A Revoluções Industriais
Por: David Rodriguehz • 21/8/2018 • Trabalho acadêmico • 2.445 Palavras (10 Páginas) • 243 Visualizações
[pic 1][pic 2][pic 3][pic 4]
[pic 5]
A Revolução Industrial é um conjunto de transformações econômicas, sociais e tecnológicas iniciadas na segunda metade do século XVIII, na Inglaterra, se espalhou nos século senguinte pela Europa e EUA, e que permanece até atual século, com o advento da informática. Tal evento representou, principlmente, a mudança das formas de produção e de trabalho, na passagem da manufatura para a maquinofatura e, consequentemente, ajudou a criar uma nova forma econômica denominada mais tarde de capitalismo.
Nessa mundança, houve o sugimento de máquinas mais modernas, novas fontes de energia enovas relações de trabalho (centralizadas na oposição de operários contra empresários), além da substituição do comércio, antiga fonte de riqueza.
Iniciada em meados de 1760, a Inglaterra tornou-se uma espécie de “oficina do mundo”, segundo o autor Divalte Figueira, pois foi a pioneira ao transformar o antigo método de manufatura (também antecedida pela produção artesanal), para a maquinofatura através de maquinas mecânicas e à vapor. Além disso, a paisagem inglesa foi tomada por enormes chaminés de indústrias, que transformaram o céu num tom cinzento próximo aos rios, lugar em que as fábricas se concentravam.
Diante deste novo cenário, os centros urbanos começaram a surgir, num processo de favelização (posteriormente transformados em bairros industriais), o que marcou um grande desiquilíbrio social, pois com o crescimento das indústrias, as pessoas deixavam o campo para tentar uma melhor vida empregados nas fábricas, existiam também aqueles que eram expulsos de sua terra para que as indústrias fossem construídas. Entretanto, quando não conseguiam empregos, buscavam outros caminhos, como a marginalização e a prostituição. A precariedade vivida nesses centros de habitação acabaram por gerar epidemias e doenças, como dificuldades de respiração (devido a inalação de fumaça). Também surgiu o desiquilibrio ambiental, por haver exalação de fumaça e derrame de compostos nos rios.
Observe abaixo a evolução dos modos de produção:
Produção Artesanal: neste modo de produção, o artesão era dono das ferramentas que utilizava, da matéria prima e tinha domínio sobre o tempo de trabalho, além de ter domínio sobre todas as etapas da criação do produto final.
Produção Manufatureira: neste modo, os trabalhadores trabalhavam em grandes centros fábris, as ferramentas e a matéria prima era dos empresários a qual trabalhavam, há divisão de trabalho, mas possuiam controle do tempo de trabalho.
Produção Fábril/ Maquinofatureira: este modo corresponde às grandes indústrias, onde o operários dependiam do sistema fábril para seu sustento, havendo divisão de trabalho(muitas vezes nem sabiam qual seria o produto final), sem controle do tempo de trabalho.
Diante das transformações do méto de produção, a mudança gradual do artesanato doméstico até as grandes produções deveu-se à percepção dos comerciantes, que se fossem donos das ferramentas e da matéria prima, e fizessem os artesãos trabalharem juntos sob fiscalização técnica, a produção seria maior e mais rápida, evitando também os disperdiços e com uma mão de obra barata, aumentaria o seu lucro. E neste ponto, apesar da revolução ser ligada em alguns aspecctos ao socialismo, o seu resultado foi o desenvolvimento do capitalismo.
Veja alguns dos aspectos que possibilitam a Inglaterra de ser a pioneira fábril:
- O controle extensivo do mercado consumidor, que iniciou-se nas Grandes Navegações e possibilitou a criação de um mercado mundial a qual a Inglaterra possuia grande controle e influência, concorrendo com a Espanha, Holanda e França.
- Durante o século XVII, a Inglaterra teve um intenso crescimento populacional, e com isso também teve um grande aumento de mão de obra de mercado de consumo.
- O acúmulo de capital, que foi adquirido com o comércio, a exploração colonial e ao tráfico negreiro.
Também podemos incluir o forte sistema bancário, a grande disponibilidade de matéria prima (carvão mineral e ferro), a burguesia ativa (interessada no desenvolvimento econômico) e à ideologia calvinista, que valoriza o enriquecimento e trabalho. (Fonte: Coleção Integralis: História, de Divalte Figueira)
Com a invenção da máquina a vapor, responsável pelo crescimento e a consolidação da industrialização, a produção de tecidos ingleses aumentou e passou a concorrer com o produto indiano. Pelo fato do algoodão ser mais barato que a seda e a lã, seu mercado expandiu rapidamente, e assim, veio a primeira maquina de tear a vapor.
Com o maquinário a vapor e a criação do tear mecânico, era necessário maquinários mais resistentes, e assim modificar o ferra, reforçando a sua metarlugia. As fábricas também já não precisavam mais ser construídas próximas ao rio, e com esse fato, a indústria precisava de um meio de transporte terrestre mais eficaz, que levasse a matéria até as indústrias e o produto até os portos. Com o fortalecimento da metalurgia do ferro, surgiu então, um transporte guiado por trilhos: a locomotiva; e para acelerar o transporte naval, tinha-se os navios a vapor. A distribuição naval a vapor era muito eficaz, pois quanto mais rápido o produto chegava, mais rápido era consumido e as vendas cresciam em um menor tempo.
Em um sistema fábril consolidado e maquinas sofisticadas, havia a necessidade da burguesia controlar o trabalhador, fazendo-o dependente do sistema, e para isso surgiu a divisão do trabalho, pois assim o operário não teria controle sobre as etapas de criação dos produtos, iniciando um processo de depedência.
ASPECTOS SOCIAIS DA REVOLUÇÃO
Bairros Industriais: Eram bairros construidos próximos às indústrias para que o trabalhador não demorasse a chegar as suas casas, ou até a industria. Isso não acontecia porque os empresários eram “bonzinhos”, mas porque quanto menos o operário demorasse para chegar na indústria, mais ele trabalharia, e assim, mais produziria.
“Nas cidades industriais inglesas, a população operária comprimia-se em bairros de ruas estreitas, sinuosas e sujas, tomadas de mendigos, prostitutas e desempregados. Relatos da época destacam o aspecto esfumaçado dos bairros operários, o cheiro nauseante de sujeira e alimentos estragados e a miséria que tomava conta das ruas.
As casas, geralmente de dois andares e geminadas, abrigavam um grande número de pessoas. O quarto ficava no piso superior, onde todos se amontoavam para dormir. No andar de baixo havia a cozinha. Os banheiros eram fossas, pois não existia rede de esgoto. Eles ficavam fora da casa e exalavam um cheiro horrível. Em alguns bairros havia um serviço de limpeza de fossas, cujos resíduos eram vendidos como esterco aos agricultores. Em outros bairros, os detritos eram jogados na própria rua. Nessas condições, doenças como cólera e tuberculose ocorriam com frequência.” (Fonte: Projeto Aribá, de Editora Moderna)
...