Análise Memórias Postumas de Brás Cubas
Por: Silvia Helena Pelaes • 18/11/2015 • Projeto de pesquisa • 801 Palavras (4 Páginas) • 354 Visualizações
Análise: “Memórias Póstumas de Brás Cubas”
A Literatura como fonte para o Historiador.
O livro Memórias Póstumas conta as experiências de Brás Cubas uma pessoa que faz parte da elite brasileira do século XIX.
Memória Póstuma foi escrita nos oitocentos, onde Machado de Assis fazia parte, observando o movimento da cidade do Rio de Janeiro e seus acontecimentos e a efervescência do Realismo que surgia aqui no Brasil.
Essas novas ideias vindas com uma visão eurocêntrica, no qual a Europa estava bem adiantada em relação ao Brasil, pode-se imaginar que foi uma verdadeira “torre de babel”, na forma de interpretações e como era a realidade do país que em nome da modernização e progresso houve grande desigualdade social, surge o aumento do poder da classe dominante e a escravização que crescia bastante.
Em 1881 é publicado o romance na “Revista Brasileira” entre março e dezembro de 1880, se enquadra no gênero literário conhecido como sátira menipéia, onde um morto se dirige aos vivos para fazer uma crítica à sociedade.
O romance é narrado em primeira pessoa pelo defunto autor, no caso Brás já morreu e volta para contar as suas memórias começando por sua morte para tornar a narrativa mais importante, começa com dedicatória da obra aos vermes que o roeram no seu túmulo, o seu estilo de escrever faz com que ele narra para o leitor, e tenta convencer a si e ao leitor de sua superioridade.
No capítulo primeiro, “Óbito do autor” fala da causa de sua morte que morrera de pneumonia, em seu funeral contava onze “amigos” ao qual um fez um discurso à beira da cova e Brás faz questão de lembrar o não arrependimento pelas vinte apólices deixadas ao discurssor, compara a narrativa de suas memórias ao Pentateuco. Aqui um tanto pretencioso fazendo a comparação de suas memorias com o livro sagrado.
“Agora, porém, que estou cá do outro lado da vida”. (cap. II, pág. 14) Sua morte ocorre enquanto ainda fabricava um remédio caseiro que pudesse curar a todos, e também para torná-lo famoso com seu nome estampado nas caixas de remédios. Na condição que se encontra acha-se no direito de narrar os acontecimentos como ele deseja, no pós-morte ninguém poderá criticá-lo, e tinha a ideia fixa de arrumar a solução para a humanidade a qual o leva morte.
Brás em seu leito de morte sofrendo um delírio, durante a alucinação narra que primeiro se vê transformado em barbeiro chinês depois em suma teológica de São Tomás, voltando à forma humana avista um hipopótamo que o arrebatou, e assim começa uma “viagem” com vários acontecimentos, ambos seguem em direção à “origem dos séculos”, Brás Cubas acaba encontrando-se com Pandora-Natureza, Nessa passagem do delírio Brás pode estar tendo uma retrospectiva de sua vida fútil e ao mesmo tempo cheia de altos e baixos de um membro da elite que está sempre arrumando pretextos para se auto afirmar como superior, “ Segundo Schwarz, ha uma mudança um imprevisto no caráter do narrador “Enfim, buscando generalizar, digamos que o narrador não permanece igual a si mesmo por mais de um curto parágrafo, ou melhor, muda de assunto, opinião ou estilo quase a cada frase”. (Schwarz, 1990, p. 29).
A infância de Brás foi de um
...