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RESUMO EXPANDIDO SOBRE O ESTUDO “A PAISAGEM COMO ELEMENTO DA IDENTIDADE E RECURSO PARA O DESENVOLVIMENTO” DE ZORAN ROCA JOSÉ ANTÓNIO OLIVEIRA

Por:   •  28/3/2022  •  Resenha  •  987 Palavras (4 Páginas)  •  196 Visualizações

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RESUMO EXPANDIDO SOBRE O ESTUDO “A PAISAGEM COMO ELEMENTO DA IDENTIDADE E RECURSO PARA O DESENVOLVIMENTO” DE ZORAN ROCA JOSÉ ANTÓNIO OLIVEIRA

Ana Clara Fernandes Correia da Silva

Prof. Rafael Guccione Siriaco

Dr. Alfredo Pujol

INTRODUÇAO: O trabalho “A Paisagem Como Elemento da Identidade e Recurso Para o Desenvolvimento” de Zoran Rocan traz a ideia de que ao se observar/analisar uma paisagem é possível identificar elementos que constroem a identidade territorial daquele espaço e lugar. Esses elementos variam de acordo com os recursos materiais e imateriais, naturais, sociais, humanos e culturais, que contribuem para a construção da identidade territorial. Resumidamente, “a paisagem é o meio através do qual se constrói a identidade de um lugar...” (Mitchell, 1991; Harner, 2001: 660).

Conforme os recursos daquela paisagem vão crescendo ou se transformando com o passar do tempo, a identidade territorial pode sofrer alterações ou pode até mesmo se perder no meio do caminho. Dessa forma, o trabalho de Rocan e Oliveira traz a problemática sobre os efeitos negativos do desenvolvimento e sua influência na perda de identidade territorial, de forma que seja necessário estabelecer um equilíbrio para que haja um desenvolvimento sustentável que não afete a identidade do lugar. Segundo Roca e Oliveira (2005, p.03).

“tem sido reiterado que as regiões mais isoladas necessitam de combater os efeitos negativos da globalização e fazer um esforço para atrair os efeitos positivos desta, com especial atenção para a proteção, fortalecimento e reafirmação das identidades territoriais, de modo a contribuir para o aumento da competitividade da economia e cultura locais ou regionais, num contexto de mundialização dos mercados de bens, serviços e ideias”.

A globalização chega para todos, às vezes de uma forma mais lenta para alguns e para outros de uma forma mais rápida a depender do território e seus recursos. Porém, nunca paramos para pensar nos dois lados desse fenômeno: Será que a globalização pode afetar alguém de alguma forma negativa?

METODOLOGIA: Para esse problema, foi desenvolvido um modelo metodológico para realizar o estudo da identidade de um lugar como recurso de desenvolvimento sustentável. Esse modelo, chamado IDENTERRA tem como objetivo “transformar o conceito de identidade territorial numa categoria analítica”. Para tal, é necessário atender a duas necessidades importantes a se observar: (1) faz-se necessário que seja um método que facilite o estudo da identidade territorial e (2) é preciso uma forma de identificar técnicas e ferramentas que permitam analisar e comprovar as mudanças e transformações dos elementos que compõem a paisagem e contextualizar numa análise da relação desses elementos com os fatores de desenvolvimento e globalização.

O IDENTERRA compreende duas etapas para que este seja bem sucedido:

De acordo com este modelo, a primeira etapa diz respeito à desagregação de conceitos chave – “identidade territorial” e “nexo global/local” – decompondo-os em distintas dimensões e componentes mensuráveis. A etapa seguinte corresponde à integração das perspectivas de abordagem do desenvolvimento, sejam do tipo “top-down” ou “bottom-up”, tendo por base as complementaridades existentes entre métodos e técnicas de investigação do tipo macroscópico (trabalho de gabinete) e de observação directa no terreno (trabalho de campo). (ROCA, OLIVEIRA 2005, p.07)

Dessa forma, segundo ROCA e OLIVEIRA, será possível dar a atenção necessária para a “identificação e avaliação das relações de poder entre os atores e agentes de desenvolvimento (...), o que é central nos estudos da (re/de)generação das identidades territoriais materializadas nas paisagens”

RESULTADOS: Segundo o estudo de ROCA e OLIVEIRA (p.13) a operacionalização do conceito de identidade territorial poderá contribuir para o enriquecimento das alianças já existentes e possibilitar a exploração de novas alianças entre o estudo da paisagem relacionado ao desenvolvimento sustentável:

“A aplicação do modelo IDENTERRA pode contribuir para uma nova interpretação, empírica e transdisciplinar, sobre as “paisagens como parte da cultura hegemónica” (Cosgrove, 1983), sobre “os fluxos globalizados e a reterritorialização” (Haesbaert, 1997), sobre a identidade coerente e o equilíbrio entre realidade e representação da paisagem” (Harner, 2001), acerca das diferenças entre regiões “sobre” e “da mente” (Agnew, 1999), sobre as “identidades mutáveis dos actores económicos” (Yeung, 2003), ou acerca da “construção de identidades locais quando o mundo é demasiado grande para ser controlado e os actores sociais o transformam numa dimensão mais compreensível” (Castells, 2003). De um outro ponto de vista mais prático, os estudos sobre a paisagem relacionados com a identidade territorial como um recurso de desenvolvimento, podem considerar-se essenciais nas atividades de planeamento do desenvolvimento local e regional.”

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