A Reforma Protestante. Toda a História: Das origens da humanidade à Idade Moderna
Por: romu00 • 13/6/2017 • Trabalho acadêmico • 1.380 Palavras (6 Páginas) • 369 Visualizações
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ARRUDA, J.J. A; PILLETI, N. A Reforma Protestante. Toda a História: Das origens da humanidade à Idade Moderna. São Paulo: 1ª. Ed. Ed. Ática, 2008. P. 160-164
COLLINSON, P. A Reforma. Rio de Janeiro: Objetiva, 2006.
ARIÈS, P. & CHARTIER, R. (Orgs). As práticas da escrita. História da vida privada. Vol. 3: da Renascença ao Século das Luzes. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. P. 113-162.
ANÁLISE DO LIVRO DIDÁTICO
- ANÁLISE DOS CONCEITOS
O livro Toda a História – Das origens da humanidade à Idade Moderna, aborda que a causa da Reforma Protestante se deu por conta da negociação do papa Leão X, relacionada à venda de indulgências para a basílica de São Pedro, onde na verdade, não existiu um evento chave determinante que separasse o período antes da reforma e logo após o seu início. Baseando-se nos escritos de Patrick Collinson, e sua obra - Reforma, mas que Reforma?- percebe-se que, a construção da basílica de São Pedro, instigou a Lutero, a escrever suas 95 teses que denunciava, segundo a consideração de Lutero, os abusos da Igreja. Ou seja, Martinho Lutero, seria no caso, uma espécie de mentor intelectual, de uma reforma que já vinha a ocorrer dentro do seio da Igreja Católica, onde muitos denunciavam e propunham mudanças para a corrupção que assolava igreja. Contudo, acredita-se que o livro se torne superficial, ficando a cargo do professor o papel de fazer com que o aluno, compreenda o conjunto de fatores que resultaram na Reforma Protestante e como já havia acontecendo no campo das ideias uma reforma lenta e gradual.
A própria ideia de traduzir a bíblia para a língua germânica, pode nos remetera uma abertura na discussão, pois essa tradução serviria apenas para uma pequena parcela populacional, dentre eles, vale destacar; os homens com uma boa condição econômica e de acordo com os seus ofícios e que viveriam na cidade. No entanto os autores deixam a desejar por não tratar do impacto da Reforma Protestante, no âmbito da leitura e da escrita, visto que na época da Reforma o panorama da alfabetização já foi exposto anteriormente, na qual consistiu em um programa que se deu de maneira lenta e gradual em torno da alfabetização principalmente dos países nórdicos.
Sobre a contrarreforma, os autores abordam de novamente de maneira superficial a prática dos tribunais da inquisição que julgavam e puniam o que consideravam desvios da Igreja. Deixam-se de lado os meios utilizados pelos tribunais para obtenção de informações. A ausência do contexto em um espectro geral à época do Concílio de Trento, evidenciando assim as influências que resultaram nas decisões do Concílio, como por exemplo, as pressões por parte da França que se via dividida por conta de conflitos religiosos internos.
- ANÁLISE DA RELAÇÃO CONCEITOS E IMAGENS
O autor traz nesse primeiro momento, a imagem da Carta de Indulgência da Igreja de São Nicolau, de junho de 1484 (página 160). A imagem faz um paralelo à ideia que o autor nos apresenta sobre a venda de indulgências, as cartas de indulgência substituíram, a partir do século XII, as penitências praticadas pelos fiéis para obterem o perdão de seus pecados (página 160), motivo que foi de suma importância para insatisfação de fiéis contra Igreja Católica e principalmente de Lutero, que culmina no processo da “Reforma” apresentada pelo autor.
[pic 1]
Na segunda imagem o autor apresenta um detalhe do mural representando a revolta camponesa no Sacro Império, em 1525. O autor relaciona a imagem com a ideia de que os camponeses aderiram ao luteranismo, e isso representou um estopim para as reivindicações camponesas como a diminuição de impostos sobre a terra e a abolição da servidão. As revoltas se alastraram por todo o Sacro Império, mas foram combatidas por Lutero, que apoiou a repressão dos príncipes contra os camponeses (página 161).
[pic 2]
O autor parte para apresentação do Calvinismo e a sua idéia de predestinação. Calvino defendia uma moral mais rígida e um culto mais simples, nada de imagens na igreja, nem sarcedotes paramentados, apenas o fiel com sua Bíblia, orando a Deus (página 162). É dentro dessa idéia de simplicidade que o autor nos apresenta a terceira imagem que trata-se de uma pintura holandesa do século XVI representando calvinistas no ato de destruir imagens em uma igreja católica, em 1566.
[pic 3]
Ao falar da Contrarreforma o autor nos traz a tela “A ressurreição de Cristo” de El Greco, pintada entre 1596 e 1600. O autor busca com imagem fazer uma alusão a “ressureição” da Igreja com inicio do processo da Contrarreforma, onde a Igreja se colocou em condições de enfrentar o protestantismo mediante a aplicação de diversas medidas, como o fortalecimento dos tribunais da Inquisição e o fortalecimento da autoridade do Papa.
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