Resumo do artigo a questão regional da sustentabilidade
Por: Monique Monique • 8/1/2017 • Resenha • 2.056 Palavras (9 Páginas) • 467 Visualizações
INSTITUTO FEDERAL PERNAMBUCO – IFPE CAMPUS RECIFE
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES E GESTORES
COORDENAÇÃO ACADÊMICA DO TURISMO
MARCIA MOURA DOS SANTOS
GEOGRAFIA REGIONAL DO TURISMO
MONIQUE RAMALHO BARZA
Resumo
Referência
BECKER, Luiza Costa. A questão regional e a sustentabilidade do desenvolvimento no Brasil contemporâneo pela via turística. Revista Estudos Políticos. Rio de Janeiro, n. 1, p.01-27, 2010.
Introdução
A princípio a autora fala neste artigo sobre o IPEA e o programa desenvolvido por eles sobre o índice da qualidade do desenvolvimento no Brasil em detrimento dos outros países e mostra que o desenvolvimento regional do país ocorreu de forma muito desigual, fazendo com que sejam impostos mudanças de se promover tal processo de desenvolvimento nas e entre as nações sendo o turismo o percursor do desenvolvimento e recuperação das regiões periféricas no Brasil. É feito uma analise sobre o prodetur e por fim é feito uma analise sobre a preservação do patrimônio territorial no contexto de modernização.
1 Desigualdade versus sustentabilidade do desenvolvimento: discussão teórico-normativa.
É feito um embate entre os modelos de desenvolvimento desigual que “cria” e o sustentável que “problematiza”, esse desequilíbrio surge entre as regiões quando uma economia transita para fase industrial onde as concentrações de investimentos industriais ficam em uma dada área, implicando no modelo de centro-periferia. É na conjunção logica de mercado com a atuação das estruturas regionais de poder que ira definir o grau do desenvolvimento econômico de uma região dentre outras menos desenvolvidas. Sob essa perspectiva o desenvolvimento desigual entre as regiões do país consolida, num recorte, onde o Sudeste e o estado de são Paulo, como centro e as outras regiões e estados como periferias impondo novas estratégias de desenvolvimentos diferentes através de programas e politicas publicas, almejando uma expansão urbana para as regiões periféricas do país. No contexto de globalização, a região deixa de ser definida como solidariedade orgânica e passa a influenciada pela sociedade organizacional. O peso do mercado externo na vida econômica de um país torna-se uma variável importante na compreensão da dinâmica de transformação do território, pois revela que os recursos coletivos são destinados a criação de infraestruturas. Perde-se nesse contexto, o fundamento da palavra região, referenciando a ideia de que é o território usado a categoria de analise e não mais a região, os habitantes perdem o poder de regência do território. Esse novo contexto tem o desafio de superar o atraso de todo o país, é com o modelo de desenvolvimento sustentável, assumido pelos países-membros da ONU, aparece com um novo paradigma que problematiza a harmonização das desigualdades sociais entre as nações, propondo novos paramentos para a condução do desenvolvimento local, regional e mundial.
- A sustentabilidade do desenvolvimento territorial: um novo paradigma.
Diferenciando desenvolvimento de crescimento econômico, nos debates internacionais a questão era saber se seria possível desenvolver com prudência ecológica e ao mesmo tempo promover a igualdade social e regional existentes. Com o programa Agenda 21 esse programa de ação para o meio ambiente e o desenvolvimento, representou uma tentativa de promover um novo padrão de desenvolvimento, conciliando métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica, o documento apresenta um lista de iniciativas para todos. A critica da concepção do desenvolvimento sustentável e da sua aplicabilidade diz respeito a própria concepção de desenvolvimento como estratégia e instrumento para se chegar a uma melhoria da qualidade de vida da população. No caso do Brasil promover esse desenvolvimento, requer compreender a realidade contraditória que define o território, mais que isso construir e aplicar metodologias e conhecimentos que possibilitem superar as barreiras politico-ideológicas principais. São os acordos pactuados territorialmente que irão fundamentar os planos de desenvolvimento local e regional do país.
- O turismo como vetor e desafio da sustentabilidade do desenvolvimento territorial.
O desenvolvimento a ser promovido pela via turística sofre a influencia do novo paradigma da sustentabilidade onde impõem que ao mesmo tempo em que se exploram os recursos naturais os preservam para as futuras gerações. No plano Nacional de Turismo encontram-se definidas as ações estratégicas do setor para alcançar os seguintes vetores: redução da desigualdade regional, equilíbrio do balanço de pagamento, geração de empregos e geração de distribuição de renda. Com o programa de regionalização do turismo o governo federal propõe em uma politica publica provocar mudanças, sistematizar o planejamento e coordenar os processos de desenvolvimento local, regional, estadual e nacional. O modelo de gestão adotado pelo MTur está voltado para o interior dos municípios do Brasil, esse processo pode ser alcançado pela gestão compartilhada, pelo planejamento nacional com enfoque no desenvolvimento regional, tendo como desafio tornar o turismo um real vetor de desenvolvimento territorial sustentável, considerando, dentre outros objetivos a inclusão de população excluídas do processo de modernização.
- O programa de desenvolvimento do turismo no Nordeste e o desafio da sustentabilidade
Criado pela SUDENE e EMBRATUR teve inicio com o acordo assinado entre o banco de desenvolvimento do nordeste, e o banco interamericano de desenvolvimento visando à implementação da infraestrutura turística classificadas em prioridades I, II e III. Após definirem os municípios os estados definiram as estratégias de desenvolvimento turístico. Enquanto programa de créditos para o setor publico ele foi desenhado para atingir os objetivos definidos em quatro componentes, a saber: desenvolvimento institucional, obras múltiplas em infraestrutura básica e serviços públicos, melhoramento de aeroportos e elaboração de estudos e projetos. Para realizar os objetivos, foram necessários diversos investimentos públicos do governo federal e estadual. A primeira fase do programa envolveu a execução de 264 projetos. Devido às implicações territoriais não previstas no planejamento, os gestores reorganizaram algumas ações na realização dos componentes do programa tanto na primeira quanto na segunda fase.
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