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Resumos Geografia Humana

Por:   •  11/4/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  8.138 Palavras (33 Páginas)  •  721 Visualizações

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Aulas de Geografia Humana de Portugal

Nota: 16 de Março – saída de estudo.

Análise do Programa:

  • O que se pretende é perceber como é que determinados fenómenos evoluíram ao longo do tempo, ou seja, para uma dada época, o que se pretende é contextualizar as transformações ocorridas em determinados territórios.
  • O quadro subjacente é sempre o do controlo do território.
  • O programa vai desde a formação de Portugal até aos dias de hoje. Pretende-se contextualizar Portugal no mundo, ou seja, como agente de influência, por um lado, e por outro, como é influenciado.

Avaliação:

No final dos módulos dados por cada professor, fazemos o teste sobre a matéria dada, ou seja, haverão duas provas, uma de cada professor.

Os lugares geográficos não têm o seu nome por acaso. A passagem dos árabes por Portugal no século VIII, deixaram-nos muitas palavras, muitos topónimos  (quanto mais a sul, mais é a sua permanência).

Quando olhamos para um mapa, temos de tentar compreender a organização do espaço ao longo do tempo.

Exercício:

Localizar num mapa em branco:

O rio Mondego;

As cidades de Santarém e Viseu;

A serra do Gerês;

A região do Ribatejo

A cidade de Miranda do Douro

Bibliografia: Orlando Ribeiro – O ensino de Geografia – Porto Editora (2011).

Onde está a Geografia no seio das ciências?

A Geografia está intimamente ligada a várias ciências como por exemplo: à Economia, a Sociologia, à Medicina, à História, à Arquitectura, entre outras ciências, mas durante muito tempo, de entre todas as ciências, foi com a História que estabeleceu laços mais estreitos

Em 1934, estávamos perante uma Geografia geral e universal, ou seja, tendencialmente relacionada com as ciências exactas. Mas, quando em 1934, Orlando Ribeiro escreve uma obra de Geografia, onde nela continha um capítulo abordando o tema da Geografia Humana, a pertenção do autor era chamar a atenção para um campo emergente – a Geografia Humana.

Para o autor, a Geografia é a ciência que faz a descrição da terra. Afirma que esta ciência é um ramo do conhecimento humano.

O conhecimento geográfico surge já na antiguidade, sendo os viajantes gregos os responsáveis pela sua difusão, pois são eles que cultivam primeiramente a Geografia. Para o autor, haveriam dois grupos distintos de viajantes: enquanto que uns eram os teóricos, a quem o autor chama geógrafos, sendo estes os detentores da verdadeira ciência. Estes tinham por missão o relato exacto da situação exacta dos lugares (dando as coordenadas dos lugares à superfície da terra), bem como a sua representação nos mapas, e por fim, emitem a ideia da terra como um globo. Quanto ao segundo grupo de viajantes, estes eram baseados numa observação pitoresca de países remotos, e incumbia-lhes registar as particularidades de cada região, quer essas derivem do relevo, do clima, das águas (características físicas), quer das características das populações. Para o autor, este segundo grupo são os responsáveis pelo surgimento da Geografia Humana.

Para Orlando Ribeiro, o geógrafo tem de ser capaz de estudar  conjuntos de homens, estando estes juntos ou dispersos, e ser capaz de interpretar as marcas por eles deixadas, sendo estas visíveis ou não, na superfície da terra.

Uma outra ideia defendida por Orlando Ribeiro, tem a ver com o mútuo determinismo, ou seja, para ele, a terra interfere no homem e vice-versa. Para ele, o homem é um elemento que faz parte da superfície da terra, como outro elemento qualquer, como a vegetação, o relevo, o clima, etc.

Em suma, o alvo principal da Geografia Humana é o homem, muito embora este esteja intimamente relacionado com a paisagem, isto é, influenciam-se mutuamente. Por fim, o método privilegiado para o autor, era a observação directa, isto porque é através dela que o geógrafo é capaz de observar o relevo, a vegetação, as rochas, o clima, entre outros elementos físicos e humanos. É pela análise dos diversos elementos, que permitem que o homem conheça as diferenças dos vários biomas à superfície.

Análise do texto: Portugal Geográfico de Suzanne Daveau. Lisboa – João Sá da Costa. 1995

Há muito que se escreve a Geografia de Portugal, a mais antiga, ainda escrita em latim, surge em 1416. Posteriormente em 1597, surge outra, agora escrita por um frade de Alcobaça, intitulada “Monarquia Lusitana”, e tinha uma descrição geográfica de Portugal.

A Geografia como a entendemos hoje, apenas a primeira foi escrita por H. Lavtenach, em alemão, em 1934 o primeiro volume, e o segundo só é editado em 1937. Esta, foi também publicada em castelhano em 1955. Não foi publicada em português.

Isto não quer dizer que não houvessem mais geografias de Portugal. Em 1941 foi publicada uma geografia e um Atlas de Portugal escritos por Amorim Girão. Esta obra foi reeditada nos anos 60. Em 1955, surge a obra de Orlando Ribeiro.

Suzanne manda traduzir para português as obras de alemão e de castelhano, e posteriormente fez o comentário às obras.

Edita “Portugal Geográfico”. Esta obra está organizada por temas, livro muito didático. São textos muito resumidos, apresentando uma visão generalista de todos os temas das obras originais.

A situação geográfica de Portugal na Europa

Há muito que os geógrafos europeus consideram dois emisférios: o oceânico e o continental. Para eles, a Europa encontra-se no meio do emisfério continental. Para estes geógrafos, é a posição geográfica de Portugal que explica o seu pioneirismo na expansão. Portugal tinha uma posição privilegiada, pois tinha acesso ao mar, bem como uma rede hidrográfica forte, e estas redes explicam o desenvolvimento das potências económicas da Europa. Geograficamente, a capital portuguesa encontra-se em cima da mesma linha de grandes cidades mundiais como Jerusalém, Varsóvia, Nova York, entre outras. Portugal é um país banhado pelo Atlântico e pelo Mediterrâneo, factor que permite receber influências mediterrâneas, o que explicaria também a expansão marítima.

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