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AMÉRICA CONTEXTO BOLÍVIA

Por:   •  26/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  3.447 Palavras (14 Páginas)  •  272 Visualizações

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AMÉRICA CONTEXTO BOLIVIA

                A região ao qual hoje conhecemos como a República da Bolivia, leva esse nome em homenagem ao líder revolucionário Simon Bolívar, no passado essa atual região era chamada de alto do Peru. Antes da chegada dos espanhóis a região onde se encontra o atual território da Bolívia, era habitada pelos Tihuanaco, uma dos primeiros impérios da região andina nos planaltos do Peru. No século XV está região obtinha em torno de 12 (doze) nações, suas principais referencias étnicas eram os povos (Aimarás) e os (Quíchuas) de (Cuzco), no período colonial o Quíchua e o Aimará, foram as duas principais línguas Ameríndias no período colonial.

                Com a chegada dos espanhóis em uma brusca frenética por ouro, a região passa a ser devastada, com isso eles passam a utilizar os indígenas como uma mão de obra escrava, suas tradições e uma vasta cultura milenar, são destruídas em nome da ganância. A colonização espanhola começa um processo no qual se inicia a fundação de cidades, aqui se destaca a cidade de La Paz fundada em 1548 e Cocha bamba no ano de 1571. Estas duas regiões foram as mais povoadas durante a colonização espanhola, na região que hoje se encontra a atual Bolívia. No século XVIII o período da mineração, entra em um processo de decadência, este fator propiciou as primeiras revoltas, que iniciaram levantes de independência na parte sul do continente.

                O fim do século XIX e fim do século XX, estes dois períodos marca o inicio, no qual o país passa a vivencia sobre o comando de governos civis, o século XX marcara de forma absoluta a nação boliviana em seu campo político. “Os anos de 1946 e 1952 são marcos de um período da vida política boliviana, que deve ser inserido nesse momento internacional tenso e instável de reorganização e redefinição da arena política internacional.” (Oliveira Andrade, 2007; 57).

                O inicio da década de 50 representaria o marco de reviravoltas políticas da sociedade boliviana, seria o inicio de uma trajetória onde o processo em que “As eleições como sempre, aferiam o posicionamento político de parcela extremamente limita da população.” (Oliveira Andrade, 2007; 65). Isso ficaria ligado à revolução como ficou conhecido o ano de 1952, até a década de 80, quando nestes 30 anos a Bolívia passa a ter um grande fluxo imigratório, este que tem inicio na década de 50.

                As primeiras concentrações de bolivianos no Brasil ocorrem nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, passados mais de 60 anos do primeiro fluxo imigratório para o Brasil, a colônia boliviana se torna a quinta maior cidade de residentes estrangeiros no Brasil. “Em um primeiro momento”, tratou-se de focalizar o país como emissor de população para países desenvolvidos e foi justamente nesse contexto que a imigração boliviana, foi decisiva para o reconhecimento da sociedade brasileira como receptora de novos contingentes de imigrantes. (Baeninger, 2012; 7).

                Fatores como esses, passam a propiciar uma nova visão de um processo imigratório, quando aqui observamos um grande fluxo no qual se passa a ter de bolivianos ao entrar no Brasil e se deslocarem, para os grandes centros urbanos. Aqui destacamos a cidade de São Paulo, maior metrópole do país, que passa a ser uma rota preferencial para novos bolivianos que entram no país. O choque de cultura com a miscigenação se torna um atrativo a mais quando se leva em consideração, processos de imigração boliviana para o Brasil, ao deixarem seu país de origem em meio a crises políticas, com isso procuram retomar suas vidas normalmente em cidades como São Paulo, conhecida como a metrópole das oportunidades, ao se instalarem na cidade, começa um ciclo de ligações com espaços públicos, onde se inicia um processo de referencia, no qual começam a manifestar suas tradições culturais.

                Aqui destacamos a Igreja Nossa Senhora da Paz, localizada no centro da cidade como também, a Praça Padre Bento no bairro do Pari. “Hoje a presença boliviana, é um fato consolidado em São Paulo, tanto do ponto de vista espacial, já que esta presente praticamente em todas as régios da cidade, quanto do ponto de vista sócio econômico e cultural.” (Silva, 2012; 07).

                A presença boliviana em São Paulo passa a representar a construção de um novo ciclo Imigratório, isso se da a formalizar uma nova identidade, se deparando com o novo aqui em foco. A cultura, espaços foram cedidos para que eles possam, não somente manifestar-se, mas também relembrar suas tradições como memorial da América Latina, localizado no bairro da Barra Funda e a Praça da Kant uta realizada aos domingos no bairro do Pari. Neste local ocorre à feira gastronômica, o local também passou a representar as manifestações culturais da Bolívia. Esses dois espaços passaram a representar um ingrediente a mais, da presença boliviana em São Paulo.

IMIGRACÃO E CULTURA BOLIVIANA

        

        A imigração boliviana no Brasil transmite a cultura e a preservação indígena da cultura boliviana promovendo os aspectos artísticos e históricos de um povo conservador e resistente nos seus costumes. A cultura indígena e seguida de várias tribos existentes de diversas localidades da Bolívia.

                O povo boliviano em seu contexto histórico sofreu e sofre preconceitos pelos seus costumes e tradições no decorrer de sua permanência no Brasil, mas sendo resistente a uma nova cultura, cultivando seus costumes em feiras e encontros ocorridos na Praça Katunta, a expressão religiosa indígena é muito forte e marcante com simbologia rezas e danças. Na feira de Katunta, cujo nome tem como tradução uma flor de origem boliviana representado como um símbolo boliviano, entre vários aspectos da cultura boliviana exposta pelos imigrantes bolivianos no Brasil, pode destaca expressões religiosas, é o Xamanismo Andino.

Xamanismo Andino

Dentro de cada ser humano há um xamã adormecido

                O xamanismo de origem indígena é uma ligação entre o profano e o sagrado. Isso quer dizer que os dois andam juntos e interligados ocorrendo uma dependência um do outro, representado a dualidade na versão andina é expressa no patamar como pra cima e uraman para baixo, estes aspectos religiosos é bem explicita em danças nos encontros bolivianos em vários locais de São Paulo, principalmente na praça Katunta na região do Canindé. Toda cultura milenar tem seu xamanismo e o andino, com uma data de aproximadamente 15 mil anos de antiguidade, compõe-se de xamanismo do tambor, em fogueiras e danças demonstradas pelos oráculos e das plantas expansivas da consciência como a própria flor de katunta exemplificada anteriormente e nome de batismo na Praça do Canindé.

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