Petróleo E Suas Crises

Crise do Petróleo na Década 70

A região petrolífera do Golfo Pérsico foi descoberta em 1908, ou seja, nesse momento foi de conhecimento internacional uma região rica em petróleo, estabelecida no país do Irã. A partir disso, essa região tornou-se um referencial até mesmo estratégico. Em um ambiente onde existe uma vasta produção de petróleo, o produto vale um preço consideravelmente menor em comparação a lugares onde a extração é esporádica.

Em detrimento disso, foi criada a OPEP, uma organização que controlava essa região e beneficiava-se disso.

Após esse acontecimento, ocorreram sucessivamente três importantes guerras.

A Guerra dos Seis Dias, onde diversos países árabes opuseram-se a Israel, em 1967.

A Guerra do Ramadão, onde Egito e Síria juntaram-se contra Israel.

A Guerra Irã-Iraque, um conflito militar entre esses dois países, que ocorreu em 1980.

Por que essas guerras interferem no contexto da Crise do Petróleo? Porque todas aconteceram ao redor, ou até mesmo, no Irã. E, para um país sustentar uma guerra é necessário um poder aquisitivo altíssimo. Assim, já com uma produção afetada pela Guerra, o Irã começa a aumentar o preço do barril do Petróleo e existe uma súbita inflação. A crise foi tão drástica que em 5 meses o preço aumentou em 400%.

Como os maiores países centrais investiam no petróleo, a economia mundial foi diretamente influenciada. De uma forma geral, as grandes potências mundiais encontraram-se endividadas e obrigadas a utilização de outras fontes de energia.

No Brasil, a grande influência foi a coincidência de que, o grande avanço econômico gerado pela Ditadura Militar encontrou seu fim exatamente nesse período de crise. Por fim, isso ocasionou o início de uma grande rebeldia da população contra a Ditadura.

Refinaria de Pasadena

O Caso da Refinaria de Pasadena foi um, considerado, “desentendimento” gritante entre a Petrobras, a presidente Dilma e a própria refinaria.

Em 2006 a Petrobras alegou que havia uma necessidade de comércio internacional e demonstrou interesse na Refinaria de Pasadena, um dos locais mais importantes dos Estados Unidos na refinação de petróleo. A compra foi feita por 360 milhões, dando direito à Petrobras de 50% das ações. Posteriormente, foi exposto que um ano antes uma empresa belga, Astra Oil, havia pago 42,5 milhões pela mesma quantidade de ações.

Para concluir o escândalo, em 2008, as duas empresas se desentendem e a Petrobras encontra-se na obrigação de comprar os 50% restantes da Astra Oil. Ações que custaram 1,18 bilhões de reais para o governo brasileiro, 27 vezes o preço inicial para a empresa belga.

Por que a revolta? Quando questionados, o governo alegou falta de informações na cláusula assinada que permitia a compra. E a Petrobras admitiu a ocorrência de um “péssimo acordo”. O que conclui uma quantidade absurda de capital perdida em desculpas humanas.