A Importância do interdisciplinar na Educação: Mitologia Africana
Por: Pablo Lobo • 14/3/2016 • Artigo • 1.799 Palavras (8 Páginas) • 282 Visualizações
A Importância do interdisciplinar na Educação
RIBEIRO, Pablo Lobo1
RESUMO
Este artigo expressa, primeiramente, a importância de construir outro olhar sobre a historia do Brasil, remetente a importância do ensino interdisciplinar. Em 2003 a lei tornou obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira nos estabelecimentos públicos e particulares do ensino fundamental e do médio. Cinco anos depois foi modificada pela lei 11.645/08, incluindo a temática indígena. O segundo ponto expressa a dificuldade de estabelecer e vigorar está lei na escola, focando em metologias de ensino e resultados alcançados durante o período no campo interdisciplinar, dando uma ênfase maior aos alunos e seus interesses sobre o assunto.
Palavras-chave: Temática; Interdisciplinar ; Afro-brasileiro; Indígena
1 Graduando do Curso de Letras/Inglês do Centro Universitário são Camilo-ES, pablo_lobo.pl@hotmail.com
- INTRODUÇÃO
O fundamento base de reflexão do interdisciplinar nas escola tem como principio a igualdade.
A lei deixa nítida a obrigatoriedade do ensino de conteúdos sobre matriz negra africana na constituição da nossa sociedade no âmbito de todo o currículo escolar, e sugere as áreas de História, Literatura e Educação Artística como áreas especiais para o tratamento desse conteúdo, tanto no Ensino Fundamental como no Ensino Médio. (MEC, 1996, p.01)
Tendo em vista a pouca liberdade de se trabalhar essas questões “polemicas” no interdisciplinar pois diretos juntamente com pedagogos privilegiam o “ensino discreto” para alunos que vivem dentro do vidro metafórico que induzimos eles a colocarem , então quando falamos de cultura africana e indígena sempre irá existir “privacidade de conhecimento” nas escolas.
Quando pautamos o interdisciplinar abrangemos uma grande área social, hoje podemos dizer até que é umas das principais e que tem um maior foco civilizatório, pois abordamos temas como cotas sociais, alguns utilitários de cotas concordam com está lei, entretanto, outros não. O maior engajamento das pessoas que são contra essa lei é pela apelatividade que de forma indireta seria um preconceito, visto que nomeia os usuários cotistas de “incapazes” segundo eles. As cotas fazem com que um negro pobre tenha um privilégio frente a um branco de mesmo nível social.(LIMA, 2014).
2. METODOLOGIA
A proposta metodológica neste artigo é baseada no ensino do interdisciplinar nas escolas.
A docência efetiva responsável pela didática das culturas é divida por bolsistas graduantes em licenciatura independente da área especifica, bolsistas esses que trouxeram o conhecimento de forma criativa através de projetos, eventos e oficinas, algumas escolas, onde exige uma grande interação entre aluno e professor facilitando o aprendizado.
3.DESENVOLVIMENTO
3.1 ABSORÇÃO CULTURAL
Para maior entendimentos e cooperação entre os alunos no termo de conscientização da cultura e do ensino que não é somente para negros, pois estamos em meio a diversidade cultural. A cultura africana e indígena se destaca pelo fator preconceituoso que sofre pelos opressores. “Contendo então o conhecimento exposto nas escola, a problemática devera diminuir, valorizando assim sua estima perante a sociedade.”(MEC,1996,p.01).
Um dos princípios que devem orientar os temas, os projetos e as atividades pedagógicas em relação à questão do negro na escola é a desconstrução do preconceito racial e a reafirmação de uma auto-estima positiva da população negra e mestiça. Ensinar e aprender sobre e na diversidade, propor situações de aprendizagem que sejam desafiadoras e que tragam novos conhecimentos são cuidados que se deve ter quando o que se estuda vem carregado de imagens e crenças baseadas no preconceito e na discriminação. (MEC, 1996, p.01)
“O papel principal não é privado somente a escola, pois afeta toda área social, tornando de suma importância sua didática”,(MEC, 1996, p.01). Tornando a igualdade como sua “bandeira” , mostrando o seu maior efeito que é o combate ao racismo.
O parecer procura oferecer uma resposta, entre outras, na área da educação, à demanda da população afro descendente, no sentido de políticas de ações afirmativas, isto é, de políticas de reparações, e de reconhecimento e valorização de sua história, cultura, identidade. Trata-se, ele, de política curricular, fundada em dimensões históricas, sociais, antropológicas oriundas da realidade brasileira, e busca combater o racismo e as discriminações que atingem particularmente os negros. (SEED, 2005, p.18)
“Outro maior aspecto do interdisciplinar é mostrar para a sociedade os valores dessas culturas que foram esquecidos ou deixados de lado”(SEED,2005, p20). Tendo como maior recompensa o orgulho do negro ou indígena se reconhecer como tais.
Pedagogias de combate ao racismo e a discriminação elaboradas com objetivo de educação étnico/raciais positivas têm como objetivo fortalecer entre os negros e despertar entre os brancos a consciência negra. Entre os negros, poderão oferecer conhecimentos e segurança para orgulharem-se da sua origem africana; para os brancos, poderão permitir que identifiquem as influências, a contribuição a participação e a importância da história e da cultura dos negros no seu jeito de ser,viver, se relacionar com as outras pessoas, notadamente as negras. (GONÇALVES E SILVA, 2004, p.68 apud SEED, 2006, p.68).
- COMPREENSÃO DA LEI
A limitação imposta sobre os docentes da área é sem duvidas a grande dificuldade encontrada, as vezes uma idéia brilhante se torna somente uma idéia, com base na efetivação da Lei, todos os professores, sejam negros ou brancos, devem conhecer e estar dispostos a buscar cursos de aperfeiçoamento e materiais que tratam a respeito do assunto, pois essa Lei não é só para os negros, e sim para toda a população que compõem o Brasil.
A história narrada nas escolas é branca, a inteligência e a beleza mostradas pela mídia também o são. Os fatos são apresentados por todos na sociedade como se houvesse uma preponderância absoluta, uma supremacia definitiva dos brancos sobre os negros. Assim o que se mostra é que o lado bom da vida não é nem pode ser negro. Aliás, a palavra negro, além de designar o indivíduo deste grupo étnico racial, pode significar sujo, lúgubre, funesto, sinistro, maldito, perverso, triste,nefando, etc. (SANTOS, SD. p.22 apud SEED, 2006, p.22)
...