A America pré Colombiana
Por: joaovitorrocha10 • 20/6/2018 • Seminário • 882 Palavras (4 Páginas) • 269 Visualizações
1) Ao se pesquisar sobre os povos na America pré colombiana podemos citar a arqueologia e seus desafios em determinar como foi o inicio da estada do homem nesta região. Em “O povoamento da America vista do Brasil: Uma perspectiva crítica” o autor Andre Prous escreve sobre os diversos problemas com as pesquisas de restos materiais e restos mortais fossilizados deixados pelos primeiros habitantes da America.
O clima quente e úmido presente na maior parte dos países das Américas (exceções Canadá e parte dos EUA) prejudica o trabalho arqueológico, devido a um aceleramento na decomposição dos corpos e desgaste de objetos e estruturas devido as chuvas.
O numero de pessoas vindas para o continente no principio era muito pequena e em grupos esparsos combinado com seu uso de ferramentas feitas exclusivamente de madeira devido a sua abundância no território, diminuíram a formação de sítios arqueológicos que datassem deste período de ocupação inicial.
Existem problemas em confirmar a veracidade de objetos encontrados em escavações principalmente tratando-se de pedras lascadas como pontas de flecha ou ferramentas afiadas e pedaços de ossos com marcas ou quebrados que eram usados como espécie de ferramenta, estes objetos poderiam ter passado por mãos humanas ou não, pois as pedras podem ser lascadas quando pressionadas umas às outras com um caminhar de um animal grande e estes ossos muitas vezes tem marcas devido as presas e garras de predadores e não devido a ação humana.
Mais a frente no tempo quando estes grupos já haviam formado civilizações, alguns destes desenvolvem formas de contar acontecimentos, historias ou marcar datas destacando os Maias que criaram os glifos, escrita pouco traduzida devido a sua grande complexidade já que o mesmo glifo pode significar mais de um som, o uso dessa escrita era permitido apenas dentro da elite por ser considerado um presente divino, destaca-se também os Zapotecas que possuíam um calendário solar com dias reservados a profecias e eventos religiosos únicos e os Nauas com os códices que são trabalhados nos capítulos 5 e 6 de “El México antiguo” de Miguel Pastrana.
Os códices Naua são um sistema de registro gráfico onde um conjunto de imagens iriam constituir uma história, os sacerdotes faziam muito uso destes códices assim como outros cidadãos de status social elevado na sociedade, estes documentos possuem diversos assuntos o códice Borbónico por exemplo possui informações sobre rituais e o códice Albin conta a suposta história deste povo ou seu conto de origem desde a saída de Aztlan para a terra prometida até o período colonial. O povo Naua não possuía apenas os códices também faziam uso da oralidade para transmitir suas histórias, este necessitava de memória e da passagem da mensagem ou história entre as gerações, a tradição oral era muito usada nas escolas de sacerdócio por e entre os idosos.
Após a conquista espanhola surgiu um interesse por estes códices e suas informações tanto pelos colonos como pelos nativos, os padres pensavam em traduzi-los a fim de entender mais sobre a religião dos Nauas e seus costumes afim de catequiza-los, os civis entender sua cobrança de impostos e governo e os nativos queriam se reconectar com suas linhagens e origens.
A tradução destes códigos e feita por uma série de estudiosos muitos deles mestiços como Domingo de San Antón Munón Chimalpahin e Fernando de Alva Ixtlilxóchitl que traduziam coleções de códices revelando finalmente os seus conteúdos para os estudiosos da época.
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