Politica Cambial Chinesa
Trabalho Escolar: Politica Cambial Chinesa. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: murilloliveira • 6/2/2015 • 749 Palavras (3 Páginas) • 603 Visualizações
O sistema de câmbio flutuante tem sido, em geral, considerado como o mais eficiente e desejável, sendo praticado na maioria dos países desenvolvidos e em boa parte das nações em desenvolvimento. Podemos ver a China, a segunda maior economia do planeta, com uma taxa de câmbio praticamente fixa e uma moeda muito desvalorizada. Isso dá àquele país uma grande vantagem na competição internacional, tanto pelo lado das exportações, quanto da atração de capitais. Fica mais barato produzir na China e exportar, além de vender no próprio mercado interno de mais de um bilhão de pessoas. Essa situação explica, em boa medida, porque a China segue crescendo a taxas aceleradas, em um cenário internacional ainda bastante incerto.
Há décadas, a China faz do baixo valor de sua moeda uma arma eficiente para competir no mercado internacional. Depois da crise mundial, cresce a pressão para que o país abandone esta prática.
Essa avalanche de produtos chineses tem origem no final da década de 1970, quando o país começou abrir a economia para o mercado internacional. Mas foi nos anos 1990 que o modelo se consolidou baseado na moeda desvalorizada e na mão de obra barata. Os custos de produção despencaram e a China passou a ser um competidor quase imbatível. Esse tem sido o motor da economia chinesa, que há duas décadas cresce de forma muito forte, em média 10% por ano.
O segredo para o desenvolvimento: Na China, o câmbio é fixo. Ao contrário das outras grandes economias do planeta, o valor da moeda não varia de acordo com a oferta e a procura. O governo estipula a cotação e só permite valorização mínima. Isso impede que a moeda do país se valorize no mesmo ritmo das outras em relação ao dólar. Resultado: enquanto produtos fabricados no Brasil, Japão ou Alemanha ficam mais caros em dólar, os chineses continuam baratinhos, e vão ganhando mercado.
Isso causou muitos conflitos e problemas nos países Asiáticos que agora estão fazendo a mesma coisa que a China desvalorizando suas moedas. A Coreia do Sul diminuiu a quantidade de dólares que cada banco pode ter. O Japão interveio no câmbio pela primeira vez em seis anos.
A Tailândia fez o mesmo que o Brasil e criou um imposto sobre aplicações estrangeiras. A Indonésia lançou uma quarentena para dinheiro vindo de fora. Taiwan simplesmente proibiu investimentos que classificou como especulativos.
O câmbio subvalorizado chinês é parte de uma estratégia que vem dando certo já desde os anos 80. Ao promover a competitividade de seus produtos, o governo chinês foi capaz de implementar, junto com outras políticas, um enorme upgrade na indústria. Esse modelo de crescimento puxado por exportações tem funcionado muito bem, como aliás funcionou no Japão, Coréia do Sul, Taiwan e até mesmo na Malásia, Indonésia e Tailândia. No caso chinês, as reservas já passam de 3 trilhões de dólares e o volume de exportações já se aproxima da casa do 1 trilhão (em 1980 Brasil e China exportavam num ano 20 bilhões de dólares).
Para segurar a taxa de câmbio, a China tem um grande aparato de controles de capital e faz pesadas intervenções no mercado. Transações financeiras com o resto do mundo são fortemente controladas, muitas delas proibidas até. O governo chinês é um comprador voraz dos dólares gerados a partir dos mega superávits na conta corrente e comercial. Não deixa o câmbio
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