SERGIPE
Trabalho Escolar: SERGIPE. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: augustobritto • 31/3/2014 • 3.743 Palavras (15 Páginas) • 1.105 Visualizações
Menor estado do Brasil, Sergipe é também um dos maiores produtores e exportadores de petróleo e de laranja do país. O litoral do estado, com paisagens naturais intocadas, e as cidades históricas tombadas pelo patrimônio são importante pólo de atração turística da região Nordeste.
O estado de Sergipe (em tupi, "rio dos siris") ocupa uma superfície de 22.050km2. Limita-se a leste com o oceano Atlântico, ao norte com Alagoas e a oeste e ao sul com a Bahia. A costa sergipana se estende por 163km, da foz do rio São Francisco até à do rio Real. Sua capital é Aracaju.
Geografia física
Relevo. Sergipe tem relevo baixo e regular: cerca de 86% do território está abaixo de 300m de altitude. Três unidades compõem o quadro morfológico: os tabuleiros sedimentares, o pediplano e a planície aluvial do São Francisco. Os tabuleiros sedimentares são um conjunto de baixas elevações, com forma de mesa, separadas por vales de fundo chato, onde se desenvolvem amplas várzeas. Ao contrário dos demais estados nordestinos situados ao norte, a faixa dos tabuleiros, em Sergipe, estende-se até o centro do estado. O pediplano domina toda a porção ocidental do estado, com uma topografia regular ou ligeiramente ondulada, em meio à qual despontam picos isolados (inselbergs). A planície aluvial do São Francisco estende-se ao longo da divisa com Alagoas e termina, no litoral, em grande formação deltaica.
Clima. Registram-se em Sergipe dois tipos climáticos: o clima quente e úmido com chuvas de outono-inverno (As') e o clima semi-árido quente (BSh). O primeiro domina a parte oriental do estado, com temperatura média anual de 20°C e pluviosidade superior a 1.400mm anuais. O clima BSh caracteriza todo o interior de Sergipe, com temperaturas igualmente elevadas e pluviosidade bastante reduzida (800mm anuais).
Vegetação. A cobertura vegetal, hoje grandemente modificada pela ação do homem, compreende a floresta tropical, o agreste e a caatinga. A floresta tropical revestia a fachada oriental, à qual emprestou o nome de zona da mata. O agreste, vegetação florestal de transição para um clima mais seco, recobre o centro do estado. A caatinga desenvolve-se na porção ocidental.
Hidrografia. Os rios do território sergipano pertencem a duas bacias hidrográficas: a do São Francisco e a do Nordeste. Só a primeira apresenta bom potencial hidráulico. A segunda é formada por rios de baixada, dos quais os quatro principais são o rio Real, o Piauí, o Vaza-Barris, que banha a capital, e o Sergipe. Todos desembocam no oceano Atlântico em amplos estuários e permitem a navegação a embarcações de pequeno calado.
População
Os habitantes do estado se concentram na zona da mata e no agreste. Mais de metade da população vive em centros urbanos. Além da capital, as maiores cidades são Lagarto, Itabaiana, Estância, São Cristóvão, Tobias Barreto, Simão Dias e Propriá. O território estadual está no limite das zonas de influência das cidades de Salvador e Recife. Aracaju, além de capital político-administrativa, é o centro econômico do estado. Sua ação se faz sentir em toda a área estadual.
Economia
Agricultura e pecuária. Os principais produtos agrícolas do estado são a laranja, cultura de exportação própria do agreste; a cana-de-açúcar, cultivada tradicionalmente na zona da mata; a mandioca, que, cultivada sobretudo no agreste, embora apareça dispersa em outras regiões, se destina ao consumo local das populações rurais; e o coco-da-baía, de que Sergipe é um dos maiores produtores nacionais. São importantes ainda as culturas de feijão e milho e, em menor escala, as de arroz, algodão arbóreo (principal produto do sertão) e fumo.
Para enfrentar o problema da seca, o governo investiu no desenvolvimento das pequenas propriedades rurais, que têm papel fundamental na produção de alimentos, e implantou sistemas conjugados de adutoras, barragens, açudes, poços, cacimbas e cisternas, além de difundir culturas, lavouras e animais resistentes à seca. O rebanho estadual tem aumentado bastante. Contribui para esse desenvolvimento a existência de um moderno frigorífico na capital. A pecuária tem-se ampliado tanto no agreste como nos vales do litoral e nas áreas sertanejas.
Indústria e mineração. A atividade industrial concentra-se em Aracaju (produtos alimentícios, têxteis e beneficiamento de produtos agrícolas). Além da capital, a indústria se faz presente ainda em Estância e São Cristóvão, centros têxteis. Uma fábrica de cimento em Aracaju supre o consumo estadual. Entre as indústrias do setor alimentar, destaca-se a produção de leite de coco e raspas de coco em conserva.
O desenvolvimento de Sergipe foi estimulado pela implantação, a partir da década de 1960, do Distrito Industrial de Aracaju, numa área ligada às principais rodovias. O estado está entre os maiores produtores de petróleo do país. A exploração se faz tanto no continente (campos de Carmópolis, Siririzinho, Riachuelo e outros) como na plataforma continental. Desde 1985, opera no estado a primeira mina de potássio do país. Sergipe conta também com grandes reservas de magnésio, sal-gema e enxofre.
O Pólo Cloroquímico do estado integra as diversas unidades industriais de processamento de matérias-primas minerais, como as reservas de petróleo, gás, potássio, granito, halita, silvinita, carnalita, calcário e enxofre.
Energia e transportes. A energia elétrica é fornecida por termelétricas e hidrelétricas e pela usina de Paulo Afonso, situada no estado da Bahia. Com a inauguração da hidrelétrica de Xingó, na divisa com Alagoas, Sergipe passou a ter maior disponibilidade de energia.
A principal rodovia pavimentada de Sergipe é a BR-101, que corta o território do estado de norte a sul. A estrada de ferro segue traçado aproximado. Ambas cruzam o rio São Francisco pela ponte rodoferroviária que liga Propriá a Porto Real do Colégio, em Alagoas. Em 1986, foi inaugurada a rodovia Juscelino Kubitschek, que atravessa toda a zona semi-árida do estado, ligando Monte Alegre a Canindé do São Francisco. Oito anos depois foi aberta a estrada das Dunas, ou estrada do Coco, rodovia que corta o litoral sul de Sergipe e percorre um verdadeiro paraíso de dunas, coqueirais, lagoas, rios, manguezais e mar.
O porto de Sergipe, um terminal off-shore de propriedade do estado, faz articulação com o Pólo Cloroquímico, a zona de processamento de exportações e os grandes projetos de irrigação, e opera com cargas gerais, além de ser uma peça-chave para expandir
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