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Portifolio Geografia Unopar Antropoceno

Por:   •  16/3/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.658 Palavras (7 Páginas)  •  221 Visualizações

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UNOPAR

NOARA CORDEIRO OLIVEIRA SILVA

 

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR

        

NOARA CORDEIRO OLIVEIRA SILVA

 

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR

Portfólio apresentado no curso de GEOGRAFIA - LICENCIATURA, da UNOPAR- POLO DE ITAÚNA, como requisito parcial para conclusão das disciplinas do 1° semestre de 2021.

        

Itaúna

2021

ESTAMOS VIVENDO NA DO ANTROPOCENO? 

Noara Cordeiro Oliveira Silva, UNOPAR Polo Itaúna - MG

Palavras-chave: Antropoceno; Tempo Geologico; Mudanças Climáticas; Meio Ambiente.

RESUMO

O planeta terra levou cerca de 4,5 Bilhões de anos para se preparar para receber a civilização humana. Tempo este, que para melhor compreensão de nossos estudos, foi dividido em Eras, Periodos e Idades Geologicas. Contudo, nossa civilização pode se assentar, construir cidades e desenvolver a agricultura apenas na época do Holoceno, que foi quando as condições climáticas do planeta se estabilizaram, possibilitando nossa evolução como espécie e como sociedade. Há cerca de 10 mil anos atrás demos inicio ao que é a sociedade que vivenciamos hoje em dia. E em um curto período de tempo, comparado à idade do Planeta Terra, fomos os responsáveis por provocar mudanças climáticas tão significantes a ponto de podermos contestar se estamos de fato vivendo o Holoceno ou se já podemos considerar estarmos em outra época geologica, o Antropoceno. Esta nova época seria caracterizada pelas mudanças consideráveis que causamos ao meio ambiente e ao planeta, que coloca em risco tanto nossa sobrevivência, quanto a de outras espécies.

        INTRODUÇÃO

A primeira vez que se falou em Antropoceno foi através dos cientistas Crutzen e Stoemer nos anos, no inicio do século XXI. Época em que a humanidade voltou os olhos para as questões relacionadas ao impacto ambiental causado pelo homem após a revolução industrial.

Quando comparamos o período de maior desenvolvimento da humanidade com o tempo do planeta terra, é possível fazer uma analogia com um relógio contando um dia. Se o planeta terra se formasse em um dia, a revolução industrial aconteceu apenas no ultimo segundo antes das 00h  do dia seguinte. E nesse um segundo, a quantidade de destruição que o homem causou no planeta terra, é algo tão significativo quanto ao meteoro que causou a extinção dos dinossauros no período Cretáceo. Embora o impacto do meteoro levou milhares de anos para causar a extinção de algumas espécies naquela época. Já o impacto da destruição do homem, em tão pouco tempo, menos de 500 anos, já foi capaz de extinguir espécies, danificar o controle natural da temperatura pelo globo, causar o derretimento de geleiras, emissão de gases poluentes e que sobreaquecem o planeta cotidianamente, entre outras formas mais cruéis de devastar e matar para sustentar o sistema econômico atual. Tendo, os cientistas, notado essa discrepância de tempo para um fenômeno natural mudar a condição do planeta comparando-o com a destruição que o homem causou em tão pouco tempo, surgiu a necessidade de se debater essa questão acerca da época geológica em que estamos vivendo. Seria correto continuarmos nos posicionando na época holocênica, mesmo tendo nós, seres humanos, deteriorado boa parte das condições que o globo nos deu para fundarmos nossa civilização em um curto período de tempo? Já não estaríamos nós vivendo uma época onde o ser humano passa a ser o centro das mudanças climáticas, colocando-o em uma situação de autodestruição?

RESULTADOS E DISCUSSÕES

   

   São inúmeros os dados que podem nos levar a concluir que de fato estamos em uma nova época. Diversos fatores, apesar de algumas contestações que também serão apresentadas, comprovam o impacto das ações humanas no meio ambiente. Por exemplo, com o desenvolvimento das máquinas, na revolução industrial, o uso de combustíveis como carvão, petróleo e o gás, cresceu exponencialmente e estes combustíveis passaram a ser utilizados em quase toda a superfície terrestre, elevando os índices de emissão de dióxido de carbono (CO2) de 280 ppm, dados de antes da industrialização, para 399 ppm, medidos em 2015. Essa grave elevação da quantidade de poluentes, nunca havia sido medida ao logos dos últimos 800 mil anos do nosso planeta.

   Além dos medidores de emissão de gases, podemos notar também outros fatores que apresentam significativa mudança em relação aos índices avaliados no inicio do Holoceno, como por exemplo a desestabilização continua da capa de gelo que da Groelandia e da Antartida, a acidificação da agua do mar, a alta carga de partículas aerossóis na atmosfera, a perda constante de biodiversidade relacionada a poluição em geral, a contaminação do solo com poluentes e agrotóxicos que prejudicam o plantio posterior, e por ultimo, um dos fatores mais importantes que é a diminuição de recursos hídricos essenciais para a vida de todas as espécies do planeta terra. Todos estes fatores são novos, apesar de não serem inéditos na historia do nosso globo. Já houve outras épocas, em outros períodos em que o meio ambiente foi se alterando e causando a extinção de espécies devido a mudanças climáticas abruptas. Mas nenhuma dessas fases da vida do planeta ocorreu em tão pouco período de tempo, e de forma gradual, quanto a que estamos presenciando nos dias de hoje.

   

   Esse é um aspecto interessante de nossa situação, que é uma divergência entre os cientistas a cerca de quando, então, se deu inicio a Epoca do Antropoceno.  Já que é quase impossível de negar que não estamos mais no mesmo patamar que estávamos a 12  mil anos atrás nos quesitos de qualidade de ar, da agua e da temperatura do planeta. Os estudiosos se divergem na teoria de que o antropoceno teria começado em 1950, após o desenvolvimento rápido de maquinas e veículos durante a Segunda Guerra Mundial. Outros acreditam que teve inicio gradual durante a Revolução Industrial e com o inicio do uso ampliado de combustíveis fosseis por meio da industrialização. Essa divergência quanto a quando começou a nova época, ainda é objeto de estudo por universidades e cientistas que buscam formalizar o termo, que hoje apesar de já difundido e comum, ainda é informal na a tabela cronoestratigráfica internacional - que fatia a escala temporal geológica em éons, eras, períodos, épocas e idades. A formalização ou não, pertence à Comissão Internacional de Estratigrafia (ICS, na sigla em Inglês), da União Internacional de Ciências Geológicas.

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