RESENHA DO FILME: THE HAMMER

RESENHA DO FILME: THE HAMMER

FICHA TÉCNICA:

Título:        The Hammer (Original)

Ano produção:2010

Direção: Oren Kaplan        

Estreia: 7 de novembro de 2010 (Mundial) 

Duração: 108 minutos

Gênero: Biografia, Drama e Esporte

Países de Origem: Estados Unidos da América

O longa-metragem retrata a trajetória do lutador do UFC Matt Hamill, que, surdo desde a nascença, superou o preconceito e as dificuldades criadas por sua condição através da luta greco-romana, na qual começou graças ao seu padrasto. The Hammer, é um filme biográfico dirigido por Oren Kaplan, conta a história de Matt Hammil, um dos mais emblemáticos lutado surdos dos Estados Unidos. Nascido em Loveland (Ohio, EUA), e incentivado desde criança por seu avô, Matt fez a luta livre algo central da sua vida, não poupando esforços para se tornar o melhor. Quando jovens, depois de perder uma bolsa de estudo na Universidade de Purdue, Matt ingressou na Rochester Institute of Technology, onde além de participar de campeonato nacionais, estreitou contato com o mundo surdo e conheceu Kristi, militante surda por quem logo se apaixonou. Estralado por Russel Harvard, o filme ainda conta com a participação de Shoshannah Stern, Michael Anthony Spady e Lexi Marman, também surdos, e o filme traz à tona uma série de questões relacionadas ao dia-a-dia de pessoas surdas. O filme é baseado em fatos reais que nos mostra Matt Hammil, um lutador surdo de nascença e seus desafios para se consagrar no mundo do esporte, como pano de fundo deste filme temos a sociedade e o surdo, como acontece essa interação no seu meio, entre os seus amigos e sua própria família. A história mostra a infância do lutador, apresenta a mão do Matt como uma pessoa que aceitou bem essa diferença, e também procurou saber a melhor forma de educar seu filho, em contraponto seu pai não aceitava que o menino não conseguisse manter uma comunicação normal com os demais, ensinado assim a se comunicar pela leitura labial e oral , especificado no filme muitas pessoas ligada aos surdos especialmente a família tem essa dificuldade, receio em aceitar a surdez ( e sua linguagem especifica, querendo assim enquadrar de qualquer forma o surdo dentro da linguagem oral) . No decorrer do filme Hammil entra na escola e é alfabetizado na língua inglesa sem contato com a libras e também com outros surdos, ele se depara com frustrações algumas normais para alguns da sua idade, outras devido a sua surdez (no dia a dia o surdo encontra muitas barreiras, dificuldades a serem vencidas principalmente pelo preconceito, por as pessoas acreditarem que o surdo não é capacitado a passar por certas situações) e é responsável por gerar as situações de conflito no personagem, um dos reflexos desses conflitos o filme retrata na cena que ainda jovem Matt acaba desistindo de seus planos de estudos, e quando retoma essa jornada se depara com uma Instituição que abriga outros surdos e que convive de uma forma que ele jamais viveu, daí então vem a mensagem do filme sobre a importância da integração dos surdos na sua cultura, linguagem de sinais, no seu modo de viver, o surdo não tem a necessidade de ser oralizado, ele deve ser respeitado em suas diferenças e na suas escolhas. The Hammer é o filme que conta a jornada de Matt desde a sua infância até ser o primeiro lutador surdo ganhar um campeonato nacional. Matt Hammil enfrenta um longo caminho para se tornar um campeão. O filme tem objetivo de mostrar que a surdez não é um empecilho para conquistar aquilo que almejar, assim fez Matt Hammil, lutou para conseguir aquilo que tanto queria. O filme retrata a interação que personagem tem com os seus familiares e amigos, e no texto Cultura e Identidade Surdas: Encruzilhada de lutas sociais e teóricas, os autores coloca essa importância que o surdo deve interagir no meio em que convivi, sem essas interações, as pessoas que não são surdas por discriminá-los, acabam dando visibilidade a uma segregação e permitindo a “constituição” de um grupo diferente que acredita ter também uma cultura diferente das dos surdos. Ainda no filme no filme mostras um series de questões sobre o dia a dia dos surdos e essas questões gera situações de preconceitos, pois as pessoas acreditam que os surdos não são capazes de passar por certos problemas ou situações. O texto nos colocar isso que os surdos são, não raras vezes, situados a meio caminho entre os ouvintes, considerados humanos de qualidade superior, ou humanos em toda a sua plenitude, e os subumanos, desprovidos de todos os traços que os assemelham aos seres humanos. Eles não podem ser classificados como subumanos porque apresentam traços de humanidade, mas também não conseguem ser aceitos como seres humanos em sua plenitude. Ao ingressar no instituto o personagem passa a interagir como outros surdos e também passa a se comunicar através da língua de sinais. A defesa e a proteção da língua de sinais, mais que significar uma autossuficiência e o direito de pertença a um mundo particular, parecem significar a proteção dos traços de humanidade, daquilo que faz um homem ser considerado homem: a linguagem. Assim como no filme mostra que devemos respeitar, a cultura, a linguagem de sinais, seu modo de vida e suas escolhas. O texto também fazer uma análise sobre a cultura dos surdos para a sociedade em si. Porém é preciso perceber ao cunhar o termo cultura dos surdos, muitas vezes fazemos a separação dos surdos dos ouvintes. Assim como o filme e no texto os surdos precisam ser integrados dentro da sua comunidade e participando da cultura ali presente. Por fim é preciso entender que a separação entre grupos humanos é produzida socialmente, bem como sua integração, na medida em que toda forma de preconceito, toda discriminação, todo comportamento humano está subordinado à cultura que os constrói, propaga, veicula e sedimenta. São as normas sociais que “autorizam” essa separação, normas que organizam toda a nossa vida social, modos de falar, de vestir-se, de atuar no mundo, de pensar etc. O modo como a surdez vem sendo descrita está ideologicamente relacionado a essas normas. Assim como a luta política por novas normas: cultura e identidade surdas, inclusão do surdo nas minorias sociais. Assim entendemos que preciso luta pela inclusão dos surdos que é uma forma de “garantia” de afastamento da “anormalidade” e aproximação das minorias, normais embora diferentes.

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