Resumo Esquemático

Resumo Esquemático

1. Introdução

As geotecnologias tendem a ocupar um lugar de destaque em virtude de sua funcionalidade. Elas podem ser entendidas como as novas tecnologias ligadas às geociências, trazendo avanços no desenvolvimento de pesquisas, planejamento, gestão, manejos, entre outros aspectos relacionados ao espaço geográfico. Há uma estreita ligação entre essas tecnologias e as concepções científicas relacionadas à ciência geográfica, que direcionam o entendimento dos processos, procedimentos, análises etc. vinculados aos SIG’s e às técnicas do geoprocessamento.

1.1 Breve evolução da ciência geográfica

A Geografia experimentou diversos caminhos para se constituir como ciência. Um dos direcionamentos percebidos teve por base a necessidade de transformação das técnicas de pesquisa vinculadas aos avanços cientifico-tecnológicos ocorridos ao longo dos tempos. Essa evolução traz marcas de profunda dicotomia, principalmente em meados do século XX. Há uma necessidade de adaptação dessa ciência a esses avanços.

1.1.1 Paradigmas científicos

A Geografia foi provando os paradigmas de diversas correntes científicas, que trouxeram avanços, mas ao mesmo tempo gerou impasses como a dicotomia geografia física versus geografia humana ainda está longe de ser resolvida; o entendimento das noções de espaço e de território apresenta divergentes conotações de acordo com a corrente a elas relacionada.

1.1.2 Princípios básicos da “Geografia Tradicional”

Uma das questões polêmicas referia-se à idealização de certos princípios básicos nos quais a pesquisa científica deveria de apoiar, que estavam vinculados a geografia tradicional, e que nortearam muitos dos trabalhos realizados: princípio da unidade terrestre, da individualidade, da atividade, da conexão, da comparação, da extensão e da localização.

2. Geografia Tecnológica

A ciência geográfica apresenta como objeto de estudo a complexa rede de informações de interação entre os fenômenos experimentados pela sociedade e do ambiente por ela ocupado.

Por causa de diferentes concepções a respeito dos direcionamentos epistemológicos da ciência geográfica, existe uma tendência para o estabelecimento de novos paradigmas, promovendo avanços significativos de aplicabilidade, quanto uma cisão acadêmico-científica, e o surgimento de uma nova ciência.

2.1 Nova proposta paradigmática

Os SIG’s trazem certas dificuldades no estabelecimento de estruturas próprias, uma grande quantidade de conceitos e definições relacionadas que chegam a confundir na compreensão do tema.

2.1.1 SIG e Geoprocessamento

A sigla SIG designa Sistema de Informação Geográfica, um sistema computacional que trabalha um número infinito de informações de cunho geográfico. O seu desenvolvimento deve-se à evolução do computador e de programas específicos. Além da necessidade do uso do meio computacional, faz-se necessário a existência de uma base de dados georreferenciados.

Pode-se considerar geoprocessamento como uma tecnologia que possibilita a análise, a simulação de modelagens e a visualização de dados georreferenciados. É uma técnica ou não agregada ao uso de um SIG.

2.1.2 Diferença entre SIG e outros Sistemas

Um SIG deverá possuir funções e aplicações bastante complexas e se enquadram numa categoria especial, enquanto os sistemas como o CAD, CAM, AM/FM, possuem aplicabilidade específica.

2.1.3 Aplicações de um SIG

Os produtos gerados por um SIG vinculam-se ao espaço físico, trabalhando fenômenos climáticos, humanos, sociais, econômicos, etc. Exemplo: ações vinculadas ao planejamento, à gestão, ao monitoramento, ao manejo, à caracterização de espaços urbanos ou rurais, etc. Outra aplicação vinculada ao geoprocessamento é a realização de análises de cunho espacial por meio de mapas temáticos diversos.

2.1.4 Geografia Tecnológica ou Ciência da Geoinformação?

Essa caracterização não implicaria uma nova ciência, mas sim uma nova abordagem epistemológica da ciência, a qual denomina-se de Geografia Tecnológica, uma nova forma de leitura e modelagem do objeto de estudo da Geografia.

3. Bases Cartográficas

No trabalho com as geotecnologias é necessário compreender o uso de bases cartográficas confiáveis na representação da realidade. Num primeiro momento se faz necessária uma abordagem a respeito da forma da Terra. As observações realizadas ao longo dos séculos levaram à idéia de que a forma do Planeta não seria de uma esfera perfeita e sim de um elipsoide devido ao achatamento nos seus polos. Outro termo bastante utilizado é o geóide, mas devido às dificuldades de uso optou-se pelo elipsóide de revolução.

3.1. Sistemas Geodésicos de Referência

Os sistemas geodésicos de referência tem a função de estabelecer uma relação entre um ponto determinado do terreno e um elipsóide de referência.

3.1.1 Sistemas Geodésico Brasileiro

O Sistema Geodésico Brasileiro é composto por redes de altimetria, gravimetria e planimetria. O referencial de altimetria está vinculado ao geóide; o referencial de gravimetria está vinculado a milhares de estações existentes no território nacional; e o referencial de planimetria é representado pelo SAD-69, porém em processo de alteração.

O SIRGAS é outro sistema de referência utilizado no Brasil, encontra-se em implantação e é utilizado concomitante com o SAD-69.

3.2 Sistemas de Coordenadas

O Sistema Geodésico de Referência está dotado de um sistema de coordenadas, definidos pelas latitudes e longitudes. Sem do à latitude a distância angular entre o plano do equador e um ponto da superfície da Terra e Longitude a distância angular entre determinado ponto e o meridiano de Greenwich.

A localização precisa de pontos sobre a superfície da Terra se dá com a utilização de um sistema de coordenadas e a prática de SIGs utiliza-se de diversos sistemas de coordenadas.

3.2.1 Sistemas de coordenadas geográficas

No sistema de coordenadas geográficas os valores dos pontos localizados na superfície terrestre são expressos por suas coordenadas geográficas, latitude e longitude, em graus(º), minutos(’) e segundos(”). E esse valor