Revolução Verde

O que é revolução verde?

É um amplo programa idealizado para aumentar a produção agrícola no mundo por meio de melhorias genéticas em sementes, uso intensivo de insumos industriais, mecanização e redução do custo de manejo.

O programa teve início em meados do século 20, quando o governo mexicano convidou a Fundação Rockefeller, dos EUA, a fazer estudos sobre a fragilidade de sua agricultura. A partir daí, cientistas criaram novas variedades de milho e trigo de alta produtividade, que fizeram o México aumentar de forma vertiginosa sua produção. Essas sementes foram, em seguida, introduzidas e cultivadas em outros países, também com ótimos resultados. "O impacto social da revolução verde, na medida em que ajudou a erradicar a fome no mundo, fez com que Norman Ernest Borlaug, considerado o pai do movimento, ganhasse o Prêmio Nobel da Paz em 1970", diz o engenheiro agrônomo Fábio Faleiros, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Mais tarde, o programa passou a sofrer críticas, que persistem até hoje ."Muitos questionam a sustentabilidade de um projeto baseado em monoculturas e que faz uso em grande escala de fertilizantes, agrotóxicos e insumos de alto custo", afirma Faleiros. Outro ponto negativo são os maus tratos ao meio ambiente decorrentes do avanço das fronteiras agrícolas.

A expressão Revolução Verde foi criada em 1966, em uma conferência em Washington. Porém, o processo de modernização agrícola que desencadeou a Revolução Verde ocorreu no final da década de 1940.

Esse programa surgiu com o propósito de aumentar a produção agrícola através do desenvolvimento de pesquisas em sementes, fertilização do solo e utilização de máquinas no campo que aumentassem a produtividade. Isso se daria através do desenvolvimento de sementes adequadas para tipos específicos de solos e climas, adaptação do solo para o plantio e desenvolvimento de máquinas.

As sementes modificadas e desenvolvidas nos laboratórios possuem alta resistência a diferentes tipos de pragas e doenças, seu plantio, aliado à utilização de agrotóxicos, fertilizantes, implementos agrícolas e máquinas, aumenta significativamente a produção agrícola.

Esse programa foi financiado pelo grupo Rockefeller, sediado em Nova Iorque. Utilizando um discurso ideológico de aumentar a produção de alimentos para acabar com a fome no mundo, o grupo Rockefeller expandiu seu mercado consumidor, fortalecendo a corporação com vendas de verdadeiros pacotes de insumos agrícolas, principalmente para países em desenvolvimento como Índia, Brasil e México.

De fato, houve um aumento considerável na produção de alimentos. No entanto, o problema da fome no mundo não foi solucionado, pois a produção dos alimentos nos países em desenvolvimento é destinada, principalmente, a países ricos industrializados, como Estados Unidos, Japão e Países da União Europeia.

O processo de modernização no campo alterou a estrutura agrária. Pequenos produtores que não conseguiram se adaptar às novas técnicas de produção, não atingiram produtividade suficiente para se manter na atividade, consequentemente, muitos se endividaram devido a empréstimos bancários solicitados para a mecanização das atividades agrícolas, tendo como única forma de pagamento da dívida a venda da propriedade para outros produtores.

A Revolução Verde proporcionou tecnologias que atingem maior eficiência na produção agrícola, entretanto, vários problemas sociais não foram solucionados, como é o caso da fome mundial, além da expulsão do pequeno produtor de sua propriedade.

O desenvolvimento das tecnologias no campo

Tecnologia Agrícola é o principal instrumento para a produção eficiente e rentável: estufas, plásticos, irrigação, substratos, pesticidas, tratores, máquinas, colheitadeiras, etc. Constituem um elemento essencial que fornece as necessidades da agricultura moderna e horticultura. É a aplicação de técnicas para controlar o crescimento e colheita dos produtos de origem animal e vegetal.

No Brasil, a Embrapa dá suporte aos produtores agrícolas para fortalecer a tecnologia. Dando assim, em passo enorme na produção de soja, trigo, milho, arroz e feijão. Nos últimos 20 anos, a produção de grãos no Brasil cresceu 127%. Isto representa um desenvolvimento baseado na sustentabilidade, uma vez que gerou uma economia de 40 milhões de hectares que já não são necessários. O uso de novas tecnologias permitiu também o aumento da produção de gado e cultivo de frutas e legumes no país.

A maior parte dos ganhos veio de crescimento da produtividade rural no Brasil, que começou nos laboratórios da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), fundada em 1973. Para se tornar líder da agricultura tropical no Brasil, a Embrapa tem investido na especialização de seus funcionários. E atualmente conta com cerca de 9 mil funcionários, com grande porcentagem de mestres e doutores.

As pesquisas sobre novas tecnologias para a agricultura são sempre benéficas para os países, como o Brasil, que têm grande parte da economia baseada nesse tipo de produção. E as pesquisas trazem sempre novidades que podem facilitar e agilizar os processos de produção. A Embrapa conta com mais de 40 centros de pesquisa em todo o Brasil, que possuem cerca de 900 pesquisas sendo realizadas simultaneamente.

Na área de cooperação internacional, a Embrapa tem 70 acordos de cooperação técnica com cerca de 50 países. Pois assim, com um país apoiando o outro é muito mais fácil de desenvolver novas tecnologias para a agricultura, que irão beneficiar todos os países envolvidos nas pesquisas.

O Brasil e, especialmente a Embrapa, tem uma rede de 41 centros de pesquisa, e também tem tido grandes avanços em biotecnologia, o que permite reduzir o uso de pesticidas e fertilizantes, e a melhorar a resistência de sementes contra secas e pragas.

É inevitável não mencionar assuntos relacionados à agricultura e não falar sobre a mecanização, que se destaca como novo método no setor. Essa mecanização que surgiu já a mais de 100 anos está hoje totalmente crescente no mercado das grandes máquinas agrícolas.

Toda a evolução das máquinas vem desde o arado de aço puxado por cavalos no século passado até a criação de máquinas compostas por programas computadorizados.

Acredita-se que a produção agrícola se desenvolveu também juntamente com as novas técnicas de plantações, as estufas artificiais, os fertilizantes nitrogenados, exemplos que originaram todo o incentivo as descoberta posteriores.

Pessoas que não estão no meio agrícola perguntam o porquê dessa enorme