A Síntese a Historia da África

Síntese Capítulo 4

O livro, mais especificamente o capítulo 4 (quatro), trata da história da África durante os séculos XVI e XVIII, no qual podemos identificar dois grandes temas: a evolução interna dos Estados africanos e seus aspectos culturais, e o envolvimento dos africanos com o comércio externo e suas consequências. Durante a leitura do livro podemos identificar diversos dados e teses para comprovar a mensagem que se procura passar na obra

Ao longo da costa da África Ocidental, os europeus estabeleceram uma rede de comércio principal cujo objetivo era o tráfico negreiro internacional. As consequências desse processo para com o continente africano (as quais foram a longo prazo, tendo assim influenciado na atual economia mundial e nas suas desigualdades) são analisadas no decorrer da obra.

A obra é um grande ponto de referência no processo de valorização da cultura africana, permitindo que o leitor compreenda, de forma clara e objetiva, o processo histórico que a África passou no decorrer dos anos e qual a sua ligação/relação com os outros povos do mundo.

A análise feita no livro se centraliza essencialmente sobre os grandes problemas gerais causados pelo tráfico negreiro. O capítulo 4 procura analisar quais foram as consequências do tráfico negreiro, no ambiente evolutivo da ordem econômica mundial, que teve início no século XVI. O centro dessa ordem era na época a Europa ocidental e, mais tarde, a américa do norte se junta para formar o epicentro dessa ordem econômica mundial.

O pesquisador aponta que o tráfico de escravos da África poderia, de certa forma, ter sido um fator importantissimo, para o inicio da ordem economica atlantica no sexulo XIX. Tendo esse argumento em vista, o autor busca evidenciar, qual foi o papel que o tráfico negreiro e a escravidao na América tiveram no quadro da mudança capitalista da América do Norte e da Europa Ocidental, e ressalta a influência desses mesmos fatores na construção da dependência na América Latina, no Caribe e na África, por volta do século XIX.

O autor em sua metodologia defende a ideia de que “Todas as sociedades sofreram mudanças ao longo dos séculos. Se qualquer mudança social levasse, ao final de contas, ao desenvolvimento econômico, a maioria das economias do mundo deveria estar agora desenvolvida”. Se porventura, ocorresse o contrário, a África mais do que ninguém, deveria ser hoje em dia umas das economias mais poderosas do mundo. Logo para defender essa ideologia, o autor afirma que “A mudança social está na base da estruturação social e política", ou seja, a junção correta de estruturas econômicas, sociais e políticas favorecem o desenvolvimento econômico.

Os tráficos negreiros, principalmente o transatlântico, prejudicaram a organização e estrutura do continente africano, o qual levaram o continente a se afastar continuamente do processo econômico de desenvolvimento e tomar o caminho da dependência e subdesenvolvimento.