A Historia do Brasil
Por: lilianeafreitas • 8/5/2019 • Trabalho acadêmico • 2.329 Palavras (10 Páginas) • 214 Visualizações
ESCOLA ESTADUAL “ALBERTO AZEVEDO”
VITÓRIA MARIA GUILHERMINDA COSTA AMARAL
A CANA DE AÇÚCAR NO BRASIL COLONIAL E ATUAL
INHAPIM – MG
2018
ESCOLA ESTADUAL “ALBERTO AZEVEDO”
VITÓRIA MARIA GUILHERMINDA COSTA AMARAL
A CANA DE AÇÚCAR NO BRASIL COLONIAL E ATUAL
Trabalho apresentado a Professora Maria Aparecida da Silva Ribeiro da disciplina de História do 2º ano B.
INHAPIM – MG
2018
1. POR QUE OS PORTUGUESES RESOLVERAM PLANTAR CANA-DE-AÇÚCAR NO BRASIL?
Apesar do lucro com o pau-brasil, os portugueses passaram a ter a necessidade de explorar algum tipo de riqueza que fosse mais lucrativa. Sem encontrar ouro por aqui, a administração portuguesa optou pelo início da formação de lavouras de cana-de-açúcar na região do litoral brasileiro. A primeira razão de terem escolhido a cana-de-açúcar se deve ao fato de os portugueses já dominarem as técnicas de plantio da cana-de-açúcar. Esse tipo de atividade era realizado nas ilhas atlânticas de Madeira e Açores, que também eram colonizadas por Portugal. Além disso, o açúcar era um produto de grande aceitação na Europa e oferecia grande lucro. Por fim, também devemos destacar o clima e o solo brasileiro como dois fatores naturais que favoreciam esse tipo de atividade.
2. CITE LOCAIS ONDE FOI PRODUZIDO O AÇÚCAR NO BRASIL COLONIAL E NO BRASIL ATUAL, ONDE É PRODUZIDO?
As primeiras lavouras apareceram nas regiões litorâneas e logo se desenvolveram com destaque nas capitanias de São Vicente e Pernambuco. Na região de São Vicente, a cana não deu bons resultados. Percebeu-se logo que a terra daquela região não era boa para esse tipo de produto. Por isso, os colonos portugueses foram tentando o cultivo de cana em outros lugares do litoral. E encontraram uma região excelente: o Nordeste. Especialmente numa faixa de terra perto do litoral, que chamamos de Zona da Mata.
A mata foi sendo derrubada. No seu lugar formavam-se canaviais, engenhos de açúcar, vilas, cidades. A Mata Atlântica forneceu madeira para montar os engenhos de açúcar e lenha para alimentar o fogo dos tachos e caldeiras que faziam o açúcar e a cachaça. A cana se adaptou bem na Zona da Mara nordestina, por causa dos solos próprios para a cultura da cana, formados de massapé, uma terra de cor escura e muito fértil, e por causa do clima favorável (quente e úmido com chuvas regulares). O Nordeste se tornou a principal região açucareira do Brasil, especialmente Pernambuco, Bahia, Paraíba e Alagoas. O açúcar se tornou a principal riqueza do Brasil colonial e os donos ou “senhores de engenho” se tornaram pessoas ricas e poderosas.
Atualmente, o Brasil, que possui uma longa relação com a cana desde a época colonial, transformou-se no maior produtor e exportador de açúcar do mundo, com os menores custos de produção, em consequência do uso de tecnologia e gestão de vanguarda. Metade da produção brasileira é exportada, o que gerou, no ano 2006, 6,1 bilhões de dólares dos Estados Unidos para a balança comercial. Exporta-se açúcar branco (refinado), cristal e demerara; há pelo menos cinco anos, a Rússia é o maior cliente do Brasil. A cana ocupa mais da metade das lavouras do estado de São Paulo (excluídas as pastagens), onde se fabrica quase dois terços de todo o açúcar brasileiro, sendo esse estado responsável por 70% das exportações brasileiras. Consomem-se, a cada ano, no Brasil, 52 quilogramas de açúcar per capita (a média mundial é de 22 quilogramas), utilizando a cana plantada em cerca de 9 milhões de hectares de terra.
3. QUAL A MÃO DE OBRA USADA NA PRODUÇÃO AÇUCAREIRA NO BRASIL COLONIAL E ATUAL. POR QUE A MUDANÇA DE MÃO DE OBRA?
A formação das grandes lavouras exigia a disponibilidade de um grande número de trabalhadores. Em Portugal seria impossível encontrar toda essa mão de obra, já que o país tinha uma população insuficiente para atender essa necessidade. Foi então que as lavouras exigiram o uso da mão de obra dos indígenas ou dos africanos. Em ambos os casos, querendo lucrar ao máximo, os portugueses utilizaram a mão de obra desses dois grupos humanos por meio do trabalho escravo, pois era a mais barata, já que o Senhor de Engenho não precisava pagar pelos serviços prestados pelo escravo. Além disso, o Brasil recebia um número altíssimo de escravos vindos da África. Isso facilitava a compra dos mesmos.
A colheita de cana-de-açúcar no Brasil não começou tal qual atualmente é realizada. De fato, iniciaram-se com o corte manual, queimadas, e apenas o carregamento era mecânico. Nas décadas de 1950 e 1960, começaram as melhorias no corte mecanizado com a importação das primeiras máquinas vindas da Austrália, mas tais máquinas ainda exigiam a queimada da cana-de-açúcar. Na época, esse procedimento não era visto como um problema, ainda sem a preocupação ambiental de hoje.
A primeira experimentação de corte de cana-de-açúcar mecanizado foi realizada em 1956, com um equipamento importado. Em São Paulo, a colheita mecanizada teve início em 1973, com a utilização da tecnologia importada, bem como da de fabricação nacional. O processo de mecanização no cultivo canavieiro se tornou mais acentuado com a implantação do Proálcool, em 1975.
Com a evolução das colhedoras em relação à potência e, sobretudo, com as maiores restrições impostas pelo Protocolo Agro Ambiental celebrado, em 2007, entre as usinas paulistas e o governo de São Paulo, o setor passou a buscar integralmente a colheita da cana crua, ou seja, foram eliminadas as técnicas de queimada.
4. CITE LOCAIS E COMO O AÇÚCAR ERA EXPORTADO NA ÉPOCA DO BRASIL COLONIAL:
A Holanda era uma das maiores potências econômicas da Europa. Um dos negócios mais lucrativos da burguesia holandesa tinha a ver com o açúcar do Brasil, já que os lucros indiretos da Holanda com o açúcar brasileiro não paravam aí. Em várias ocasiões, os comerciantes portugueses contrataram companhias de navegação holandesas para transportar o açúcar do Brasil até Lisboa. Grande parte do açúcar saía do Brasil em estado bruto para ser refinado (até ficar branco e fininho) em Amsterdã. Naqueles tempos de mercantilismo, os burgueses holandeses monopolizavam (controlavam com exclusividade) muitas rotas de comércio de açúcar entre os países europeus. Por isso os comerciantes portugueses tinham de vender seu açúcar diretamente aos holandeses. Depois, os holandeses revendiam o açúcar pelo resto da Europa.
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