A Crise dos anos 20 e a revolução de 1930
Por: Vitor Alves • 28/6/2018 • Trabalho acadêmico • 1.593 Palavras (7 Páginas) • 282 Visualizações
A crise política que surge a Primeira Republica, após a Primeira Guerra Mundial, se revela em dois aspectos: no descontentamento de um grupo funciona, o Exército, e na crescente insatisfação da população urbana, de algum modo associado à classe média, que o sistema não absorve.
Um indicio claro da maior participação política da população urbana foi a eleição de 1919, realiza excecionalmente, em virtude da morte do Presidente eleito Rodrigue Alves. Rui Barbosa, candidato derrotado em 1910 e 1914, apresentou-se à eleição para realizar um protesto, sem o apoio de qualquer máquina eleitoral. (...) não contendo com as oligarquias estaduais, Rui apresentou um programa moderadamente reformista, propondo uma legislação operaria e maior autoridade para o governo Federal.
(...) nítidos da crise- o descontentamento militar- que aparece entrelaçado até a primeira revolta tenentista (julho de 1922) com o agravamento das tensões regionais. Para isto, convém retomar uma análise de ação política do Exército, desde o fim da presidência de Floriano Peixoto.
A renúncia de Floriano em apresentar um candidato á sucessão representou o triunfo dos grande Estados e o provisório afastamento da cúpula do exército da vida política nacional.
(...) o exército só reapareceu como força dotada de certa coesão na campanha presidencial de 1909.
É importante assinalar aqui a aproximação entre os militares e a elite política do Rio Grande do Sul. (...) A saída dos primeiros, como grupo, da área política para a regional. Entre 1894 e 1910, os gaúchos estiveram ausentes da administração federal e ai reapareceram juntamente com os militares.
Rio grande do Sul (...) concentrava os maiores efetivos do Exército, variando entre um terço e quarto dos efetivos nacionais.
(...) da revolução federalista, por exemplo nasceram os laços de vários Oficiais com o Partido Republicano Rio- Grendense.
(...) o Rio Grande constituía o centro mais articulado de temperada oposição ao núcleo agrário- exportador, pelo qual o exército tinha pouca simpatia e com o qual mantinha escassas vinculações. (...) o produto era consumido principalmente pelas classes populares do Nordeste e do distrito Federal. (...). Comentado [ѵs1]: Uma política financeira conservadora foi sempre bem vista pelos militares, não só dos quadros mais elevados; as rebeliões tenentistas apontaram a inflação e
o desequilíbrio orçamentário como males tão graves a fraude e as desigualdades regionais.
Rui Barbosa, lançado por São Paulo e pela Bahia, procurou atrair o voto das populações urbanas. Defendeu os princípios democráticos e o voto secreto.
Foi Rui Barbosa que deu a campanha de 1909-1910 o tom de reação a intervenção do Exército na política, com ataques contra os Oficiais e a
contraposição da milícia do Exército, como modelo militar. (...) sua campanha se apresentou ideologicamente como a luta de inteligência pelas liberdades públicas, pela cultura, pelas tradições liberais, contra o Brasil inculto, oligárquico e autoritário. A vitória de Hermes produziu desilusões na restrita intelectualidade do tempo.
(..) governo Hermes houve três cetros de decisões: as oligarquias civis de Minas e especialmente a do Rio Grande do Sul, está sob o comando de Pinheiro Machado; o próprio Presidente, inclinado a uma subordinação ás oligarquias; um grupo de militares e alguns civis, dispostos a realizar alterações no controle do poder nos Estados.
A salvacionista eram grupos buscavam principalmente a moralização dos costumes políticos e a redução dos aspectos mais chocante das desigualdades sociais, sem pretender realizar reformas fundamentais no regime de propriedades.
(...) os militares tentaram assumir o controle do Rio Grande do Sul, com a candidatura ao Governo do Estado do novo ministro da Guerra de Hermes, o General Mena Barreto.
(...) a política econômica realizava em favor dos grandes Estados nunca foi abandonada e a sucessão de 1914 se realizou tranquilamente, com a restauração da aliança café com leite, em torno de Wenceslau Braz.
A segunda eleição competitiva da Republica 1922 demostrou o agravamento das tensões regionais da classe dominante e foi a única em qe um confronto entre os dois grandes Estados e os Estados intermediários se colocou claramente na disputa sucessória.
O eixo São Paulo, lançou com candidato o presente mineiro Artur Bernardes, contra o Rio Grande do Sul, através de Borges de Medeiros (...).
Uniram-se ao Rio Grande do Sul a Bahia, Pernambuco, Estado do Rio – 3º, 4º, 5º e 6º Estados em importância eleitoral – formando a “ reação republicana“ que apresentou o nome de Nilo Peçanha.
(...) Bernardes triunfou nas eleições de marco de 1922, ficando apenas a confirmação do resultado na dependência do congresso. Do ponto de vista das classes dominantes regionais, o momento da vitória de um dos candidatos marcava para os vencidos a necessidade de chegar a um acordo, fim de se preservar o sistema. No ano de 1922, a regra foi quebrada.
O tenentismo produziu uma inflexão na vida política brasileira e deixou uma influência persistente, após ter desaparecido de cena em 1934 com o movimento organizado.
O tenentismo deixou marcas mais profundas no interior da esquerda brasileira do quem em áreas conservadoras. (...) na consciência conservadora militar, o Tenentismo permaneceu como marco inicial de um ciclo purificador, que se inicia em 1922 e se completa em 1964/ 1968.
É possível estabelecer, no exame do movimento tenentista, uma linha de desenvolvimento, onde há um corte e e uma inflexão. O corte se dá com a ruptura de Luis Carlos Prestes em maio de 1930, e a inflexão, após a revolução de outubro daquele ano.
O ataque á oligarquia paulista abria a possiblidade de um entendimento entre os tenentes e as oligarquias estaduais.
Bernardes governou em meio a uma situação difícil (...) extremamente impopular nas áreas urbanas, especialmente no Rio de Janeiro, lançou- se nestas áreas a uma dura repressão policial, para os padrões da época.
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