Análise das formas de administração utilizadas nas corporações de ofício
Por: ruwpr • 21/8/2019 • Trabalho acadêmico • 433 Palavras (2 Páginas) • 201 Visualizações
COLÉGIO PEDRO II – CAMPUS REALENGO II [pic 1]
1ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO INTEGRADO – ADMINISTRAÇÃO
ESTUDANTE: LUZIA MARTINS LIMA
Análise das formas de administração utilizadas nas corporações de ofício
Como consequência do movimento das Cruzadas, o surgimento de inovações tecnológicas possibilitou a introdução de novas técnicas agrícolas no feudo. Isso provocou um aumento da produtividade, resultando em um excedente populacional que acarretou no renascimento das cidades medievais. Essas cidades, que também eram conhecidas como burgos, se transformaram em centros comerciais e setores de oficinas de artesanato, estes organizados em corporações de ofício.
As corporações de ofício eram associações que surgiram com o objetivo de defender os interesses dos trabalhadores (artesãos) que desempenhavam uma mesma função. Em cada cidade, trabalhavam apenas os indivíduos que faziam parte daquela determinada corporação, evitando assim, a concorrência.
Essas corporações nasceram da necessidade e da praticidade de produção e comercialização coletiva, visto que produzir coletivamente gerava mais lucro do que individualmente. Fatores como o preço mais acessível na compra e obtenção coletiva de matéria prima, garantia na segurança e confidencialidade de segredos de produção, traziam certa vantagem à organização, mantendo seus padrões de qualidade. Assim, visavam à padronização de produção e à regulamentação do sistema de funcionamento comercial.
Para garantir essa padronização, as corporações preocupavam-se com o treinamento dos novos trabalhadores, crianças e adolescentes, trazidos pelos seus pais que custeavam toda a aprendizagem, a fim de que os mesmos já aprendessem os ofícios desde cedo e não fossem marginalizados pelo sistema.
As corporações apresentavam, estruturalmente, uma divisão de trabalho simples e hierárquica. Quando o indivíduo ingressava em uma corporação, ele era um aprendiz. Normalmente, eram trabalhadores que entravam na oficina ainda crianças ou adolescentes. Ao terminar esta etapa, o jovem virava um jornaleiro ou oficial, onde ele recebia por sua jornada de trabalho. Parte dessa quantia servia para terminar de pagar a dívida do seu aprendizado. A maioria dos trabalhadores parava nessa função. Para se tornar um mestre da corporação era necessário cumprir uma série de exigências. O candidato deveria pagar a taxa e comprovar que era filho legítimo, além de passar por uma comissão de mestres que iria avaliar sua obra-prima. Ele tinha que criar algo completamente novo, dentro do ofício que desempenhava, para apresentar à comissão. Tornando-se um mestre, ele adquiria o direito de possuir sua própria oficina e admitir novos aprendizes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AZEVEDO, G. C.; SERIACOPI, R. A Europa Feudal: Renascimento Urbano e Comercial. 1. Ed. São Paulo: Editora Abril, 2016.
VAINFAS, R. et al. História: Volume Único. Ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2010.
AS CORPORAÇÕES DE OFÍCIO E AS GUILDAS. Disponível em: https://jcps1969.blogspot.com/2011/12/as-corporacoes-de-oficio-e-as-guildas.html. Acesso em: 20 mai. 2019.
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