Resumo Climatologia

Clima da região nordeste (pp.213- 231) decimo quarto capitulo

CAVALCANTI, Iracema F.A. [et al.].Tempo e Clima no Brasil. São Paulo: Oficina de Textos, 2009.

Possui um clima litorâneo úmido (do litoral da Bahia ao do Rio Grande do norte): clima tropical (em áreas dos estados da Bahia, Ceara Maranhão e Piauí); clima semiárido (em todo o sertão nordestino). Essa diversidade de climas no NEB deve-se a atuação de diversos mecanismos físicos que interagem e são responsáveis pela distribuição das chuvas na região. Apresenta acentuada variabilidade interanual, particularmente na precipitação, com alguns anos extremamente secos e outros extremamente chuvosos. Entres os principais fatores climáticos que determinam a distribuição dos elementos climáticos no NEB é a variação sazonal, está sua posição geográfica, seu relevo, a natureza da sua superfície e os sistemas de pressão atuantes na região. O NEB está sob influencia dos anticiclones subtropicais do Atlântico Sul e do Atlântico Norte, e do cavalo equatorial, cujas variações sazonais de intensidade e posicionamento determinam o clima na região. As circulações atmosféricas regionais e os sistemas sinóticos atuantes no NEB podem ter origem externa ou interna á região e constituem os principais fatores dinâmicos que determinam a precipitação sazonal. Em algumas situações, um vórtice ciclônico de altos níveis pode esta associada a um SF estacionário no leste de NEB, se caracteriza por um centro frio restrito a media e alta troposfera, é extremamente persistente e tem sido notado na região do atlântico e no NEB. O escoamento médio e a brisa terra mar ocasionam um máximo noturno ao longo da costa e um máximo diurno de ate 300 km distante da costa. Nesse setor, as máximas precipitações anuais concentram-se próximo a região litorânea em consequência de influencias de brisas que advectam nebulosidade, o que provoca a maior concentração de chuvas nessas áreas. A variação interanuais de precipitação tem, em associação, anomalias de outros elementos meteorológicos na região e em outras regiões do globo, relacionados a sistemas dinâmicos da circulação na atmosfera, o El nino- Oscilação sul é apontado como um dos principais fenômenos responsáveis por tais flutuações. A sua componente atmosférica, uma onda quase estacionaria na pressão ao nível do mar, de escala global, cujos centros de ação estão sobre a Indonésia e o Pacifico Sudeste, é acompanhada por um aquecimento ou esfriamento anômalo nas aguas superficiais do Pacifico Equatorial Central e Leste. As condições secas sobre o NEB em anos de ocorrência do El Ninõ são explicadas pela componente leste oeste do ENOS, refletida em alterações de grande escala da circulação atmosférica associada a uma circulação de Walker deslocada para Leste, com seu ramo ascendente sobre as aguas anormalmente quentes no Pacifico Equatorial Leste, e ramo descendente sobre o Atlântico e o NEB. Evidências das relações entre anomalias de temperatura da superfície do mar do Atlântico Tropical Sul em dezembro e a precipitação no NEB tem sido procuradas desde fins da década de 70. Diante da fraca correlação notada entre os índices que representam o componente norte e sul do dipolo, questiona-se a existência de um acoplamento dinâmico entre tais componentes que resulte em um dipolo nas

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