Teoria e Métodos em Geografia
Por: yjuiklodsdfrtrr • 10/9/2015 • Bibliografia • 877 Palavras (4 Páginas) • 262 Visualizações
Conhecida pelos traços barrocos de sua arquitetura impar, a cidade de Goiás – na semana do
seu aniversário - recebe tradicionalmente os Poderes do Estado tornando-se capital simbólica
de Goiás.
A instalação do município de Vila Boa de Goiás aconteceu há 273 anos, em julho de 1739. Mas
bem antes, ainda no século XVII, a então localidade presenciava a atuação de Bartolomeu
Bueno da Silva que ostentava, com o truque da aguardente e um script nada original, o poder
de incinerar a própria água. Bartolomeu recebeu o nome de Anhanguera (diabo velho) e em
troca regressou com ouro e boa quantidade de índios aprisionados. Os índios Guaiases, ou
Goiás, foram gradativamente desaparecendo e em 1744 o município se tornou capital de
Goiás, condição que se prolongou por quase 200 anos.
Este breve ensaio textual tem por finalidade alcançar a atual configuração sócio-demográfica
da cidade de Goiás.
Frente aos dados do Censo Demográfico de 2010 do IBGE, verifica-se para a antiga Vila Boa o
contingente de 24.727 moradores. As mulheres representam 50,43% e os homens 49,57% do
total. Dos 8.571 domicílios 75,69% estão nos limites urbanos e o restante - 24,31% - estão nas
zonas rurais do município que possui 3.108,018 km² de área territorial.
Menos de 70% dos habitantes da cidade de Goiás são vilaboense. Estados como Minas Gerais,
Bahia, São Paulo e Maranhão são as unidades federativas que detém respectivamente maior
número de migrantes na antiga capital.
Atualmente, os indígenas são representados por 159 moradores da cidade, o que representa
0,64% do total populacional. Os que se declararam como pardos compõem o maior grupo com
12.347 habitantes (49,93%) seguidos de brancos com 36,42%, pretos (10,99%) e amarelos
(2,01%).
Cenários Socioeconômicos de Goiás Nº 05/12
Julho/2012
De acordo com os dados do IBGE, o percentual de pessoas que não sabem ler e escrever é de
12,56%. Quanto à condição de atividade na semana de referência 56,96% do público alvo se
declarou como economicamente ativo e 43,04% se reafirmaram na condição de não
economicamente ativo.
Fonte: IBGE
Elaboração: Segplan-GO/IMB/Gerência de Estudos Socioeconômicos e Especiais – 2012.
Ainda de acordo com o Censo 2010, a população vilaboense é predominantemente solteira
(48,04%). Os casados aparecem com 41,34%, os viúvos com 5,28%, os divorciados com 3,66% e
os desquitados ou separados judicialmente com 1,68%.
Fonte: IBGE
Elaboração: Segplan-GO/IMB/Gerência de Estudos Socioeconômicos e Especiais – 2012.
Gráfico 1 - População na cidade de Goiás por Cor ou Raça - 2010
36%
2% 11%
50%
1%
Branca
Preta
Amarela
Parda
Indígena
Gráfico 2 - População por nível de instrução - Cidade de Goiás -
2010
-
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
14.000
16.000
18.000
Sem instrução ou
fundamental
incompleto
Fundamental
completo ou
médio incompleto
Médio completo
ou superior
incompleto
Superior completo Não determinado
Cenários Socioeconômicos de Goiás Nº 05/12
Julho/2012
O nível de instrução dos moradores da cidade de Goiás é baixo. Mais de 62% dos habitantes
são enquadrados como sem instrução ou com o ensino fundamental incompleto. Com o ensino
fundamental completo ou médio incompleto o percentual cai para 11,94%. Os habitantes que
possuem o ensino Médio completo ou superior incompleto perfazem 17,70% e apenas 7,15%
da população possui ensino Superior.
Há ainda em Goiás campi das maiores faculdades de Goiás (Universidade Federal de Goiás e
Universidade Estadual de Goiás). Mas com a utilização dos microdados do IBGE foi possível
verificar que há muitos estudantes não vilaboense estudando nas faculdades públicas em
Goiás, este percentual chega a 30% do total de universitários destas instituições.
A distribuição populacional por grupos etários evidencia um grande grupos de idosos na cidade
de Goiás. O grupo com idade igual ou superior a 60 anos equivale a 13,70% da população
enquanto o total de crianças com até 5 anos de idade não alcança sequer a casa dos 7%.
O tipo de moradia predominante na cidade de Goiás são as casas com 97,05% das espécies. O
segundo tipo de moradia mais comum na cidade são os asilos e orfanatos que respondem por
pouco mais de 1%.
A questão sanitária na cidade de Goiás, apontada por muitos historiadores e políticos como
uma das causas da transferência da capital para Goiânia, ainda merece atenção: apenas
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