A Linha do Tempo Feminina

1. Introdução

        Atualmente, apesar da constante evolução da sociedade, alguns problemas sociais ainda persistem de forma ativa. Grande parte deles relaciona-se diretamente com o sexo feminino. As estatísticas relacionadas a estupros, violência doméstica, casamento infantil e a discriminação dentro das doutrinas religiosas e políticas na sociedade são alarmantes.

        Segundo dados fornecidos pela Central de Atendimento à Mulher, em 2015, milhares de mulheres brasileiras sofreram agressões físicas e verbais de forma repetida: 38,72% das mulheres em situação de violência sofrem agressões diariamente, para 33,86%, a agressão é semanal.

        A fim de combater este agravante problema social, a República brasileira instituiu a Lei Maria da Penha de número 11.340/06, que assegura que toda e qualquer mulher deve receber auxílio quando agredida. A lei criou mecanismos para reprimir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do artigo duzentos e vinte e seis da Constituição Federal, que visa prevenir, punir e erradicar a violência contra o sexo feminino.

        Entretanto, apesar das limitações e da intolerância que a mulher sofreu e permanece sofrendo, o chamado “sexo frágil” (que já não é tão frágil como alegam), conseguiu evoluir e se desenvolver dentro da sociedade, e hoje ocupa lugares de prestígio, que em tempos passados estariam restritos no que diz respeito à sua ocupação.

2. Objetivos

2.1 Objetivo Geral

        Divulgar as divergentes facetas do cotidiano feminino perante a sociedade.

2.2 Objetivos Específicos

Enfatizar a restrição da mulher nas diversas atividades sociais realizadas diariamente;

        Expor os diversos papéis que o sexo feminino ostenta, dentro das religiões da região oriental do mundo;

        Evidenciar o preconceito sofrido pelas mulheres, causado pela ingerência de algumas doutrinas religiosas e políticas;

        Demonstrar a maturidade precoce inserida em crianças pelo matrimônio;

        Relatar dados informativos sobre a Lei Maria da Penha;

        Apresentar a pressão psicológica imposta sobre a mulher durante as etapas de sua vida;

        Exibir a evolução do sexo feminino no meio profissional;

        Revelar a relação da mulher com a estética.

3. Revisão de Literatura

        3. 1 Linha do Tempo Feminina

         O sexo feminino passou por intensas metamorfoses ao longo da história, e dentro de cada simples período podem-se destacar figuras femininas que foram (e são) importantíssimas para a sociedade.

        Profere-se de mulheres que revolucionaram o mundo, que demonstraram sua capacidade e talento, e  que inúmeras vezes quebraram os paradigmas sociais de que “a mulher é sexo frágil”.

        Abaixo, encontram-se algumas das maiores personagens femininas da história mundial.

        Rainha Vitória (1837 - 1901) – Embora com poucos poderes políticos, a rainha do Reino Unido se tornou um exemplo nacional da moral, dos bons valores e costumes. Conquistou um reinado de 63 anos e sete meses, o qual foi o segundo mais longo da história do Reino Unido e ficou conhecido como a “Era Vitoriana”.

Anita Garibaldi (1821-1849) –  Foi a "Heroína dos Dois Mundos". Recebeu esse título por ter participado no Brasil e na Itália, ao lado de seu marido Giuseppe Garibaldi, de diversas batalhas. Lutou na Revolução Farroupilha (Guerra dos Farrapos), na Batalha dos Curitibanos e na Batalha de Gianicolo, na Itália.

        Marie Curie  (1867 - 1934) – Foi a primeira mulher a receber o prêmio Nobel de Física. Também foi importante na descoberta de dois elementos químicos: Polônio e Rádio.

        Amelia Earhart (1897 – 1939) –  Primeira mulher a voar o Oceano Atlântico.

        Anne Frank (1929 - 1945) – Jovem judia vítima do nazismo. Morreu no campo de concentração de Bergen-Belsen, na Alemanha, deixando escrito um diário, que foi publicado por seu pai, sobrevivente do campo de concentração de Auschwitz.

        Erika (1956) – Húngara de 15 anos que lutou contra a União Soviética.

         Annie Lumpkins (1961) – Ativista pelo voto feminino nos Estados Unidos.

        Jeanne Manford (1972) – Apoiou seu filho gay durante passeatas pelos direitos dos homossexuais.

        Vigdís Finnbogadóttir (1980) – Eleita na Islândia, ficou no poder por 16 anos, e foi a primeira mulher a conquistar a presidência de um país.

        Anne Fisher (1980) – Primeira mulher a ir ao espaço.

Simone de Beauvoir (1908 - 1986) – Publicou o primeiro livro que fez críticas a feminilidade na sociedade, intitulado “O Segundo Sexo” (1949). A obra aborda questões ligadas à independência feminina e o papel da mulher na sociedade.

Clarice Lispector (1920 - 1977) -  Foi uma escritora e jornalista brasileira, de origem judia, a qual é reconhecida como uma das mais importantes escritoras do século XX.

        Margaret Thatcher (1925 - 2013) – Foi a primeira mulher a ocupar o cargo de chefe do governo da Grã-Bretanha.

        Malala Yousafzai (1997) - Jovem paquistanesa, militante dos direitos das meninas de ir à escola. Aos 17 anos, é a mais jovem ganhadora do Prêmio Nobel da Paz.

3. 2 Sinopse de “Mulheres”        

Durante muitos séculos vivemos sob o paradigma do silêncio.

Você é mulher. Não pode contestar. Deve ficar caladinha em seu canto. Ouça as “recomendações da sociedade”. Seja estereotipada. Permita que comercializem seu corpo. Lembre-se: você é o sexo frágil. Tenha um marido e sirva fielmente à ele. Tenha três lindas crianças. Seu lugar é na cozinha. Ah, e a casa deve estar impecável hein!