Resumo Agressividade Humana
Por: AnaCFS • 4/5/2018 • Dissertação • 742 Palavras (3 Páginas) • 468 Visualizações
RESUMO
ZORTEA, Tiago Carlos. Agressividade Humana: Contingências, Filogênese e Evolução. Artigo publicado 1º de abril de 2013 no site “Comporte-se: Psicologia Cientifíca”: http://www.comportese.com.
Existe grande dificuldade em se definir o que é agressividade ou como ela pode ser exercida, muito embora, a princípio possa parecer simples. A definição de agressão leva em conta três tendências: a definição por características da resposta (como estapear, cuspir, chutar, morder etc.); definição pelas condições antecedentes ou estímulos que antecedem um episódio agressivo (como a frustração ou estados emocionais como a raiva e a cólera) e, por último, pelas consequências que o comportamento em questão provoca no ambiente social (estimulação aversiva ou danos a outro organismo).
A espécie humana é agressiva? Levando-se e em consideração a história da humanidade, pode-se dizer que sim, bastante. Sendo assim, seja no nível explicativo filogenético (o que pode ser mais bem explicado por estudos etológicos) ou cultural, a espécie humana carregaria esse componente como característica ou potencialidade a ser exercida. Evidentemente a agressividade pode ser exercida de inúmeras formas, desde a agressão verbal velada até o confronto físico direto. Porém, a espécie humana é a única que mata sem histórico de confronto. Alguém pode, por exemplo, ser contratado para matar um desconhecido. Também pode-se matar alguém à distância, com ajuda de armas de alta precisão e instrumentos que facilitem a visualização da vítima. Pode-se matar também sem necessidade de visualização da vítima, como no caso da emissão de armas de longo alcance e que possam “viajar” até o alvo, com o simples apertar de um botão.
Existem indivíduos “agressivos” ou contingências que levam alguém a se comportar agressivamente? É possível dizer que podem existir histórias ontogenéticas que potencializem ou tornem mais provável a ocorrência de comportamentos agressivos. Também é possível dizer que existem episódios que, em si, potencializem a ocorrência de respostas agressivas. Ser alvo de agressão intensa ou mesmo nem tanto, porém repetida, por exemplo, parece ser bastante eficiente em evocar respostas agressivas. A frustração intensa ou menor em doses repetidas também pode ser muito eficiente em gerar episódios agressivos. Trata-se, como de resto em qualquer característica humana complexa, de processo motivado por diferentes fatores e até mesmo com substratos neurológicos diferenciados, a depender do tipo de comportamento agressivo analisado. “Agressão, portanto, é um processo complexo, não unitário, podendo estar sob o controle de múltiplos fatores internos ou externos; pode ser influenciado por fatores genéticos e/ou aprendidos; pode ser instrumental (meio para se alcançar um objetivo) ou não”
Já o comportamento agressivo punido com agressão, passa a se configurar em situação em que, além da existência de propriedades aversivas da agressão em si, existe o fornecimento de modelo de agressividade. Em outras palavras, a punição “cria mais estimulação aversiva capaz de produzir mais agressão”, além de fornecer modelo para aprendizagem social de agressão. Um pai que pune agressivamente o seu filho por ter sido agressivo, por exemplo, está, contraditoriamente, fornecendo modelo de comportamento agressivo ao mesmo.
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