do século XVIII e meados do XIX).
No artigo “Quando o trunfo se revela um fardo: reexaminando os percalços de um campo disciplinar que se pretendeu uma ponte entre o conhecimento da natureza e o da sociedade”, Souza (2018) explora inicialmente a história da Geografia, que experimentou diversas outras trajetórias com relação ao tema natureza e sociedade, que não se tornaram hegemônicas, mas que nem por isso, deixaram de serem inspiradores para diversos autores. Dessa forma, o autor traz á tona essa discussão dentro da Geografia e mostra que ela ainda é de interesse atual. Para isso, Souza (2018) explora autores que não tinham pensamentos hegemônicos e ainda se questiona se esses desenvolvimentos e diferenças teriam gerado a divisão da Geografia em “Geografia Física” e “Geografia Humana”.
O autor critica as especializações ocorridas na Geografia, após a década de 60, dizendo que isso tornou a Geografia mais distanciada e dividida. A partir disso, surge a Geografia Ambiental como ponto intermediário entre a geografia física e a geografia humana. O autor finaliza com a última seção do texto dando como exemplo a Ecologia Política, que pode ser entendida como um saber que abarca outros saberes e dialoga-os em conjunto, que explica diversas dinâmicas relevantes na geografia Ambiental.
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